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8.17.2013

Ódio ou amor? Descubra se a implicância com alguém esconde um sentimento mais profundo


Especialista fala sobre comportamento de pessoas que podem estar apaixonadas, mas escondem o sentimento
Texto: Lívia Neves


Você já ouviu dizer que amor e ódio andam juntos? Quando um homem e uma mulher implicam demais um com outro, as pessoas começam com brincadeirinhas como “vocês ainda vão casar” ou “vai dar namoro”. A psicóloga Marina Vasconcellos esclarece que, na maioria das vezes, ficamos irritados com alguém porque a pessoa é importante para nós em algum sentido ou faz algo que desagrada. “Por isso, suas opiniões e atitudes nos afetam de alguma maneira”, conta.
Na novela O Cravo e a Rosa, Catarina e Petruchio, interpretados por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, começam o relacionamento com muita briga e muita discussão. Os dois personagens são muito diferentes e sempre acabam se desentendendo quando se encontram. No decorrer da trama, os protagonistas gravam diversas cenas de conflitos na quais aparecem discordando e implicando um com o outro. Mas, no final, eles acabam se aceitando e se casam.
Eduardo Moscovis e Adriana Esteves em "O Cravo e a Rosa"
Foto: TV Globo
Segundo Marina, para muitos, é mais fácil criticar alguém do que olhar para dentro de si e corrigir aquilo que incomoda em você e no outro. Quando há atração entre duas pessoas, o olhar fica mais concentrado no comportamento do outro e prestamos atenção em tudo o que ele faz. “Muitas pessoas têm a mania de querer que o outro faça as coisas como ela própria faria, sem levar em conta o jeito do outro e suas diferenças, suas características próprias”, alerta a psicóloga. Com isso, surgem as pequenas implicâncias.
Isso é normal?
É normal implicar com pessoas que te incomodam, mas, se você gosta dela, é melhor pensar e refletir sobre o porquê dessa situação de conflito. “É preciso entender por que a outra pessoa provoca essa reação e você, pois não existe relação entre implicar e gostar de alguém”, aponta Marina. Pode ser uma pessoa de pouca convivência, pouco contato, mas que provoca na outra essa atitude por tocar em algo mal resolvido.
Há críticas que são construtivas e levam ao amadurecimento do outro, ajudando a pessoa a ser alguém melhor. “Isso tem a ver com o respeito pelo outro, por seu potencial, pode significar preocupação e consideração por ele”, explica a psicóloga. Por outro lado, a crítica pela crítica não acrescenta em nada. Pelo contrário, ela diminui o outro e o deixa constrangido e desvalorizado.
É possível identificar quando é amor ou implicância?
É difícil identificar logo de cara! Marina aconselha conversar com a pessoa para saber o que está acontecendo e perguntar o que tanto a incomoda. “Caso seja atração, provavelmente surgirá uma oportunidade para que o outro se abra, ou mude totalmente de atitude, já que percebe que esse seu jeito pode afastar a pessoa de si”, revela. Em casos que se tratam de pura implicância, a pessoa tende a ficar na defensiva e acaba negando o comportamento ou “atacando” o outro ainda mais. Para acabar com qualquer tipo de conflito, a chave é o diálogo.
Consultoria
Marina Vasconsellos, psicóloga/www.marinavasconcellos.com

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