Para tratar dessa questão, uma pesquisa realizada com 546 mulheres entre 18 e 60 anos em todo o Brasil abordou a percepção das mulheres diante da maternidade quando decidem deixar ou não seus empregos para cuidar dos filhos. O resultado mostrou que a maioria delas (62%) não deixou de trabalhar após o nascimento dos filhos. Entre os principais motivos que as levaram a tomar esta decisão, estão a questão financeira (55%) e a importância do trabalho para se sentirem realizadas (41%).
Já entre as mulheres que optaram por deixar o emprego para se dedicarem aos filhos (35%), a decisão foi considerada necessária (51%) e importante (41%), especialmente pela falta de compensação financeira e pela tentativa frustrada de diminuírem a carga horária de trabalho. Essa decisão está muito relacionada também com a preocupação com a educação dos filhos, tendo em vista que, segundo estudo “Mães Contemporâneas”, realizado pelo Ibope em 2006, uma das grandes preocupações das mães na atualidade é a falta de limite dos filhos.
O bem estar da família foi apontado por 26% como a principal razão por terem abdicado da carreira, mas o sentimento entre grande parte delas (27%) é de que essa é uma situação temporária e que poderão voltar ao mercado de trabalho assim que conseguirem se organizar. Já 23% acreditam que tomaram a decisão certa. E apenas 6% se sentem divididas e angustiadas.
A pesquisa foi realizada pela empresa de pesquisa e inteligência de mercado Sophia Mind, que faz parte do Grupo Bolsa de Mulher e mostrou também que, apesar do grande desafio do dia a dia das mulheres, uma grande maioria (91%) ainda acredita que é possível sim ser uma ótima profissional e mãe ao mesmo tempo.
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