“Guerra às drogas” falhou, dizem cientistas. Tratamento e prevenção deveriam ser prioridade
por Rafael Gregorio
—
Luis Robayo/ AFP
Plantação de coca em zona rural de Puerto Asis, na Colômbia
As substâncias ilícitas estão mais
disponíveis, mais puras e mais baratas do que há 20 anos. Esta é a
conclusão de um estudo do conceituado grupo canadense International
Centre for Science in Drug Policy (Centro Internacional para a Ciência
em Políticas de Drogas), publicado na revista científica British Medical Journal Open.
Entre as principais conclusões, destaca-se a redução média de 80% nos preços da maconha, da cocaína e da heroína à disposição atualmente nos Estados Unidos em comparação com o que ocorria no início dos anos 1990. Descontada a inflação, houve quedas radicais de preços também na Europa e na Austrália – a pesquisa não aborda o mercado brasileiro. Também chama a atenção o aumento da pureza dessas drogas, que chega a 161% no caso da maconha europeia.
O estudo identificou um crescimento também na apreensão de drogas por parte das autoridades. No caso de Peru, Bolívia e Colômbia, os três maiores produtores mundiais de folhas de coca, esse crescimento chegou a 200%. Contudo, os autores ressalvam que “isso não diminuiu a disponibilidade de cocaína em pó nas ruas”.
A pesquisa se baseou em dados de programas antidrogas dos Estados Unidos, da União Europeia e da Austrália. Também estiveram à disposição relatórios do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) dedicado a estudar o tráfico e consumo de drogas no mundo.
Para os autores, as conclusões evidenciam a falência do modelo de criminalização de usuários e traficantes em detrimento de ações de saúde pública. Regra geral no planeta desde a doutrina da “guerra às drogas” proclamada pelo ex-presidente americano Richard Nixon, em 1971, o combate criminal – e, por vezes, bélico – não impediu que o tráfico de entorpecentes ilegais somasse 350 bilhões de dólares em movimentação anual, segundo estimativa da ONU.
“Esperamos que [as conclusões] realcem a necessidade de reexaminar estratégias que enfatizem o combate ao uso e a redução do fornecimento ao invés de prevenção e tratamento”, dizem os autores.
Eles sugerem ainda que os governos deveriam passar a avaliar suas políticas sobre drogas com base nas incidências de males relacionados ao uso de entorpecentes, como overdoses, transmissão de doenças e incidência de menções a substâncias ilegais em atendimentos do sistema público de saúde.
Entre as principais conclusões, destaca-se a redução média de 80% nos preços da maconha, da cocaína e da heroína à disposição atualmente nos Estados Unidos em comparação com o que ocorria no início dos anos 1990. Descontada a inflação, houve quedas radicais de preços também na Europa e na Austrália – a pesquisa não aborda o mercado brasileiro. Também chama a atenção o aumento da pureza dessas drogas, que chega a 161% no caso da maconha europeia.
O estudo identificou um crescimento também na apreensão de drogas por parte das autoridades. No caso de Peru, Bolívia e Colômbia, os três maiores produtores mundiais de folhas de coca, esse crescimento chegou a 200%. Contudo, os autores ressalvam que “isso não diminuiu a disponibilidade de cocaína em pó nas ruas”.
A pesquisa se baseou em dados de programas antidrogas dos Estados Unidos, da União Europeia e da Austrália. Também estiveram à disposição relatórios do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) dedicado a estudar o tráfico e consumo de drogas no mundo.
Para os autores, as conclusões evidenciam a falência do modelo de criminalização de usuários e traficantes em detrimento de ações de saúde pública. Regra geral no planeta desde a doutrina da “guerra às drogas” proclamada pelo ex-presidente americano Richard Nixon, em 1971, o combate criminal – e, por vezes, bélico – não impediu que o tráfico de entorpecentes ilegais somasse 350 bilhões de dólares em movimentação anual, segundo estimativa da ONU.
“Esperamos que [as conclusões] realcem a necessidade de reexaminar estratégias que enfatizem o combate ao uso e a redução do fornecimento ao invés de prevenção e tratamento”, dizem os autores.
Eles sugerem ainda que os governos deveriam passar a avaliar suas políticas sobre drogas com base nas incidências de males relacionados ao uso de entorpecentes, como overdoses, transmissão de doenças e incidência de menções a substâncias ilegais em atendimentos do sistema público de saúde.
Uma verdadeira fonte de renda pra muita gente que está vestindo terno e gravata por aí, meu amigo! Hoje vender droga não é só coisa de gente das comunidades, atributo que deram às favelas. Hoje tem gente que mora em condomínio de luxo é que são verdadeiros traficantes.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.