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9.05.2013

O PERIGO DA HEPATITE B NOS SALÕES DE BELEZA

O perigo da hepatite B nos salões de beleza

Aprenda a conciliar os tratamentos de beleza com a preservação de sua saúde.


Qual é a mulher que não gosta de passar uma tarde no salão: cabelo, unha, depilação... São tantos serviços que algumas delas frequentam o ambiente mais de uma vez por semana. Porém, a higiene desses locais é primordial para que a busca pela beleza não se transforme em um pesadelo.
Clientes e profissionais precisam ficar atentos à hepatite B, infecção no fígado causada por um vírus de 50 a 100 vezes mais contagioso que o HIV. A transmissão ocorre pelo sangue e fluídos corpóreos de uma pessoa infectada. O compartilhamento de alicates, espátulas e palitos contaminados é a forma mais comum de transmissão nos salões de beleza. A doença pode tornar-se crônica e levar à cirrose e ao câncer.
A médica Lucia Bricks, diretora de Saúde Pública da Sanofi Pasteur (SP), lembra que a maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas, mas que a hepatite B pode se tornar crônica e causar cirrose e câncer no fígado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2 bilhões de pessoas já tiveram contato com esse vírus, das quais 240 milhões tornaram-se portadoras crônicas. Estimativas apontam que 800 mil brasileiros são portadores da doença.
Uma das formas de prevenção é a vacina, que está disponível nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde) para pessoas até 49 anos. Ela deve ser administrada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.
Independentemente da idade, manicures, pedicuros e podólogos podem se imunizar contra a doença porque integram os grupos de risco para os quais a vacina é disponibilizada há muitos anos na rede pública. “Todo o profissional que lida com material cortante e perfurante precisa se vacinar”, ensina médica Edna Strauss, professora colaboradora da Faculdade de Medicina da USP e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Embora as clientes sejam incentivadas a ter o próprio alicate, a médica afirma que a vacina ainda é a melhor alternativa para a prevenção. “Essa medida não adianta se o profissional usar também espátulas e palitos que são compartilhados com outros clientes sem a devida esterilização”, argumenta.
Prevenção
A vacina contra a hepatite B é recomendada inclusive para as gestantes. Se tiver contraído a doença na gravidez, a mulher pode contaminar o bebê durante o momento do parto, por meio do contato do seu sangue com a criança.

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