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6.14.2013

OS ALIMENTOS FUNCIONAIS E A SAÚDE MENTAL


Os alimentos funcionais e a saúde mental
Veja como a escolha do seu cardápio influencia a sua saúde mental.


Os alimentos funcionais são conhecidos por ajudarem o organismo a funcionar melhor. Mas, você sabia que além do intestino, do estomago e outros órgãos, estes alimentos influenciam diretamente a nossa saúde mental? 
De acordo com especialistas, a saúde mental de um indivíduo depende de uma série de fatores que podem influenciar no bem-estar da pessoa, entre eles o estresse, a prática ou não de atividades físicas, infecções, toxinas do organismo, interação social, condições de vida e também a dieta alimentar.

“Muitos alimentos funcionais ricos em nutrientes, como ômega 3, vitamina E e antioxidantes podem participar do desenvolvimento cerebral e sua manutenção. Em estudos recentes descobriu-se que a estrutura do cérebro pode ser modificada pela nutrição através destes alimentos que contribuem para o tratamento de doenças degenerativas, como o Alzheimer, e estados de alteração de humor, como depressão e transtornos de bipolaridade” destaca a Dra. Sylvana Braga, nutróloga, reumatóloga, fisiatra e especialista em prática ortomolecular.

Entre os alimentos que podem ser citados estão nozes, leite, amêndoa, fígado, cenoura, vegetais folhosos verdes escuros, amendoim, maçã, pera, soja, crustáceos, atum, salmão, ovo cozido e iogurte desnatado.

Vários estudos demonstram que há interação nutrição-gen modificando a genética, o que se chama de Epigenômica, isto é, a alteração da carga genética por fatores externos, que podem ser nutricionais. A nutrição, quando feita de maneira correta, altera a genética formando um gen variável de melhor qualidade, mais resistente às degenerações celulares.

A prática de atividades físicas aliadas à nutrição também contribuem com a modificação da genética prévia, alterando os gens herdados, melhorando a capacidade laborativa e cognitiva do indivíduo. Os exercícios influenciam na plasticidade cerebral, formando novos neurônios, gerando um estado energético mental e melhoria da memória e do raciocínio.

Dicas para um cardápio que contribui com a saúde mental:

Café da manhã:
Leite desnatado, frutas, ovos cozidos, chá e café preto

Almoço:
Atum, salada verde, camarão, prato de frutas, queijo magro (Minas ou cottage)

Lanche:
Amêndoas, amendoim, nozes, leite, chá e café

Jantar:
Saladas de vegetais, peixes, tomate, frutas

Saiba mais sobre alimentos funcionais: 
Alimento funcional (em inglês: functional food) é um alimento natural ou enriquecido com aditivos alimentares como - entre outros - vitaminas, minerais dietéticos, culturas bacterianas, Ômega 3, antocianinas, carboidratos - fibras (como probiótico, prebióticos, etc.) que possam contribuir para a manutenção da saúde e redução do risco de doenças. Cientistas alimentares ainda estão avaliando o Pro e Contra do uso de alimentos funcionais na nutrição humana sob aspectos da qualidade alimentar.

