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9.11.2013

Pesquisa mostra que sexo pode fortalecer amizade entre homem e mulher

Pesquisa: fazer sexo com amigo fortalece a amizade

 
O cinema já discutiu o tema algumas vezes: é possível fazer sexo com um(a) amigo(a) e manter o vínculo de amizade?

Para Heidi Reeder, do Departamento de Comunicação da Boise State University (EUA), não apenas é possível, como também recomendado para fortalecer a amizade.

A professora e pesquisadora analisou um grupo de 300 pessoas - entre homens e mulheres. Vinte por cento dos entrevistados disseram ter feito sexo com amigo(a) em algum momento da vida. Destes, 76% afirmaram que a amizade melhorou após a intimidade sexual.

Muitos começaram um namoro após a relação sexual com o(a) amigo(a), e 50% mantém o compromisso até hoje.

Cena de "Sexo entre amigos", filme britânico de 1999 
Natalie Portman e Ashton Kutcher em "Sexo sem compromisso", de 2011, em que os personagens tantam separar amor e sexo


Justin Timberlake e Mila Kunis em "Amizade colorida", de 2011: amigos com benefícios


Um estudo realizado pela pesquisadora americana Heidi Reeder, professora de comunicação da Boise State University, revelou que relações sexuais podem melhorar a amizade entre homens e mulheres, o que vai de encontro à ideia de que esse tipo de envolvimento estraga a boa convivência. Reeder ouviu mais de 300 pessoas que têm amigos do sexo oposto e 20% delas afirmaram já ter transado com o amigo ou amiga ao menos uma vez na vida, dos quais 76% garantiram que a amizade melhorou após o sexo. Destes, 50% passaram para um relacionamento amoroso com o amigo, mesmo que essa não fosse a intenção original.
O tabu da amizade entre homem e mulher levou os produtores independentes Jesse Budd and Patrick Romero a produzir o vídeo abaixo, que já foi visto por mais de 6 milhões de pessoas. Eles procuraram mostrar a diferença entre as opiniões feminina e masculina sobre esse tipo de relação.
O vídeo dos jovens produtores leva à mesma conclusão que uma equipe de professores da Universidade de Wisconsin-Eau Claire, nos Estados Unidos, chegou após uma pesquisa com 400 adultos, com idades entre 18 e 52 anos, que mantinham amizade com pessoas do sexo oposto. A maioria declarou sentir ao menos um nível de atração por seu amigo ou amiga, mas os homens em geral demonstraram estar mais atraídos pelas amigas do que elas por eles. A maioria considerou, também, essa atração um malefício aos namoros de cada um, mas, ainda assim, as amizades intersexuais são preferência de muitos.


 
Na Prática
A jornalista Ana Gabriela Pinesso Prado garante que, desde o tempo de escola, 99% de seus amigos são homens. O que sempre a uniu aos meninos foi o gosto pelo futebol, mas a preferência por tê-los por perto, segundo ela, é a simplicidade com que eles encaram a vida. “Homem não tem frescura e eu não sou a pessoa mais delicada do mundo. Eu sou simples e direta; homem é simples e direto. Eles não têm ciúmes e, principalmente, eles não têm TPM”, brinca.
A convivência com o sexo oposto durante a faculdade mudou a percepção do publicitário Gabriel Barbieri sobre a amizade feminina. Ele conta que antes teve amizades de mulheres, mas sempre achou a relação superficial comparada às amizades dos meninos. “Isso mudou quando tive a experiência de sair da minha cidade e conhecer pessoas maravilhosas. O fato de ter que conhecer novas pessoas mostrou que a superficialidade das amizades femininas de minha adolescência podia ser quebrada e, assim, pude experimentar a amizade verdadeira e sincera entre homem e mulher”, conta. Barbieri, no entanto, assume que já se sentiu atraído por amigas. “Tenho amigas muito bonitas e de algumas eu fiquei amigo tentando me aproximar para algo mais e de outras, ainda, fiquei amigo só depois de beijar. Já fiquei com algumas amigas minhas depois de criarmos uma amizade forte e, pelo menos da minha parte, nada mudou. Com algumas a amizade ficou até mais forte”.
Ana Gabriela nunca se sentiu atraída por um amigo na vida, mas Maria Beatriz conta que já ficou com alguns – o que nada mudou na amizade – e, uma vez teve que lidar com o sentimento de um. “Um amigo meu gostava muito de mim, só que eu não sentia a mesma coisa por ele. Eu só gostava dele como amigo. No começo, eu não gostava de sair muito com ele, por vergonha e medo de ele confundir as coisas, mas depois a gente aprendeu a conviver com isso, até que, um dia, esse sentimento virou somente amizade” lembra.


Flávia Silva e Fernando Tetsuo começaram a namorar depois de um ano de amizade
Flávia Silva cursa o último ano de Artes Visuais, também na PUC-Campinas, e começou a namorar Fernando Tetsuo depois de um ano de amizade. Só amizade, da parte dela. “Eu o via e tratava como amigo mesmo, mas depois ele disse que desde que me conheceu já sentiu alguma coisa diferente, mas como achava que não rolaria nada deixou de lado”. Foram dois meses de “gracinhas” até que os dois ficassem.
Esses são alguns exemplos de casos de amizade intersexual. Heidi Reeder identificou quatro tipos mais comuns ao final de sua pesquisa. Confira abaixo as definições que a pesquisadora encontrou entre seus entrevistados.

 
E você mantém amizade com alguém do sexo oposto? Acredita que esse tipo de relação pode existir sem segundas intenções?
 Diana Siquelero

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