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8.16.2013

Medicamento anticalvície pode diminuir risco de câncer de próstata em 30%

Em altas doses, finasterida é indicada para tumor ou aumento da glândula.
Pesquisa nega que medicamento aumente mortes por tipo agressivo da doença.

  Associated Press
Em altas doses, finasterida é indicada para tratar aumento e câncer de próstata (Foto: Charles Dharapak/AP) 
Em altas doses, finasterida é indicada para tratar aumento e câncer de próstata (Foto: Charles Dharapak/AP)
Um estudo feito pela Universidade do Missouri, nos EUA, sobre a segurança do medicamento finasterida aponta que a droga pode reduzir em 30% o risco de câncer de próstata – glândula do sistema reprodutor masculino, do tamanho de uma castanha, que produz parte do sêmen. Os resultados também sugerem que o remédio não aumenta as mortes por uma forma agressiva da doença, como concluíram pesquisas anteriores.
Segundo os autores, liderados por Michael LeFevre, esse trabalho pode levar a uma nova perspectiva sobre o uso do medicamento para prevenção do câncer de próstata. Na opinião dos especialistas, a finasterida poderia evitar milhares de casos por ano, além de poupar muitos homens de tratamentos com efeitos colaterais desagradáveis.
Em altas doses, o remédio é indicado para tratar o aumento da próstata (chamada hiperplasia benigna, que leva a problemas urinários) ou o câncer. Já, em baixas dosagens, é recomendado para a calvície.
Há 18 anos, cientistas haviam verificado que a finasterida poderia diminuir o risco de câncer de próstata, mas também havia sido detectado um pequeno aumento de tumores agressivos entre os usuários. De acordo com alguns pesquisadores, porém, a droga não causava esses tipos de câncer, apenas fazia com que eles ficassem mais fáceis de ser detectados em uma biópsia.
Apesar disso, essa preocupação levou a agência Food and Drug Administration (FDA), que regula alimentos e remédios nos EUA, a rejeitar a finasterida para prevenção do câncer de próstata, incluindo avisos nas embalagens dos produtos.
Para LeFevre, o novo estudo é "reconfortante", pois, se o medicamento realmente estimulasse tumores letais, teria havido mais mortes entre os usuários ao longo do tempo, o que não ocorreu.

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