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8.10.2013

Homens têm mais empatia por cães maltratados que por outros homens

Conclusão é de estudo liderado por especialistas americanos.
Mesmo adultos, cachorros são encarados como vulneráveis por humanos.


EFE


Cão teve os olhos arrancados em Ceres, Goiás (Foto: Dudu Bala/ Arquivo Pessoal)Cão vítima de maltratos que teve os olhos arrancados em Ceres, Goiás (Foto: Dudu Bala/ Arquivo Pessoal)
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As pessoas têm mais empatia pelos cães maltratados do que pelos humanos adultos, segundo um estudo divulgado neste sábado (10) na 108ª Reunião Anual da Associação Sociológica Americana.
"Ao contrário do que se imagina, não é que necessariamente o sofrimento animal nos comova mais que o humano", disse Jack Levin, professor de sociologia e criminologia da Universidade Northeastern e autor do estudo.
"Nossos resultados indicam uma situação muito mais complexa a respeito da idade e da espécie das vítimas, sendo a idade o componente mais importante", acrescentou.
"O fato é que as vítimas de crimes que são humanos adultos recebem menos empatia do que as crianças, os filhotes e os cães adultos que são vítimas de abuso ou crimes. Isso indica que os cachorros adultos são vistos como dependentes e vulneráveis, tais como seus filhotes e como as crianças", explicou Levin.
Em seu estudo, Levin e o coautor Arnold Arluke, outro professor da Universidade de Northeastern, consideraram as opiniões de 240 homens e mulheres, com idades entre 18 e 25 anos.
Na elaboração da pesquisa, os participantes receberam, ao acaso, quatro reportagens fictícias sobre abusos contra uma criança de um ano de idade, um adulto de 30 anos, um filhote e um cachorro de seis anos de idade.
As histórias eram idênticas, exceto pela identificação da vítima. Depois que os participantes leram a reportagem, os pesquisadores pediram que os mesmos qualificassem seu grau de empatia em relação à vítima.
"Nos surpreendeu a interação de idade e espécie", indicou Levin em sua apresentação. "A idade parece ser mais relevante que a espécie quando se trata de obter empatia. Aparentemente, se considera que os humanos adultos são capazes de se proteger, enquanto os cachorros adultos são vistos como filhotes maiores."
A diferença entre a empatia despertada pelas crianças e pelos filhotes de cachorro foi insignificante estatisticamente.
Apesar de o estudo ter se baseado na relação entre humanos e cachorros, Levin acredita que as conclusões seriam similares no caso de gatos.
"Cachorros e gatos são animais de estimação e costumam fazem parte da família. São animais aos quais muitas pessoas atribuem características humanas".

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