Histórico Os primeiros alimentos com algum tipo de modificação para aumentar seu valor nutritivo, especialmente com sais minerais, apareceram na década de 1920. Durante as décadas seguintes houve uma grande desenvolvimento da tecnologia de alimentos em diversos aspectos como desenvolvimento de novos ingredientes, embalagens, equipamentos e processos. Após esse período de desenvolvimento uma nova preocupação, especialmente após os anos da década de 1970 e 1980, foi com o desenvolvimento de característica que além da segurança alimentar e aspectos nutricionais, pudesse oferecer um benefício adicional ao consumidor.
Esta nova preocupação levou ao desenvolvimento dos alimentos funcionais. inicialmente este processo foi mais intenso no Japão onde, a partir de 1993 foi criada uma categoria de alimentos designados Foshu (em inglês: FOSHU um Acrónimo de Food for specific health use), estes alimentos passaram a ter maior destaque.
Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e ao mesmo tempo o crescente aparecimento de doenças crônicas como obesidade, aterosclerose, hipertensão, osteoporose, diabetes e câncer, está havendo uma preocupação maior, por parte da população e dos órgãos públicos de saúde, com a alimentação.
Hábitos alimentares adequados como o consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas e ricos em fibras presentes em frutas, legumes, verduras e cereais integrais, juntamente com um estilo de vida saudável (exercícios físicos regulares, ausência de fumo e moderação no álcool) passam a ser peça chave na diminuição do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o envelhecimento.
O papel da alimentação equilibrada na manutenção da saúde tem despertado interesse pela comunidade científica que tem produzido inúmeros estudos com o intuito de comprovar a atuação de certos alimentos na prevenção de doenças. Na década de 1980, foram estudados no Japão, alimentos que além de satisfazerem às necessidades nutricionais básicas desempenhavam efeitos fisiológicos benéficos. Após um longo período de trabalho, em 1991, a categoria de alimentos foi regulamentada recebendo a denominação de "Foods for Specified Health Use" (FOSHU). A tradução da expressão para o português é Alimentos Funcionais ou Nutracêuticos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos através da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo humano.
De acordo com a ANVISA, o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais, além de atuar em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos benéficos à saúde e deverá ser também seguro para o consumo sem supervisão médica.
O surgimento recente desses novos produtos que trazem um "algo mais", além dos nutrientes já conhecidos, teve influência de fatores como: os altos custos com o tratamento de doenças, o avanço nos conhecimentos mostrando a relação entre a alimentação e o binômio saúde/doença e os interesses econômicos da indústria de alimentos.
É importante salientar que antes do produto ser liberado para o consumo deve obter registro no Ministério da Saúde e, para isso, precisa demonstrar sua eficácia e sua segurança de uso. O fabricante deve apresentar provas científicas comprovando se a alegação das propriedades funcionais referidas no rótulo são verdadeiras e se o consumo do produto em questão não implica risco e sim, benefício à saúde da população. Lembrando ainda que as alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, à redução de risco mas não à cura de doenças.
As propriedades relacionadas à saúde dos alimentos funcionais podem ser provenientes de constituintes normais desses alimentos como no caso das fibras e dos antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno) presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais ou através da adição de ingredientes que modifiquem suas propriedades originais exemplificada por vários produtos industrializados, tais como: leite fermentado, biscoitos vitaminados, cereais matinais ricos em fibras, leites enriquecidos com minerais ou ácido graxo ômega 3.
Um ponto que vale a pena ser comentado, é o fato de alguns alimentos industrializados possuírem concentrações muito baixas dos componentes funcionais, sendo necessário o consumo de uma grande quantidade para a obtenção do efeito positivo mencionado no rótulo. No caso do leite enriquecido com ômega 3, por exemplo, seria mais fácil e vantajoso, o consumidor continuar ingerindo o leite convencional e optar pela fonte natural de ômega 3 que é o peixe. Primeiro, porque normalmente os produtos industrializados com ação funcional são mais caros, segundo pois o peixe tem outros nutrientes importantes a oferecer como proteínas de boa qualidade, vitaminas e minerais. Portanto, o produto contendo a substância funcional não substitui por completo, o alimento de onde foi retirado tal composto, uma vez que apresenta apenas uma característica deste
Ainda em relação aos produtos industrializados com caráter funcional, é importante esclarecer que o simples consumo desse tipo de alimento, com a finalidade de obter um menor risco para o desenvolvimento de doenças, não atingirá o objetivo proposto se não for associado a um estilo de vida saudável levando em consideração principalmente, a alimentação e a atividade física.
Na tabela abaixo, estão descritos alguns exemplos de compostos presentes nos alimentos funcionais e seus respectivos benefícios à saúde. COMPOSTOS AÇÕES NO ORGANISMO FONTES ALIMENTARES Betacaroteno Antioxidante que diminui o risco de câncer e de doenças cardiovasculares Abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre, couve Licopeno Antioxidante relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata Tomate Fibras Redução do risco ao câncer de intestino e dos níveis de colesterol sangüíneo Frutas, legumes e verduras em geral e cereais integrais Flavonóides Antioxidantes que diminuem o risco de câncer e de doenças cardiovasculares Suco natural de uva, vinho tinto Isoflavonas Redução dos níveis de colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares Soja Ácido graxo ômega 3 Redução dos níveis de colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares Peixes, óleo de peixes Pró-bióticos Ajudam no equilíbrio da flora intestinal e inibem o crescimento de microrganismos patogênicos Iogurtes, leite fermentado
Por fim, uma alimentação equilibrada e variada incluindo, diariamente, alimentos de todos os grupos na proporção correta já fornece alimentos com propriedades funcionais naturais, sendo desnecessária a aquisição de produtos funcionais industrializados normalmente com custo mais elevado para obter os nutrientes essenciais e os benefícios à saúde.

Contestação

A EFSA tem realizado uma revisão científica que coloca em dúvida os reais benefícios de alimentos industrializados que prometem melhorar a saúde. Um relatório aponta que 80% das afirmações de benefícios não apresentam evidências suficientes de que cumprem o que prometem. Há dúvidas, por exemplo, em relação a iogurtes e leites com probióticos.
Nos Estados Unidos, esses alimentos industrializados estão na mira do FDA.
Para a aceitação de alegações de saúde em alimentos industrializados, a OMS discute uma padronização 1 .

Categorias

De uma forma geral, podem ser divididos em 4 categorias básicas: compostos antioxidantes, redutores de riscos cardiovasculares, reguladores da fisiologia do trato gastrointestinal e moduladores de funções comportamentais e psicológicas (Mold Food).
Na Europa, os mais conhecidos alimentos funcionais são iogurtes probióticos, sucos com vitaminas e pão enriquecido com ácidos graxos ômega 3.

Fonte: Wikipédia

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