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9.28.2013

Atenção Farmacêutica e Assistência Farmacêutica


A Atenção Farmacêutica consiste na provisão responsável da farmacoterapia com o propósito de alcançar resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente. Busca, encontrar e resolver de maneira sistematizada e documentada todos os problemas relacionados com os medicamentos que apareçam no transcorrer do tratamento do paciente. Além disso, compreende a realização do acompanhamento farmacológico do paciente, com dois objetivos principais:
1. Responsabilizar-se com o paciente para que o medicamento prescrito pelo médico tenha o efeito desejado.

2. Estar atento para que ao longo do tratamento as reações adversas aos medicamentos sejam as mínimas possíveis, e no caso de surgirem, que se possa resolvê-las imediatamente.
A Atenção Farmacêutica constitui uma nova filosofia de exercício profissional farmacêutico. Não existe porém, uma concepção concreta da prática de tal conceito. Isso então permite a cada farmacêutico uma certa flexibilidade para adaptar a provisão da Atenção Farmacêutica à sua realidade, seus próprios recursos e habilidades, procurando sempre uma farmacoterapia racional, segura e custo-efetiva para o cuidado do paciente. Além disso, a variabilidade enorme de patologias, unido à ampla disponibilidade terapêutica, oferece múltiplas possibilidades de abordagem e resolução de um mesmo caso.
O que se deve ter em mente quanto a este modo de exercício profissional, é que a qualidade dos resultados se mede diretamente pela melhora da qualidade de vida oferecida ao paciente. E essa melhora deve ser obtida pela otimização da terapia medicamentosa e resolução dos problemas relacionados aos medicamentos. O que se propõe não é o exercício do diagnóstico ou da prescrição de medicamentos considerados de responsabilidade médica, mas a garantia de que esses medicamentos venham a ser úteis na solução ou alívio dos problemas do paciente.
Fases do processo de Atenção Farmacêutica:
· Estabelecer a relação farmacêutico-paciente;
· Recolher, sintetizar e analisar a informação relevante;
· Listar e classificar os problemas relatados pelo paciente e identificados na anamnese;
· Estabelecer o resultado farmacoterapêutico desejado para cada problema relacionado com o medicamento;
· Determinar as alternativas terapêuticas disponíveis;
· Eleger a melhor solução farmacoterapêutica e individualizar o regime posológico;
· Desenvolver um plano de monitorização terapêutica;
· Iniciar o tratamento individualizado e o plano de monitorização;
· Realizar o seguimento para medir o resultado.
" A Atenção Farmacêutica previne e soluciona problemas relacionados com medicamentos, se posta em prática constitui a grande esperança de dar sentido a nossa profissão"

Fonte: http://www.farmaceuticovirtual.com.br/html/apresent_atfarm.htm

Um comentário:


Victoria disse...
a atenção farmacêutica é muito importante para que os profissionais farmacêuticos mostrem seu papel de atuação na área da saúde e obtenham reconhecimento, é importante que as pessoas saibam que não são só o médico e o enfermeiro que podem ajudá-las. 
Atenção Farmacêutica é o conjunto de ações,, promovidas por um farmacêutico, em colaboração com os demais profissionais de saúde, que visam promover o uso racional dos medicamentos e a manutenção da efetividade e segurança do tratamento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde a atenção farmacêutica é: um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A AF é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente.

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
De acordo com a Resolução no338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde, que aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, Assistência Farmacêutica (AF) é:
Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2004).
 FINALIDADE / PROPÓSITO
Contribuir na melhoria da qualidade de vida da população, integrando ações de promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação da saúde.
 OBJETIVO
Apoiar as ações de saúde na promoção do acesso aos medicamentos essenciais e promover o seu uso
racional.
CARACTERÍSTICAS
•É parte integrante da política de saúde.
•Área estratégica do sistema de saúde para o suporte às intervenções na promoção, prevenção de
doenças e no tratamento.
•Apresenta procedimentos de natureza técnica, científica e administrativa.
FUNÇÕES ATIVIDADES
•Planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar as ações.
•Articular a integração com os serviços, profissionais de saúde, áreas interfaces, coordenação dos
programas, entre outras.
•Elaborar normas e procedimentos técnicos e administrativos.
•Elaborar instrumentos de controle e avaliação.
•Selecionar e estimar necessidades de medicamentos.
•Gerenciar o processo de aquisição de medicamentos.
•Garantir condições adequadas para o armazenamento de medicamentos.
•Gestão de estoques.
•Distribuir e dispensar medicamentos.
•Manter cadastro atualizado dos usuários, unidades e profissionais de saúde.

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA
•Organizar e estruturar os serviços de AF nos três níveis de atenção à saúde no âmbito local e regional.
•Desenvolver sistema de informação e comunicação.
•Desenvolver e capacitar recursos humanos.
•Participar de comissões técnicas.
•Promover o uso racional de medicamentos.
•Promover ações educativas para prescristores, usuários de medicamentos, gestores e profissionais da saúde.
•Desenvolver estudos e pesquisa em serviço.
•Elaborar material técnico, informativo e educativo.
•Prestar cooperação técnica. 
•Assegurar qualidade de produtos, processos e resultado

Conceitos relacionados

Farmácia comunitária
"Estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos de interesse público e/ou privado, articulada ao Sistema Único de Saúde, destinada a prestar assistência farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde se processe a manipulação e/ou dispensação de produtos e correlatos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnósticos".
Conselho Federal de Farmácia. Resolução N.º 357 De 20 De Abril De 2001. Aprova o Regulamento Técnico das Boas Práticas de Farmácia.

Acompanhamento farmacoterapêutico
"É um componente da Atenção Farmacêutica e configura um processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por meio da detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemática, contínua e documentada, com o objetivo de alcançar resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de vida do usuário".
OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.

