Programa dos EUA tem objetivo de eliminar o HIV pediátrico até 2015.
Transmissão da doença de mãe para filho caiu de 30% para 2%.
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Casos de HIV em crianças e adultos são altíssimos
em países da África, como o Senegal
(Foto: Seyllou Diallo/Arquivo AFP)
Este mês, em algum lugar da África subsaariana, nascerá o milionésimo
bebê sem HIV, filho de uma mulher portadora do vírus, graças, em parte, a
um programa de ajuda dos Estados Unidos
que completa dez anos. É mais um passo notável em uma longa luta contra
o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV). Os Estados Unidos e seus
sócios globais têm trabalhado por uma geração livre da AIDS, algo que há
apenas uma década seria algo inimaginável.em países da África, como o Senegal
(Foto: Seyllou Diallo/Arquivo AFP)
Há muito tempo, a transmissão da doença da mãe para o bebê tem sido uma forte preocupação entre os governos e organismos que trabalham para controlar a propagação do vírus.
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Porém, novos medicamentos e tratamentos antirretrovirais mais eficazes
permitem atualmente diminuir o risco de transmissão do vírus da mãe para
o bebê de 30 para 2% durante a gestação ou a amamentação, explicou Eric
Goosby, coordenador global do Plano de Emergência para a Luta contra a
AIDS (PEPFAR, na sigla em inglês).O nascimento do milionésimo bebê sem HIV será proclamado nesta terça-feira (18) como parte da comemoração que marca o décimo aniversário da PEPFAR.
"Cerca de 430 mil bebês nascem anualmente com HIV e este projeto se intensificou nos últimos três anos em colaboração com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e com o Unicef", afirmou Goosby.
"O programa tem como objetivo eliminar virtualmente o HIV pediátrico até 2015 e manter as mães vivas", acrescentou, com a meta de reduzir o número de bebês que nascem com a síndrome, que gira em torno de 30 mil por ano.
Isso envolve não só identificar a mãe, mas oferecer a ela acompanhamento médico durante a gravidez e também nas gestações posteriores - o que nem sempre é uma tarefa fácil na África rural.
O secretário de Estado americano John Kerry, que presidirá a cerimônia, planeja anunciar que 13 países, do Botswana ao Zimbábue, estão perto do "ponto de inflexão", quando o número de pessoas que contraem o HIV em um ano fica abaixo do número de pessoas em tratamento.
Na Etiópia e no Malauí, a diferença entre novas infecções do vírus HIV e o crescimento de pacientes em tratamento é de apenas 0,3%. Os números são surpreendentes. A Etiópia registrou apenas 11 mil novos casos de HIV em adultos em 2011.
Lançado pelo presidente George W. Bush, o orçamento da PEPFAR tem aumentado gradualmente até chegar a, aproximadamente, US$ 5,5 bilhões por ano.
Embora ainda haja cerca de 1,7 milhão de mortes relacionadas à AIDS anualmente, o programa dos Estados Unidos apoia o tratamento de mais de 5,1 milhões de pessoas.
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