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8.26.2013

Secretário de Estado americano sugere que EUA estão mais perto de ação militar na Síria

Oriente Médio

Ataque com armas químicas na Síria é 'inegável', diz John Kerry

O secretário de Estado americano, John Kerry, fez um pronunciamento nesta segunda-feira afirmando que houve sim uso de armas químicas na Síria. Embora não tenha sido explícito, ele indicou que a administração Obama vá responsabilizar o regime do ditador Bashar Assad pela “obscenidade moral” que chocou a consciência do mundo. Kerry também sugeriu que o governo americano está mais perto de agir militarmente em resposta ao ataque, sem deixar claro, no entanto, quando uma ação nesse sentido poderá ocorrer.
“O que vimos na última semana na Síria deve chocar a consciência do mundo. Isso desafia qualquer código de moralidade. O massacre de civis, a morte de mulheres e crianças com o uso de armas químicas é uma obscenidade moral”, disse. “É algo imperdoável”, acrescentou, afirmando que, apesar das tentativas de esconder o uso desse tipo de armamento, trata-se de algo “inegável”. Anteriormente, Obama havia declarado que o uso de armas químicas configuraria a ultrapassagem de uma "linha vermelha" para intervenção estrangeira no país. 
Citando o grande número de vítimas, os sintomas relatados, as informações repassadas por organizações humanitárias sobre o ataque da última quarta-feira, o secretário disse que as informações “indicam fortemente que tudo nessas imagens é real, que armas químicas foram usadas na Síria”. Kerry acrescentou que os EUA “sabem que o regime sírio tem esse tipo de armamento químico”. “Sabemos que o regime sírio tem a capacidade de lançar isso com foguetes. Sabemos que está determinado a eliminar a oposição daqueles lugares onde os ataques foram registrados”.
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O secretário criticou ainda a demora do governo sírio em garantir acesso dos investigadores da ONU aos locais dos ataques. “Atacar a área, bombardear e destruir provas sistematicamente, não é o comportamento de um governo que não tem nada a esconder. A decisão do regime de permitir acesso veio muito tarde para ter credibilidade”.
O regime do ditador Bashar Assad negou as acusações de uso de armas químicas feitas por grupos opositores. As imagens que correram o mundo na última quarta não deixam dúvidas de que os subúrbios de Damasco foram palco de cenas de horror: fotos de dezenas corpos de crianças, mulheres e idosos, além de vídeos em que médicos tentavam prestar assistência a meninos e meninas que não resistiam à falta de ar - e davam seu último suspiro diante da câmera. Os testemunhos consistentes das equipes médicas também confirmam: houve um massacre de civis na capital da Síria.
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Os números sobre mortos no ataque divergem. Há grupos que falam em 1.300 mortos, incluindo mulheres e crianças. No sábado, a organização Médicos Sem Fronteiras afirmou que 355 pessoas morreram. O grupo, sediado em Paris, afirmou ainda que três hospitais da região de Damasco receberam cerca de3 600 pacientes com "sintomas neurotóxicos" causados por gás.
Sem dar detalhes a respeito, o secretário disse que a administração Obama tem mais informações sobre o ataque e que vai divulgá-las nos próximos dias. O porta-voz da Casa Branca, John Carney, disse pouco depois do pronunciamento de Kerry que o presidente Obama está avaliando uma resposta “ao claro uso” de armas químicas na Síria.

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