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9.08.2013

EUA podem avisar Israel horas antes de ataque à Síria, diz oficial do país

Informação foi dada por autoridade militar a agência de notícias Reuters.
Casa Branca admitiu que intervenção na Síria pode implicar em represálias.

Do G1, em São Paulo
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Embora esteja formalmente à margem da crise na Síria, o governo de Israel teme sofrer represálias do país e informou que os Estados Unidos podem emitir um aviso com horas de antecedência em caso de ataque ao governo de Bashar al-Assad. As informações são de um oficial israelense em entrevista à agência Reuters neste domingo (8).

Questionado sobre quanto de antecedência o país seria notificado sobre os ataques, a autoridade, que tem contatos em Wasington e não teve o nome divulgado, disse à Reuters: "horas".

O presidente Barack Obama pediu ao congresso aprovação para retaliar a Síria em resposta ao ataque com armas químicas que mataram mais de 1.400 sírios em agosto.

Algumas autoridades israelenses expressaram preocupação se um fracasso nos ataques poderia encorajar o Irã, aliado da Síria, em sua tentativa de burlar as tentativas do ocidente de conter um programa nuclear.
Risco de represálias
Neste domingo, o secretário-geral da Casa Branca admitiu que a intervenção americana contra a Síria poderá implicar o risco de o país ser arrastado para o meio de uma guerra civil e de sofrer represálias.

"Os riscos em um ataque são múltiplos", reconheceu Denis McDonough à rede CNN, acrescentando que o país pode "ver-se arrastado para o meio de uma guerra civil em curso".
"Temos de ter muito cuidado, ser precisos em nossos alvos, limitados e nossa participação para justamente não nos vermos arrastado para a guerra civil", acrescentou, ao reiterar o carácter limitado da ofensiva prevista. "Isso não é o Iraque ou o Afeganistão, não é a Líbia."
Embora tenha confirmado que não haverá soldados em terra, não quis falar sobre uma possível mobilização de pilotos da Força Aérea.

Assad nega envolvimento em ataque químico
Em entrevista a Charlie Rose, do programa "Face the Nation", da CBS, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, negou que tenha responsabilidade pelo ataque químico de 21 de agosto, mas disse que não vai confirmar nem negar se o seu governo tem armas químicas.

Assad negou responsabilidade pelo ataque nos subúrbios de Damasco, que deixou 1.429 civis mortos, segundo o governo dos EUA. "Ele negou que soubesse que houve um ataque químico", disse Rose. "Ele disse que não há evidências suficientes para chegar a um julgamento conclusivo."

"A coisa mais importante, segundo ele, é que 'não há evidência de que eu usei armas químicas contra meu próprio povo''', afirmou ainda.

O ditador sírio também enviou uma mensagem ao povo americano de que "não será uma boa experiência para eles se envolverem nas guerras do Oriente Médio e seus conflitos".
"Eles deveriam comunicar a seu Congresso em Washington que não autorize o ataque", disse. A entrevista completa deve ser exibida nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

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