Intervenção farmacêutica
"É um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas que interferem ou podem interferir na farmacoterapia, sendo parte integrante do processo de acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico".
OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.

Atendimento Farmacêutico
"É o ato em que o farmacêutico, fundamentado em sua práxis, interage e responde às demandas dos usuários do sistema de saúde, buscando a resolução de problemas de saúde, que envolvam ou não o uso de medicamentos. Este processo pode compreender escuta ativa, identificação de necessidades, análise da situação, tomada de decisões, definição de condutas, documentação e avaliação, entre outros".
OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.

Uso Racional de Medicamentos
"É o processo que compreende a prescrição apropriada; a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade".
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

Dispensação
"É o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Nesse ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento. São elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos".
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

Problemas relacionados ao medicamento
"Problemas Relacionados com Medicamentos são problemas de saúde, entendidos como resultados clínicos negativos, derivados da farmacoterapia que, produzidos por diversas causas, conduzem ao não alcance do objetivo terapêutico ou ao surgimento de efeitos não desejados".
Comitê de consenso. Segundo Consenso de Granada sobre Problemas Relacionados con Medicamentos. Ars Pharmaceutica 2002; 43 (3-4): 175-184.

Assistência farmacêutica
"Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos".
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
A História da Atenção Farmacêutica pode ser contada pelos artigos publicados ao redor do mundo sobre o tema. Os artigos citados abaixo têm sido forte influência na construção da atenção farmacêutica no Brasil

Assistência farmacêutica

A assistência farmacêutica é um conceito que engloba o conjunto de práticas voltadas à saúde individual e coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, no ciclo logístico (manufatura, aquisição, programação, armazenamento, distribuição e dispensação). É uma atividade multidisciplinar1 , mas os farmacêuticos é quem são os responsáveis por prestar o conhecimento do uso de medicamentos de forma racional.2 3
A Resolução nº 338, de 6 de maio de 2004 do Conselho Nacional de Saúde, diz que a assistência farmacêutica é conjunto de ações voltadas à promoção, à proteção, e à recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, que visa promover o acesso e o seu uso racional; esse conjunto que envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.1

Papel do Profissional Farmacêutico

Na assistência farmacêutica, cabe aos farmacêuticos irem além da simples logística de adquirir, armazenar e distribuir. É necessário, programar aquisições, selecionar medicamentos em relação ao seu custo benefício, dispensar com orientação, distribuir e armazenar segundo às diretrizes, verificar surgimento de reações adversas, entre outras tantas ações.1

Alguns exemplos de ações da assistência farmacêutica

Laboratório de análise químicas
Os farmacêuticos tem a função de orientar o paciente quanto aos quesitos da colheta do material. Além disso, sabendo do histórico do paciente, na farmácia comercial, podem decidir sobre a dispensa ou não de um medicamento que interfira nos exames.

Farmácia comercial
A farmácia também pode ser um local de prevenção de doenças. Cartazes, informações, cadastro do cliente, tem papel importante na saúde pública.
Fornecimento de colheres ou copos-dose para medicamentos que indiquem como administração colher de chá, colher de sopa, onde muitas vezes o paciente não tem ideia da medida.
Anamnese farmacêutica, onde o farmacêutico consegue avaliar o paciente, em um local separado e privativo.

Automedicação
  • A automedicação é a prática de ingerir medicamentos sem o aconselhamento e/ou acompanhamento de um profissional de saúde qualificado, em outras palavras, é a ingestão de medicamentos por conta e risco por um indivíduo.1

    Cultura da automedicação

    A cultura da automedicação, somada a geniosidade do marketing, expõem inúmeras pessoas ao perigo. Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em novembro de 2008 relata que apenas 30% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva conseguiram absorver os princípios ativos que necessitavam. As causas do problema seriam o uso incorreto de substâncias durante vários períodos da vida, onde o sistema imune é perturbado, facilitando assim intoxicações, hipersensibilidade e resistência de organismos nocivos. Em 2004, o Brasil era o primeiro país do mundo na venda de medicamentos. A abertura comercial proporcionou ao país importações de vitaminas, sais minerais e complementos alimentares. Os medicamentos são comprados, por indicações de amigos, matérias de jornais, revista, Internet ou indicação do balconista. O culto à beleza impulsionou as vendas de medicamentos para emagrecer e vitaminas. A onda das psicoses, fez a classe média consumir antidepressivos sem recomendação médica. Antitérmicos, antiinflamatórios e analgésicos são os medicamentos mais utilizados, sem qualquer tipo de orientação. Munhoz R.F.; Gatto A.M.; Fernades A.R.C; realataram em estudo que um dos principais fatores que levam as pessoas a se automedicar é achar que o problema é pouco importante, o que se transcreve em um grande risco à própria saúde, também relataram que a classe terapêutica mais utilizada no grupo pesquisado foi a dos analgésicos, seguida dos anti térmicos e antiinflamatórios e que a propaganda de medicamentos influencia na automedicação. Tendo em vista os problemas decorrentes da automedicação e principalmente quando esta é feita com uso de antibióticos (o que pode aumentar a resistência do microrganismo e transforma-los em uma bactéria multirresistente), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em outubro de 2010, modificou algumas regras para a venda de antibióticos, que a partir de então passaram a ser vendidos em farmácias e drogarias apenas com retenção de receita médica. A realidade de hoje é muito diferente, as farmácias possuem sempre um farmacêutico para orientar os clientes, quanto ao uso eficácia e segurança dos medicamentos. O acesso aos medicamentos mais utilizados pela população estão facilitados pela criação das farmácias populares, onde o cidadão é atendido por farmacêuticos. 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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