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9.06.2013

'Maioria do mundo' atribui ataque químico ao regime sírio, diz Obama


Coalizão de 11 países pediu 'resposta firme' à Síria, diz Casa Branca.
Americano busca apoio para ataque após suposto massacre de civis.



G1


O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (6) que o uso de armas químicas, que ele atribui ao regime de Bashar al-Assad na Síria, é uma ameaça à segurança não só dos EUA, mas de todo o mundo.
"É unânime que armas químicas foram usadas na Síria e é unânime que elas não devem ser usadas. A maioria do mundo é confortável com a nossa conclusão de que o governo de Assad foi responsável pelo uso."
Uma coalizão de 11 países presentes ao G20 pediu uma "resposta internacional firme" ao regime sírio, segundo documento divulgado pela Casa Branca após a entrevista de Obama.
"Não estou usando isso [armas químicas] como uma desculpa para a ação militar. Passei meus últimos anos tentando reduzir o uso do poder militar. Mas sei também que há momentos em que temos que decidir se vamos nos levantar pelo que nos preocupamos. [...] Podemos não resolver todos os problemas, mas esse específico, das armas químicas, podemos resolver, é importante para a gente", disse Obama em entrevista em São Petersburgo, onde está na reunião do grupo G20.

Obama voltou a dizer que a ação na Síria seria limitada para atingir o problema das armas químicas e deixar "todos nós a salvo".
Quando questionado sobre qual seria a reação se Assad voltasse a usar armas químicas, ele disse que não seria "esperto" da parte dele e que neste caso seria importante uma maior mobilização internacional.
Com o Congresso dos EUA dando sinais de relutância em apoiar uma resolução autorizando os ataques militares, Obama se recusou a dizer se ele agiria sem essa aprovação. "Seria um erro se precipitar e especular, porque agora eu estou trabalhando para conseguir o máximo de apoio possível do Congresso", disse ele.
"Esse tipo de intervenção é sempre impopular. Mas, sem fazer analogia à Segunda Guerra Mundial, mas quando Londres foi bombardeada, foi uma medida foi muito impopular, mas era a coisa certa a fazer", disse o presidente, que também citou o massacre de Ruanda, em 1994, em que a comunidade internacional não agiu para barrar o massacre de quase um milhão de pessoas em cem dias.
Sobre a questão da oposição interna ao ataque, o presidente disse que esperava isso. "É difícil, não tinha ilusões quando embarquei [no tema]. Mas acho que é bom para a democracia, seremos mais efetivos se estivermos unidos."
Obama disse ainda que dará um discurso sobre a Síria para os americanos na próxima terça-feira para dar satisfações sobre o ataque.
Putin
A Casa Branca confirmou que Obama encontrou o líder russo Vladimir Putin privadamente para tratar da Síria. Putin disse a jornalistas que conversou com Obama por 20 a 30 minutos e que, embora eles discordem, o encontro foi produtivo.

O presidente russo mantém um apoio inflexível ao regime de Bashar al-Assad e rejeita qualquer ideia de uma intervenção militar contra Damasco, que Barack Obama deseja levar adiante em reação ao ataque com armas químicas de 21 de agosto, pelo qual acusa o regime sírio.
O governo de Assad nega as acusações e afirma que é vítimas de terroristas, ligados à rede da Al-Qaeda, que tentam desestabilizar o país.

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