Coco e abacate: conheça dois óleos que devem entrar na sua dieta

Encontrados abundantemente no Brasil, alimentos podem contribuir para a saúde e regime

por Marianna Feiteiro

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Dois tipos de óleo que já provaram ser muito eficazes no tratamento e hidratação dos cabelos vêm aparecendo agora como alternativas mais saudáveis e light para as preparações na cozinha. O óleo de coco e o óleo de abacate, além de apresentarem inúmeros benefícios para a saúde, como a redução do colesterol ruim, são capazes de reduzir os quilinhos extras. No entanto, é preciso ter cuidado para utilizar os ingredientes da maneira correta.
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Óleo de coco

Segundo o médico especializado em saúde pública Mario Bontempo, autor do livro “O poder medicinal do coco e do óleo de coco extra virgem”, o produto possui menos calorias que outros óleos vegetais. “Durante muitos anos, os alimentos ricos em gorduras saturadas, como o óleo de coco, foram estigmatizados e substituídos por outros capazes de reduzir níveis de colesterol e triglicerídeos”, explica Dr. Mario, que afirma que, hoje, o alimento é considerado “herói”, graças aos benefícios que traz à saúde.
Segundo o especialista, é importante que o óleo de coco seja extra virgem e extraído na temperatura certa para que suas propriedades benéficas não sejam comprometidas. Dentre elas estão a capacidade de proporcionar mais energia ao corpo e acelerar o metabolismo.

Créditos: Shutterstock

“O óleo de coco tem a propriedade de aumentar a fração HDL do colesterol, o chamado ‘colesterol bom’, e auxilia na diminuição do colesterol ruim. Além disso, a gordura do coco leva à normalização das gorduras corporais, protege o fígado dos efeitos do álcool e aumenta a resposta imunológica contra diversos microorganismos”, destaca Dr. Mario.
Para aqueles que buscam o emagrecimento, o componente consegue aumentar a sensação de saciedade e controlar os níveis de glicose no sangue.

Óleo de coco não deve ser consumido puro

No entanto, é importante ressaltar que, para obter os resultados citados, o ingrediente deve ser usado na preparação de comidas e em substituição a outros óleos, como, por exemplo, em refogados ou frituras. Se consumido puro (algumas dietas indicam a ingestão de quatro colheres de sopa por dia, ou mesmo em cápsulas), o óleo de coco provoca justamente o efeito oposto, aumentando o peso, nível de triglicérides, colesterol ruim e sobrecarregando o fígado.
Para quem não é fã do sabor da fruta, a nutricionista Christine Erika Vogel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sugere deixar o óleo por mais tempo em fogo brando antes de refogar os alimentos, permitindo que o aroma se dissipe.

Óleo de abacate

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Já o óleo de abacate extra virgem é multiuso e pode ser consumido tanto “cru” – em saladas e molhos – como levado ao forno e fogão. Suas propriedades são multiplicadas quando combinadas ao espinafre.
“Uma dieta contendo de 20% a 35% de calorias provenientes da gordura do abacate é mais eficaz na redução do nível total de colesterol do que uma dieta baixa em gorduras e rica em carboidratos complexos”, afirma o médico e nutrólogo Edson Credidio, que é doutor em Ciências de Alimentos pela Unicamp e pesquisador na área de Alimentos Funcionais.
O alimento é capaz de reduzir os níveis de cortisol, hormônio responsável pelo aumento da compulsão alimentar e acúmulo de gordura localizada – ou seja, auxilia no emagrecimento. Assim como o óleo de coco, ele também consegue reduzir os níveis de colesterol ruim e aumentar o colesterol bom, contribuindo para a boa saúde do coração. Além do mais, o óleo de abacate ajuda a tratar o diabetes, uma vez que promove o controle da glicemia, e é antioxidante, limitando a ação de radicais livres e prevenindo os sinais de envelhecimento. Por fim, o ingrediente protege a saúde dos olhos e reforça a imunidade do organismo.

Temas: alimento, emagrecer, funcional, óleo, saudável