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9.18.2013

Beijar pode dar dá herpes e azeite alivia coceira.

Beijar transmite herpes?  Beijar indivíduo com herpes pode transmite o vírus para quem nunca teve contato com ele. A transmissão geralmente ocorre na primeira infância.  Foto: Shutterstock


Beijar pode  transmite herpes? Beijar indivíduo com herpes pode transmitir o vírus para quem nunca teve contato com ele. A transmissão geralmente ocorre na primeira infância. 

O herpes é uma infecção que causa pequenas bolhas vermelhas e lesões que ardem e coçam, e podem afetar a pele e mucosas da garganta, nariz, boca, uretra, reto e órgãos sexuais. 


O vírus que transmite a doença é o Herpes simplex e estima-se que 90% das pessoas já tiveram contato com o tipo que se manifesta nos lábios, o HSV1. Mas apenas 10% dos portadores manifestam o sintoma.  


A doença não tem cura, e existem muitas crendices populares sobre seu tratamento. Duas dermatologistas, que são membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Marcia Monteiro e Flávia Guglielmino, vão desmistificar algumas delas.
Beijar transmite herpes? 
Beijar indivíduo com herpes pode transmite o vírus para quem nunca teve contato com ele. A transmissão geralmente ocorre na primeira infância. 


Riscar a borda do herpes com caneta impede que a ferida cresça? 
O herpes é autolimitado e, assim, a ferida só cresce até certo ponto. Por tal razão há a impressão que, se riscar ao redor da ferida, ela para de crescer, mas não é verdade.       A pessoa ainda corre o risco de infectar a ferida, que não deve ser manipulada, nem estourada com agulha pelo risco de infecção secundária.


Depois que a ferida este seca o vírus ainda pode ser transmitido? 
Até hoje se acreditava que quando a lesão está cicatrizada completamente não há mais risco de transmissão, mas estudos demonstraram que mesmo sem a lesão, o portador pode transmitir o vírus.


Colocar gelo assim que sente a coceira e a ardência inibem o crescimento da ferida? 
O gelo alivia os sintomas, mas deve ser usado com cuidado. Dê preferência a compressas geladas para não ter o risco de queimar a pele com o gelo. Mas o que inibe o crescimento é somente medicação oral.


Colocar azeite na ferida ajuda a aliviar a sensação de repuxar da pele? 
Tudo que hidrata a pele diminui a sensação de repuxar, mas nesse caso o melhor é utilizar pomada com antibiótico que vai hidratar e prevenir infecção secundária da lesão, e não o azeite.


Uma vez que a pessoa teve herpes, ela terá para o resto da vida? 
O vírus do herpes quando adquirido fica armazenado para toda vida no nosso organismo, mas a pessoa pode desenvolver novamente a lesão ou não.


Situações de estresse e nervoso podem fazer com que o herpes apareça? 
Em alguns casos, ele nunca se manifesta. Em outras pessoas, situações de doença, stress emocional, mudanças bruscas de temperatura e exposição ao sol podem desencadear uma crise.
 
Quem tem herpes precisa ter toalha de rosto, copos exclusivos para seu uso mesmo quando a ferida não está aparente? 
Durante o surto da doença, ou seja, quando o paciente está com as lesões, elas estão cheias de vírus, então nessa situação deve-se evitar o contato direto com outras pessoas e separar os objetos. Sem a lesão a transmissão por objetos é muito rara.


E se aparecer um herpes no dia do casamento, por exemplo? Existem pomadas ou alguma receita caseira para melhorar a aparência ou impedir a vermelhidão? 
Se a lesão surgir no dia do casamento, o ideal é camuflar com uma boa maquiagem, já que o tratamento não surte efeito imediato. A única maneira de diminuir a evolução é com o medicamento oral. Estudos demonstraram que as pomadas antivirais não impedem o crescimento da ferida. O melhor é procurar um médico o mais rápido possível e usar corretivos.


Para se prevenir, é indicado usar protetor labial todos os dias ou apenas nos dias de sol? 
O protetor labial é indicado todos os dias, pois irá prevenir também o câncer de pele nos lábios.


A ferida do herpes deixa cicatriz? 
A ferida pode deixar cicatriz se for manipulada ou se for agravada por infecção secundaria por bactérias.


O herpes pode desencadear outros sintomas como febre? 
A primo-infecção herpética, que acomete crianças, vem acompanhada de sintomas, como estomatite, febre e mal-estar. Mas as infecções recorrentes geralmente não causam sintomas sistêmicos.


Quais complicações o herpes pode ter? 
No herpes simples, em pacientes saudáveis, a complicação mais frequente é a infecção secundária por bactérias, com o surgimento de pus no local. Complicações mais graves aparecem em pacientes imunosuprimidos, como portadores de HIV e pacientes em quimioterapia.


Herpes labial: Beijos, não obrigado!

Tratar e prevenir o contágio

Existem medicamentos específicos para o herpes, como o aciclovir, substância ativa que contribui para acelerar o processo de cicatrização e diminuir o incómodo causado pela doença.

Apresenta-se sob diversas formas: nos casos mais severos e recorrentes podem ser aconselhados comprimidos, mas para a generalidade das pessoas o alívio é produzido mediante a aplicação local de uma pomada ou gel.

Existem ainda pequenos adesivos que, ao mesmo tempo que atenuam os sintomas, ajudam a disfarçar as marcas do herpes. Outro medicamento para toma por via oral é o aciclovir.

Outros cuidados devem ainda ser adaptados, sobretudo porque é fundamental minimizar o risco de contágio. Assim, importa evitar furar as vesículas, lavar as mãos após tocar nas feridas e evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas. E, sempre que possível, há que evitar os fatores que contribuem para reativar o vírus.

O que, no caso do frio, não é fácil...

O tratamento precoce não produz apenas alívio físico. É igualmente essencial para minorar o impacto psicológico do herpes labial. Independentemente de se ser homem ou mulher, as vesículas que emergem em redor dos lábios não são agradáveis à vista. Causam desconforto e inibição nos contactos sociais, podendo repercutir-se na autoestima individual.

Porém, com os recursos disponíveis no domínio dos produtos farmacêuticos, já não razões para deixar de sorrir por causa do herpes. O que continua a não ser aconselhado é beijar...

Ao primeiro sintoma

As borbulhas típicas do herpes labial nem sempre são identificadas pela pessoa como sintoma de doença, sendo facilmente confundidas com outro tipo de erosão cutânea. Aliás, estima-se que cerca de 40 por cento dos doentes desconhecem que têm herpes labial, o que significa que não se tratam e, em consequência, que constituem um importante veículo de transmissão do vírus.

Tratar é a única alternativa para quem sofre de herpes labial, na medida em que não existe uma cura. Sob orientação de um profissional de saúde, o tratamento deve ser efetuado assim que se manifestam os primeiros sintomas, de modo a que o surto seja controlado na sua duração e intensidade.






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