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7.13.2013

Como a ciência explica o pessimismo?

Estudos indicam que comportamento pessimista pode ser explicado por fatores genéticos e que quem é otimista vive mais.



Michael Mosley Da BBC

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Estudos indicam que comportamento pessimista pode ser explicado por fatores genéticos e que quem é otimista vive mais. (Foto: BBC)Estudos indicam que comportamento pessimista
pode ser explicado por fatores genéticos e que
quem é otimista vive mais. (Foto: BBC)
Muitos de nós nos consideramos ou pessimistas ou otimistas. Mas será que a ciência é capaz de explicar por que nos sentimos assim - e se podemos mudar?
Vejamos o exemplo das gêmeas idênticas Debbie e Trudi: elas têm muito em comum, salvo pelo fato de Trudi ser animada e otimista, enquanto Debbie passa por momentos de profunda depressão.
Ao estudar um grupo de gêmeos idênticos como Debbie e Trudi, o professor Tim Spector, do Hospital St Thomas, em Londres, tenta responder questões fundamentais sobre a formação de nossa personalidade. Por que algumas pessoas são mais positivas do que outras a respeito da vida?
Fator genético
Spector identificou alguns genes em funcionamento em um dos gêmeos e não no outro.

Estudos com gêmeos indicam que, quando se trata de personalidade, cerca de metade das diferenças entre as pessoas são decorrentes de fatores genéticos. Mas Spector ressalta que, ao longo de nossas vidas - e em resposta a fatores ambientais -, nossos genes estão constantemente sendo ajustados, em um processo conhecido como epigenética.
Em casos como o de Debbie e Trudi, os cientistas encontraram diferenças em apenas cinco genes no hipocampo. É isso, acreditam eles, que desencadeou a depressão em Debbie.
Spector, que se descreve como otimista, espera que sua pesquisa ajude a melhorar os tratamentos disponíveis para depressão e ansiedade.
'Costumávamos dizer que não podíamos mudar nossos genes', diz ele. 'Agora sabemos que existem esses pequenos mecanismos para 'ligá-los' ou 'desligá-los'.'
Ainda mais surpreendente é a pesquisa que identificou mudanças na atividade genética causadas pela presença ou ausência do amor materno.
O professor Michael Meaney, da Universidade McGill (Canadá), está pesquisando maneiras de medir a ativação dos receptores de glicocorticóides nos nossos cérebros. Isso porque o número desses receptores é um indicativo da habilidade de cada um em suportar o estresse.
E também é uma medida de o quanto fomos cuidados por nossas mães durante a infância - ao refletir o quão ansiosas e estressadas eram as nossas mães e o impacto disso na quantidade de afeto que recebemos quando pequenos.
'Estado mental afetivo'
Elaine Fox, da Universidade de Essex, na Grã-Bretanha, é outra pesquisadora interessada em como o nosso 'estado mental afetivo' - a maneira como vemos o mundo - nos molda.

Além de usar questionários, ela e sua equipe investigam padrões específicos na atividade cerebral. Sua pesquisa indica, por exemplo, que uma pessoa com mais atividade elétrica na parte frontal direita do córtex (em relação à esquerda) tem mais tendência ao pessimismo e à ansiedade. Outros testes adicionais ajudam a confirmar ou não essa percepção.
Pessoas pessimistas, constantemente à espera de coisas que podem dar errado, costumam ter mais estresse e ansiedade. E isso é mais do que um estado de espírito - é algo fortemente ligado à nossa saúde.
Em um estudo iniciado em 1975, cientistas pediram que mais de mil pessoas na cidade de Oxford, Ohio (EUA), preenchessem um questionário sobre empregos, saúde, família e perspectivas para a velhice.
Décadas depois, Becca Levy, cientista da Universidade Yale, monitorou os entrevistados. Ao observar as certidões de óbito ela notou que as pessoas mais otimistas quanto à velhice haviam vivido, em média, sete anos e meio a mais do que os pessimistas.
A impressionante descoberta levou em conta outras explicações possíveis, como o fato de pessoas mais pessimistas possivelmente terem sido influenciadas por doenças prévias ou depressão.
Freiras
Resultados semelhantes foram notados em um estudo da Universidade de Kentucky, que analisou os diários de 180 freiras católicas, escritos quando elas entraram no convento, nos anos 1930.

Freiras que vivem em comunidades fechadas são um bom objeto de estudo científico porque compartilham experiências ambientais semelhantes, algo que permite comparações realistas.
Nos diários, os cientistas procuraram indícios de otimismo e pessimismo entre as freiras. Ao pesquisar suas vidas, eles descobriram que as que expressavam emoções mais positivas durante a juventude viveram até dez anos mais do que as que não tinham essa mesma perspectiva de vida.
A boa notícia é que, mesmo na idade adulta, você pode mudar suas percepções sobre a vida. Até mesmo para pessimistas, isso é motivo de celebração.
 

