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8.07.2013

Crianças podem acabar com dor de barriga usando imaginação, diz estudo




  Mãe, minha barriga dói...

Tipos de dor de barriga: identifique o problema de seu filho


Ela pode aparecer por vários motivos. Veja como distinguir

 Crescer

A dor de barriga é a causa campeã de queixas entre crianças pequenas nos consultórios pediátricos. Em 50% a 70% dos casos, não é sintoma de doença, mas uma forma de a criança expressar no corpo uma emoção que incomoda, como medo ou ansiedade. É aquela mesma dor que você sente quando vai enfrentar uma entrevista para arrumar emprego, tem de falar em público ou outra situação qualquer de estresse.
Dói de verdade, não é? Para distinguir a dor de causa física daquelas de fundo emocional, aí vão algumas dicas. Dependendo da situação, seu filho só precisará de beijos, carinhos e mimos. Mas em alguns casos é preciso conversar com o médico.

1 - Dor abdominal, constante, de intensidade variada
O motivo mais comum dessa dor de barriga é estresse psicológico. A criança se sente insegura e a dor representa um pedido de atenção. Quando não há causa orgânica, o melhor remédio costuma ser mais mãe. O segundo motivo é a dor abdominal ser o anúncio da vontade de fazer cocô e do medo de enfrentar o penico, porque a criança está com as fezes duras. Esse problema em geral está relacionado com mudanças na alimentação ou com dieta inadequada, com pouca fibra e verdura. O uso de alguns medicamentos também pode endurecer as fezes.

2 - Dor, vômito, febre e diarreia
A maior suspeita é de alguma infecção. A mais comum é provocada pelo rotavírus, que se propaga pelo ar e atinge principalmente crianças pequenas que frequentam berçário e escola. Mas há também infecção por bactérias ou parasitas, provocada pela ingestão de alimentos contaminados. O problema dura de 3 a 5 dias. O principal é manter a criança hidratada e suspender os alimentos que aumentam a diarréia. Se seu filho só mama no peito, amamente-o mais vezes.

3 - Dor, vômito, às vezes diarreia
Com dor de garganta ou gripe, a criança pode sentir dor de barriga. Os remédios antiinflamatórios que toma podem aumentar a dor. Nesse caso, a criança também vomita. É preciso mantê-la hidratada. O médico poderá indicar mudanças na dieta, evitando alimentos ácidos.

4 - Dor, diarreia com pedaços de alimentos, mal-estar generalizado
Pode ser a síndrome do cólon irritável, mais frequente em crianças acima de 5 anos, provavelmente causada por alterações no movimento gastrointestinal.

5 - Dor forte, vômito frequente, esverdeado ou amarelado
Pode ser uma obstrução intestinal de origem congênita (defeitos na formação do intestino que, de repente, se acentuam) ou causada por um objeto que a criança engoliu. O tratamento é sempre cirúrgico. Não se deve dar nada para comer ou beber e correr para o pronto-socorro.

6 - Dor, gases, fezes ácidas, às vezes diarreia
Costuma ser intolerância à lactose do leite de vaca. A maioria das crianças supera o problema reduzindo o consumo de leite e seus derivados ou substituindo o leite de vaca pelo de soja. É mais frequente a partir dos 7 anos, mas também acontece com a criança pequena. Aí, em geral, a diarreia está presente. Assaduras podem ser constantes. Para evitá-las, mantenha seu filho seco e limpo e passe pomada antiassaduras.

7 - Dor, vômito, diarreia, não cresce nem ganha peso
Podem sinalizar uma alergia alimentar. Vômito e diarreia são sinais mais frequentes. É vital manter a criança hidratada. Em geral, o problema está relacionado à proteína do leite de vaca, que deve ser substituído na dieta da criança. É mais comum surgir em crianças menores de 2 anos.

8 - Dor aguda no lado direito do abdome, febre, náuseas e vômito
São os sinais de alerta para apendicite, que é uma infecção no apêndice – um tubo oco que fica na entrada do intestino grosso e pelo qual também circulam fezes. Começa quando esse tubo fica obstruído, em geral, pelo acúmulo de pedrinhas de fezes ressecadas –, criando situação propícia à formação de bactérias e pus. Quando acontece, é preciso operar imediatamente. A criança reclama de uma dor difusa próxima do umbigo ou na altura da boca do estômago. Em 4 a 6 horas, a dor passa para o lado direito da barriga e surge febre baixa. Nesse ponto a dor fica muito aguda e qualquer solavanco ou pressão na região a faz piorar. Podem surgir náuseas e vômitos. É uma ocorrência raríssima em crianças menores de 5 anos.


Fonte: Izaura Ramos Assumpção, gastroenterologista

 
Pesquisa americana diz que CD de relaxamento reduziu dor abdominal em 73% dos pacientes.
Um estudo conduzido por pesquisadores americanos indica que crianças podem aprender a usar a imaginação para lidar com dores abdominais frequentes.

A pesquisa usou um CD de relaxamento pedindo que as crianças se imaginassem "flutuando em nuvens" ou pensassem em um objeto brilhante "que se derreteria em sua mão e então espalharia calor e luz em sua barriga impedindo qualquer irritação na região". A técnica teria levado a uma melhora impressionante dos sintomas.

Ao todo, 30 crianças entre seis e 15 anos participaram do estudo publicado na revista especializada Pediatrics.

A metade delas ouviu diariamente por 8 semanas um CD com sessões de 20 minutos de "imagens guiadas" - uma técnica que estimula o paciente a imaginar coisas que podem reduzir a dor. A outra metade usou tratamentos convencionais.

Entre as crianças que usaram o CD, 73,3% disseram que a dor abdominal diminuiu pela metade ou mais ao fim do tratamento, comparado com 26,7% do grupo que usou o tratamento tradicional.

Imaginação fértil

Em dois terços das crianças, a melhora ainda era aparente seis meses depois. Segundo os especialistas, a técnica de "imagens guiadas" funciona particularmente bem em crianças porque elas têm imaginação fértil.

O parque Chessington World of Adventures descobriu a partir de um levantamento feito no início do ano com visitantes jovens que as crianças se aborrecem quando seus pais relutam em acompanhá-las nas atrações mais radicais.
"Nós nos orgulhamos de ser uma atração familiar, então é importante que os adultos desfrutem tanto quanto as crianças", disse o gerente David Smith.

O hipnoterapeuta Stephen Rigby fará suas primeiras sessões no parque em Surrey, sudoeste de Londres, em 9 de outubro. Seus clientes serão pais indicados por seus filhos pelo site www.chessington.com/shoutabout.

"Normalmente os pais se forçam para ir em uma atração para que eles não decepcionem seus filhos, e eles tentarão muitas coisas para superar seus medos, como gritar ou até mesmo fechar os olhos durante todo o percurso", disse Rigby à Reuters.

"Se esses métodos podem ajudá-los a superar a viagem, nós queremos ajudá-los a sentar e se divertir."

Rigby também espera que o tratamento seja um sucesso permanente.

"Hipnoterapia não é apenas para agora", ele disse. "Eu pretendo lançar aos participantes uma nova maneira de pensar. Eu espero que o poderoso estado de espírito que eles irão experimentar durante a sessão seja usado de novo e de novo em outros contextos." 
Fonte Tesser

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