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8.16.2013

Viver em cidades grandes aumenta o risco de depressão pós-parto

Estudo canadense observou que a prevalência do problema foi maior entre mulheres que moravam em cidades com mais do que 500.000 habitantes

Criança que teve mãe depressiva pode ter cérebro difefente
Depressão pós-parto: 10% das mulheres que acabam de dar à luz e que vivem em cidades grandes apresentam o problema (ThinkStock)
A cidade em que uma mulher grávida mora e o estilo de vida que ela leva podem determinar o seu risco de sofrer de depressão pós-parto. De acordo com um estudo feito no Canadá, mães que vivem em cidades grandes são mais propensas a apresentar o problema, quando comparadas àquelas que moram em cidades menores ou em áreas rurais. A pesquisa foi publicada nesta semana no periódico Canadian Medical Association Journal (CMAJ).

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Relation between place of residence and postpartum depression​

Onde foi divulgada: periódico JAMA

Quem fez: Simone Vigod, Lesley Tarasoff, Barbara Bryja, Cindy-Lee Dennis, Mark Yudin e Lori Ross

Instituição: Hospital Women’s College e Universidade de Toronto, Canadá

Dados de amostragem: 6.126 grávidas

Resultado: 10% das mulheres que acabam de dar à luz e que vivem em cidades com mais do que 500.000 habitantes sofrem de depressão pós-parto. Essa prevalência é de 6% a 7% entre mães que moram em cidades menores.
O trabalho se baseou nos dados de 6.126 mulheres que participaram do Estudo de Experiências em Maternidades Canadenses em 2006. Elas viviam em diferentes tipos de cidades no Canadá: desde áreas rurais (com menos de 1.000 habitantes) e semirrurais (com menos do que 30.000 habitantes) até regiões semiurbanas (entre 30.000 e 500.000 habitantes) e urbanas (mais do que 500.000 habitantes).
De acordo com a pesquisa, a depressão pós-parto atingiu 7,5% das participantes do estudo entre cinco e 14 meses após elas darem à luz. Essa prevalência, porém, foi de quase 10% quando avaliadas somente as mulheres que viviam nas regiões urbanas. Entre o restante das mães, a taxa variou de 6% a 7%, dependendo do tipo de região em que viviam.
“Nosso estudo sugere que é preciso melhorar o apoio e os serviços a mulheres grávidas com base na cidade em que elas vivem e, assim, reduzir o risco de depressão pós-parto”, diz Simone Vigod, psiquiatra do Hospital Women’s College, no Canadá, e coordenadora da pesquisa.
Em entrevista à revista Time, Paula Caplan, psicóloga da Universidade Harvard, Estados Unidos, e especialista em psicologia materna, disse que em cidades grandes as mulheres são mais propensas a trabalhar muito ou a ter mais de um emprego, além de ter mais dificuldades financeiras. Esses fatores de stress, na opinião dela, podem prejudicar a saúde mental da mãe e dificultar que ela enfrente a maternidade, o que aumenta o risco de depressão pós-parto.
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