Otimismo X pessimismo


Otimismo X pessimismo
"Os pessimistas são meros espectadores: Os otimistas são os que transformam este mundo".
François Guizo
Você já notou como algumas pessoas parecem felizes, não importa o que esteja acontecendo em suas vidas? Existe uma certa leveza na personalidade delas. Seus rostos, suas palavras e mesmo a sua maneira de andar parecem exalar um campo de energia brilhante.
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Outras pessoas parecem predispostas a pensamentos tristes e negativos, em todas as situações. Se, num belo dia de verão você disser: "o dia está lindo, adoro esse tipo de clima". Elas imediatamente responderão que detestam calor. "Terrível, muito suor, não dá para trabalhar, difícil de se concentrar. Só serve para plantas tropicais".
No dia seguinte chove. A srta. Positiva almoça com um amigo negativo. "Adoro chuva", diz ela. "Alivia o calor, você não acha?". O sr. Negativo resmunga: "Você está brincando? É ainda pior do que ontem. Só serve para os patos".
Irmãos podem crescer em uma mesma família, em um mesmo ambiente e, ainda assim, se tornarem pessoas completamente diferentes. Em algum ponto do caminho um deles escolhe ver a vida como se tudo fosse possível. O outro decide que a vida é um fardo, acha as outras pessoas detestáveis e não gosta do mundo.
Embora a "historinha" que vou contar seja uma ficção, ela ilustra bem o que estou querendo dizer, isto é, que a maneira de olhar as coisas governa nossa reação a elas. É uma história sobre dois menininhos, gêmeos idênticos, um deles otimista inveterado e o outro pessimista incorrigível.
Bem, os pais estavam preocupados com isso, e levaram os meninos a um psicólogo infantil, que disse: "Acho que sei o que fazer. No próximo aniversário deles, dêem ao pessimistazinho os melhores brinquedos que puderem comprar e ao otimista, um saco de esterco. Isso os colocará no mesmo plano".
E foi o que os pais fizeram. Colocaram os meninos em quartos separados com seus "presentes". Quando foram espiar no quarto do pessimista, viram o menino olhando com desânimo para seus lindos brinquedos e se queixando: "Não gosto dessa cor. Isso aqui provavelmente vai quebrar. Conheço um menino que tem uma calculadora melhor que essa". Os pais olharam um para o outro e soltaram um gemido.
Em seguida, atravessaram o corredor e deram uma olhada no quarto do otimista. Ele estava na maior alegria, atirando o esterco para o alto e dizendo: "vocês não me enganam! Onde existe tanto esterco assim, só pode haver um pônei por perto!".
Esses dois tipos de personalidades são geralmente, chamados de otimistas e pessimistas. Enquanto os primeiros tendem a ver o bem em tudo, os últimos vêem o mal. Apesar de termos capacidade de ver, tanto o bem quanto o mal, a atenção dada a um deles costuma definir nossa experiência de vida.
O dicionário define pessimismo como uma doutrina ou crença de que o mundo é o pior possível. Que, na vida há mais mal do que bem, além de dar ênfase ao lado escuro das coisas.
Seu oposto, o otimismo, é definido como uma doutrina ou crença de que o mundo é o melhor possível. Que o bem sempre triunfa sobre o mal e que a tendência é ver as coisas sob uma ótica esperançosa e alegre, esperando os melhores resultados possíveis.
Ambas as realidades são subjetivas, pois não dizem respeito aos fatos, e sim às nossas atitudes. São formas de acreditar em nós mesmos e no mundo, que, ou nos limitam ou nos libertam. É importante considerar que temos um poder de escolha sobre nossas atitudes, e que essa escolha pode ou não colorir nossa percepção da vida.
Poucos argumentariam que a escolha do otimismo tornaria nossa vida mais feliz. E o pessimista diria: "Se você não acreditar nem esperar o melhor, nunca terá decepções. Esperando o pior, não há nada a perder". Um dos problemas do pessimismo, entretanto, é a falta de direcionamento da vida rumo as metas alcançáveis, ou seja, o rumo subconsciente é em direção ao fracasso.
Não se pode subestimar o poder de nossa mente. Ao longo da história, a vontade humana vem superando obstáculos aparentemente intransponíveis. O pensamento positivo já provou, repetidas vezes, que quase tudo é possível, desde façanhas físicas, como escalar o Monte Everest, até casos documentados de salvamentos heróicos por pessoas normalmente muito frágeis.
Todos os grandes empreendimentos são liderados por pessoas otimistas. Sem otimismo, Magellan jamais poderia ter navegado ao redor do globo. Sem otimismo, Charles Lindbergh jamais teria atravessado o Atlântico num teco-teco, abrindo caminho para as viagens aéreas intercontinentais. E sem a crença de que as coisas podem melhorar, as reformas políticas ou sociais, em muitos países, jamais teriam acontecido.
O otimista também é um sonhador. Sem ele, jamais teríamos descoberto a eletricidade. Os inventores, por definição, são pessoas que acreditam na realidade de algo que não podem ver. Procuram também concretizar seus sonhos à luz dos fatos constatados. Um pessimista não poderia ser um inventor, pois perdeu a capacidade de sonhar.
Todos os dias fazemos opções sobre como reagiremos aos acontecimentos. Escolher o bem cria uma atitude mental positiva, introduzindo equilíbrio em nossas vidas.
A concentração no que funciona bem em nossas vidas traz uma abertura, através da qual qualquer coisa, mesmo os milagres, pode acontecer.
comentário: Esqueceram dos filósofos pessimistas, como Arthur Schopenhauer, Nietzsche e outros... Os pessimistas tem mais senso critico do que os otimistas, pois o otimista está contente como o mundo que tem. Não e´atoa que a origem do pensamento humano é devido a melancolia (crise existencial). O homem inconformado e angustiado com o desconhecimento de mundo. O pessimismo também colabora muito, vc simplesmente citou um tipo de pessimismo, mas existem vários tipo, assim como o otimismo. Existe pessimismo, auto-incapacidade, inconformidade com uma realidade, previsões ruins de reações de ações, e pode fazer um homem muito cauteloso e etc., e existem tbm existem outros otimismo, como o utópico, conformidade com a realidade, e previsões boas de reações de ações, e pode fazer um homem negligente. Cada um tem suas parte boa e ruim.



 

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