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7.16.2013

FARMACÊUTICO CLÍNICO


O QUE FAZ O FARMACÊUTICO CLÍNICO?   
Farmacêutico promove uso racional de medicamentos e reduz custos para hospitais
O farmacêutico clínico tem, dentre outras funções, a atribuição de garantir o uso correto dos fármacos, reduzindo o tempo de internação e melhorando a adesão de pacientes hospitalizados ao tratamento farmacológico. Atua também na gestão da farmacoterapia, revisando aspectos da seleção, administração e resultados terapêuticos obtidos. Fornece educação e orientação ao paciente e recomendações ao médico para ajustes no tratamento.
Atualmente observa-se uma ascensão do farmacêutico clínico em ambientes hospitalares e ambulatórios especializados. Dentre as principais atividades desenvolvidas por este profissional, destaca-se a intervenção farmacêutica, procedimento no qual o farmacêutico monitora as prescrições farmacológicas, identifica e resolve os problemas relacionados a medicamentos (PRMs) e, juntamente com uma equipe multiprofissional, define qual a melhor conduta para o paciente hospitalizado. Essa intervenção tem como finalidade promover o uso racional de medicamentos, proporcionando o sucesso terapêutico e minimizando os custos para a instituição hospitalar.

As intervenções farmacêuticas consistem na reavaliação da prescrição médica e sua correlação com os exames clínicos dos pacientes no intuito de orientar esquemas terapêuticos, em especial antimicrobianos, assegurando tratamento farmacológico adequado, efetivo e seguro.

No sistema de saúde, público ou privado, o farmacêutico clínico é capaz identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à terapêutica, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI), devido às características clínicas dos pacientes, à complexidade dos medicamentos utilizados e à grande variação diária das prescrições, que requerem avaliação farmacoterapêutica minuciosa. Com a intervenção do farmacêutico, os riscos ao paciente são reduzidos e as prescrições, otimizadas.

Para exercer as atividades de farmacêutico clínico é necessário ter especialização ou residência em Farmácia Clínica. No Brasil, existem poucos cursos deste tipo, o que faz com que o mercado de trabalho para este profissional esteja bem promissor.

  Ricardo Zatti, Gestor do Curso de Farmácia da Univiçosa

O papel do farmacêutico clínico em um hospital

Independente do tamanho e complexidade da unidade hospitalar, não há dúvidas de que sem medicamentos não há sucesso terapêutico dos pacientes. Sendo assim, é indispensável ter uma estrutura de farmácia organizada que garanta não só o fornecimento na quantidade correta, mas também a qualidade e uso adequado e racional dos medicamentos.
A farmácia clínica compreende atividades voltadas para maximizar a terapia e minimizar riscos de erros, eventos adversos e os custos, contribuindo assim com o uso seguro e coerente de medicamentos.
Com o aprimoramento dos padrões de qualidade nas instituições hospitalares e o desenvolvimento da farmácia hospitalar, o farmacêutico também se desenvolveu e especializou, deixando de ter um trabalho de características administrativas e participando do cuidado ao paciente, fornecendo informações que suportam a tomada de decisão nas atividades assistenciais dos médicos e equipe multiprofissional dentro dos hospitais.
O farmacêutico clínico trabalha promovendo a saúde, prevenindo e monitorando eventos adversos, intervindo e contribuindo na prescrição médica para a obtenção de resultados clínicos positivos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes sem, contudo, perder de vista a questão econômica relacionada à terapia.
Esse profissional é capaz de entender e reconhecer potenciais problemas relacionados a medicamentos tendo como principais atividades a atenção à prescrição médica, verificando posologias e ajustes necessários, vias de administração, aprazamento, possíveis incompatibilidades, interações medicamentosas, reações adversas, alergias, tempo de tratamento e propondo alterações de acordo com a sua avaliação.
Além dessas atividades, também participa de treinamentos e ensino da equipe multidisciplinar (enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e outros), da orientação ao paciente e familiar, do desenvolvimento de protocolos de conduta, da padronização de medicamentos e das comissões hospitalares.
Apesar do trabalho do farmacêutico clínico ser bastante difundido fora do Brasil desde a década de 60, aqui ainda é uma atividade não muito conhecida, restrita ainda aos grandes centros urbanos e principalmente em hospitais ligados a universidades e instituições que tenham certificações de qualidade.  
 Fábio Ferracini; Isabel Cristina de Vasconcelos; Nanci Vaquero; Nathalia Torres Globo e Silvana Maria de Almeida, do Serviço de Informações e Segurança de Medicamentos (SISM)

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