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7.08.2013

Zumbido afeta mais da metade dos adolescentes

Estudo com jovens de 11 a 17 anos mostrou índice preocupante de mal que pode gerar surdez

O Dia
Rio - Barulho constante, como se fosse uma cigarra ou um apito. Assim é o zumbido, que, segundo estudo da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (Apidiz), atinge ou já atingiu cerca de 55% dos adolescentes brasileiros. O dado preocupa, já que a média internacional de jovens com o problema nos ouvidos é de, no máximo, 24%.
Foram pesquisados 170 adolescentes, de 11 a 17 anos, de uma escola de São Paulo, dos quais 93 (54,7%) responderam que apresentam ou já apresentaram o problema nos últimos 12 meses. Destes, 51% disseram que o incômodo surgiu ao saírem de locais com som alto.
Larissa, 17, afirma que problema atrapalha sua concentração
Foto:  arquivo pessoal
“A ‘balada’ e o hábito de usar fones de ouvido por longo tempo e em alto volume são os fatores que prejudicam os jovens”, afirma a otorrinolaringologista Tanit Sanchez, responsável pelo estudo. Ela também enumera o celular como danoso, por causa das ondas eletromagnéticas direto no ouvido.
Além de perda auditiva, o zumbido pode causar insônia, falta de concentração, irritabilidade e restrição da vida social. “Quem tem zumbido pode passar a não suportar mais frequentar um barzinho, por exemplo”, explica.
Larissa Rodrigues, 17, tem zumbido devido ao hábito de, desde a infância, ficar na frente da TV com volume muito alto. Já crescida, virou adepta do fone de ouvido. “Às vezes não ouço quase nada. Vou ao médico a cada três meses, e uso remédio. Tenho falta de concentração. Não consigo ler e prestar atenção por causa desse barulho insuportável”, conta.
Segundo Tanit, os jovens relutam em ir ao médico. “Com isso, o zumbido se torna crônico. Os jovens de hoje vão ter mais perda de audição do que outras gerações”, diz ela, que aconselha que sejam feitas campanhas de conscientização que incluam pais e professores.
Estresse e má alimentação atrapalham
O zumbido pode não ser apenas um mal ligado aos ouvidos. Também pode sinalizar, segundo especialistas, algo errado com o organismo, como problemas digestivos e emocionais.
Erros alimentares podem desencadear zumbido. “Há muitos casos de jovens que não tomam café da manhã. Jejum prolongado e a posterior ingestão de gordura e doce, além de energéticos, refrigerante e café, são prejudiciais”, afirmou.
O estresse também é um vilão. “Os jovens têm uma agenda tão apertada quanto a dos adultos. Eles estudam, fazem muitos cursos e atividades esportivas, o que acaba sendo estressante”, destacou.

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