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6.01.2013

TRATAMENTO PSICOLÓGICO PODE ACABAR COM O VÍCIO DO CIGARRO

Tratamento psicológico pode acabar com o vício do cigarro

No Dia Mundial Sem Tabaco vale a pena conhecer técnicas que nos ajudam a largar o vício.

No dia 31 de maio é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco. Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987, a data busca alertar, por meio de campanhas, os malefícios que o cigarro causa à saúde. Neste ano, a campanha tem a proposta de banir as propagandas, promoções e patrocínios relacionados ao cigarro e à indústria do cigarro.

Segundo a OMS, o tabagismo é responsável por cerca de seis milhões de mortes por ano no mundo, sendo considerado uma das dependências mais sérias e com maior repercussão clínica.

Os problemas que o tabaco causa no corpo não se limitam às doenças físicas, pois também atingem o psicológico. De acordo com a psicóloga do Hospital VITA Batel (Curitiba), Ana Paula Zauza Pegoraro, existem dois tipos de dependência relacionadas ao tabagismo: a física e a psicológica.

"A dependência física é responsável pelos sintomas de abstinência quando se deixa de fumar, e a psicológica consiste no hábito de ter o cigarro como um apoio em determinadas circunstâncias e momentos", explica.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou, em 2012, o surgimento de mais de 27 mil novos casos de câncer de pulmão - 90% associados ao consumo de tabaco. Considerado por especialistas como doença crônica de dependência, o tabagismo atinge 14,8% da população brasileira com mais de 18 anos, segundo pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde.

Desses, cerca de 2,3 milhões de pessoas gostariam de largar o tabaco, tarefa vista como difícil pela psicóloga. "Existe uma grande dificuldade dos usuários em abandonar o fumo, muitas vezes por não saberem como fazê-lo. A doença precisa ser tratada adequadamente, preferencialmente com profissionais", afirma.

Os tratamentos psicológicos são indicados para auxiliar os fumantes no início da abstinência e para trabalhar a reestruturação das suas vidas sem o cigarro. Por meio de análises do grau de dependência e testes para avaliar a depressão e a ansiedade do usuário, o profissional tem importantes dados para definir qual o atendimento a ser empregado.

"A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) vem sendo a forma mais recomendada e eficaz de tratar indivíduos que desejam parar de fumar. O processo de mudança envolve alterações comportamentais, no ambiente e na rotina", explica Ana Paula.

A TCC tem como função orientar na diminuição progressiva do uso do tabaco e dar atenção ao ambiente externo e situações do cotidiano. Mas, para isso, não basta só vontade para largar a dependência.

"O papel do terapeuta é bastante ativo para auxiliar o paciente a mudar seus hábitos, mas a família e os amigos também são muito importantes para a evolução do tratamento, no sentido de motivar o indivíduo a não consumir cigarro", diz a psicóloga.

Ela acredita que já existe uma mudança por parte da mídia e da sociedade. "Hoje já se promove a saúde e a qualidade de vida, com grandes programas de combate ao tabagismo. Com a lei que proíbe fumar em ambientes fechados, os fumantes deixam de praticar uma sabotagem a si mesmo", conclui.

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