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8.14.2013

Premiê egípcio elogia 'moderação' de militares; país confirma 235 mortes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 17h28.
O primeiro-ministro egípcio, Hazem Beblawi, afirmou nesta quarta-feira (14) que as forças de segurança agiram com "toda moderação" durante a sangrenta desocupação de partidários do presidente deposto Mohammed Mursi, reunidos em dois acampamentos no Cairo.
Ao justificar a intervenção da polícia e do Exército, em pronunciamento pela televisão, Beblawi considerou que "nenhum Estado que se respeite teria conseguido tolerar" a ocupação das praças Rabaa al-Adawiya e Nahda por milhares de manifestantes pelo período de um mês e meio.
Massacre provoca renúncia de vice-presidente EUA criticam estado de emergência

AFP/Al-Masriya TV
Primeiro-ministro Hazem al-Beblawi em pronunciamento na televisão após confrontos
Primeiro-ministro Hazem al-Beblawi em pronunciamento na televisão após confrontos
As ocupações foram montadas em 3 de julho, mesmo dia em que Mursi foi retirado do poder pelos militares e detido em local não identificado.
O Ministério da Saúde egípcio confirmou a morte de 235 pessoas em todo o país, sendo 43 deles policiais, e cerca de 2.000 feridos. Já o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad el-Haddad, diz que são mais de 2.000 mortos e 8.000 feridos.
No mesmo pronunciamento, o premiê afirmou que o estado de emergência, iniciado às 16h locais (11h em Brasília), terá a menor duração possível. Mais cedo, a Presidência havia anunciado que ele duraria um mês.

Protesto no Egito

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Engy Imad/AFP
 
Manifestante ajuda homem ferido durante ofensiva policial que deixou mortos no Cairo Leia mais
Foi decretado também toque de recolher em diversas Províncias egípcias, entre às 19h de hoje às 6h de amanhã (14h de hoje à 1h de amanhã em Brasília).
O banho de sangue provocou uma crise governamental, com a renúncia do vice-presidente e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, e foi condenado pela ONU e por países ocidentais e muçulmanos.
Dentre as vítimas do confronto, está o cinegrafista da emissora britânica SkyNews Mick Deane, 61, a jornalista Habiba Ahmed Abd Elaziz, 26, da emissora Gulf News. Um repórter da agência de notícias Reuters foi baleado na perna.
Durante o dia, a Polícia egípcia anunciou a detenção de Mohammed al-Beltagy, um dos principais líderes da organização islamita. Ele apareceu em seguida, em discurso transmitido ao vivo pela televisão, negando sua prisão.
A organização islamita divulgou, porém, a morte de Asmaa, 17, filha de Beltagy. Havia informações de que a mulher e a filha do estrategista Khairat al-Shater, ex-presidenciável, haviam sido mortas também.



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