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7.28.2013

Peregrinos e manifestantes da Marcha das Vadias se envolvem em tumulto

Fiéis fizeram gestos obscenos e gritaram palavras de ordem contra ativistas em Copacabana

Felipe Freire
Rio - Peregrinos e participantes da Marcha das Vadias se encontraram em Copacabana e começaram um princípio de tumulto neste sábado. Os cerca de 500 manifestantes saíram do posto 5 rumo ao posto 9, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. No momento, o protesto contou com cerca de 4 mil pessoas.
Segundo a ativista Rogéria Pexinho, o objetivo da marcha não é entrar em confronto ou provocar religiosos. "A gente não quer confronto com religião. Nós queremos protestar contra o Estado e o posto 9 já tem um histórico de manifestos pacíficos e liberais."
A marcha das vadias atravessou a orla de Copacabana e se encontrou com os peregrinos da JMJ
Foto:  Reprodução Internet / Mídia Ninja

Ainda assim, por volta das 14h30, uma confusão se formou quando um grupo de cerca de 50 peregrinos encontraram os ativistas. Os fiéis iniciaram a provocação, fizeram gestos obscenos e entoaram os versos "Esta és la juventud del Papa". Argentinos chegaram a balçançar grades, mas o confronto não chegou às vias de fato. As manifestantes responderam as provocações dançando, mostrando os seios e rebolando. Gritocontra o Papa e a Igreja eram entoados em meio às Vadias. Um casal chegou a quebrar santos e sentou sobre cruzes.
“É um momento sagrado para nós e o protesto deveria ser menos agressivo. Rezei um terço e pedi que Jesus os abençoasse”, disse a fiel Eulália Cabral, 56, espantada com as cenas de nudismo. O movimento, que luta contra a violência sexual, defende a legalização do aborto e é contra a utilização de dinheiro público em eventos religiosos, também pediu explicações para o desaparecimento do pedreiro Amarildo, da Rocinha.
Segundo seus representantes, a Marcha das Vadias luta contra a violência sexual, defende o direito das mulheres de usarem o corpo como quiserem, luta pela legalização do aborto, contra os investimentos superfaturados em eventos religiosos, contra a violência policial nos manifestos populares e levanta a bandeira do pedreiro Amarildo, que está desaparecido desde o dia 14 de julho quando foi levado para a sede da UPP da Rocinha.

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