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8.01.2013

Mulheres são mais suscetíveis a infecções

Pesquisa com ratos mostra que diferença entre gêneros têm relação com hormônios sexuais femininos


Mulheres ficam mais gripadas do que homens
Foto: Divulgação
Mulheres ficam mais gripadas do que homens Divulgação
Uma pesquisa com o vírus da gripe em camundongos ajuda a explicar por que mulheres são mais suscetíveis à morte por doenças de patógenos infecciosos, e a resposta está relacionada com a reprodução. As mulheres geralmente sofrem mais com sintomas da gripe do que homens, embora elas tendam a carregar menos vírus do que eles. Isto sugere que as mulheres têm uma resposta imunológica mais rápida e mais agressiva contra as infecções, afirma a imunologista da Escola de Saúde Pública de Johns Hopkins, Sabra Klein, que participa do Encontro Anual da Sociedade para Estudos Reprodutivos.
- É quando as mulheres têm problemas - acrescenta Sabra à revista “Nature”.
A equipe dela descobriu esta disparidade em ratos infectados com vírus da gripe. Mas quando pesquisadores castraram os machos e removeram os ovários das fêmeas, a diferença desapareceu, já que os machos se tornaram mais sensíveis à infecção. Mas não significa que os testículos são protetores. Klein mostrou que dar às fêmeas esterilizadas os hormônios sexuais estrógeno e progesterona era o que as protegia de doenças.
Para o sexo feminino, as infecções parecem deixar estes ciclos de hormônios sexuais fora de sintonia. Por isso, eles alongaram o ciclo do cio das roedoras não esterilizadas - esticando a parte do ciclo associada às menores quantidades de estrógeno de 4/5 dias para 8/9 dias.
Pesquisadores já sabem que células imunológicas têm receptores para hormônios sexuais e que a doença autoimune ataca mulheres mais comumente do que homens. Klein diz também que terapias de reposição hormonal e drogas contraceptivas podem ter um efeito positivo em alguns tipos de doenças infecciosas.
Ela ressalta que os estudos devem levar as diferenças sexuais em conta. Muito estudos epidemiológicos não separam os resultados por sexo, uma prática que ela diz ser obscura para definir tendências.

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