webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

10.25.2013

INCERTEZA E INSEGURANÇA


Seja seguro de si

 
"Incerteza" é uma palavra-chave em nossa vida. Devemos viver com incerteza e governar nosso navio através dos caminhos perigosos da vida — ou retirar-nos da vida, isolando-nos numa caverna, numa ilusão ou no tédio.
Já que há poucas garantias para nos  tranquilizar, devemos aprender a dominar esses perigos com o melhor de nossa habilidade, e ainda viver de forma contente.
Depois do processo "traumático" de nosso nascimento, vivemos os momentos incertos, de minuto em minuto, de um bebê em quem um sorriso tolerante é seguido de um grito indignado de raiva e um urro de gargalhada — tudo isso no espaço de trinta segundos.
Então vêm as incertezas da infância, em que dependemos de nossos pais, cujos destinos flutuam de acordo com completos fatores econômicos, emocionais e sociológicos, que ainda não conseguimos compreender.
O período de adolescência que se segue é ainda mais incerto. Somos crianças ou adultos — ou que somos nós? Como devemos comportar-nos para com os adultos? Que é essa coisa chamada sexo — é boa ou má, a quem devemos pedir opinião e o que fazer a respeito? Por que meus parentes ainda me tratam como uma criança? Eu já sou crescido — sou mesmo?
A condição de adulto traz consigo novos problemas, novas incertezas. A escolha das vocações, as decisões a serem tomadas sobre casamento e companheira (ou companheiro) de casamento, filhos e atividades sexuais, sobre compromissos comerciais e pontos de vista políticos, proteção de seguros e participação comunal ou não envolvimento, estratégias de jogo ou não-jogo — eu poderia escrever páginas e mais páginas sobre os conflitos que um adulto responsável deve enfrentar e as incertezas que cercam suas decisões e as consequências de suas escolhas meditadas.
Os anos de aposentadoria também trazem problemas: ociosidade forçada e, em sua forma mais brutal, o medo da morte.
Durante toda a sua vida muita gente se preocupa com golpes trágicos — o arrimo da família perder seu emprego, um incêndio que destrua um lar, um acidente de automóvel em que um ente amado se torne aleijado — e tais coisas são possibilidades reais com as quais a gente deve aprender a viver sem enfiar a cabeça na areia.
Qual é a resposta a esses dilemas da vida?
Ela é simples, realmente. Mais vida, reafirmação da vida, enquanto houver vida — vida, com a ajuda de uma auto imagem sadia que lhe dará o sentido de certeza de que você precisa.
Algum dia todos nós morreremos, esta é a lei da vida, imposta por Deus, e nada podemos fazer a respeito. Mas, enquanto vivemos, será que vivemos realmente?
Será que vivemos realmente — ou apenas ocupamos espaço enquanto vamos atravessando os movimentos da vida? Será que apreciamos cada ano, cada mês, cada dia — ou procuramos passivamente suportar os momentos enfadonhos? Será que vemos as árvores, cheiramos as lindas flores, convivemos com nossos amigos, saboreamos nossas costeletas de carneiro, amamos nosso trabalho — ou estamos tão obcecados de preocupações que a vida não pode entrar em nossa mente perturbada?
Como bebês, nascemos com um sorriso que vence o primeiro grito de dor. Enquanto vivemos, devemos viver construtivamente, de modo que, de vez em quando, um sorriso irrompa da dor.
Agora, que dizer das amizades — um dos principais ingredientes de uma vida rica?
Há um ditado que afirma que "o cão é o melhor amigo do homem", mas automaticamente não concordo com ditados bobos como esse. Gosto muito de cachorros, mas, se minhas observações são corretas, um cachorro estará muito longe de ser o seu melhor amigo se você não cuidar dele da maneira pela qual ele está acostumado.
O melhor amigo do homem — o melhor amigo de qualquer homem — é a sua auto imagem. Se ele se vê como um bom sujeito, está no caminho do contentamento; se ele não se vê assim, causará a sua própria ruína.
John ou Tom ou Alice ou Eleonor podem ser seus amigos — e talvez um deles seja um amigo valioso —, mas o seu melhor amigo é a sua auto imagem. Outra pessoa pode gostar de você, pode até sair do caminho para ajudá-lo numa crise, mas não pode viver por você. Não pode tomar suas decisões, não pode participar de suas alegrias e desgostos; mais ainda, não pode dar-lhe a capacidade de sucesso ou fracasso, de auto aceitação ou auto-rejeição.
Sua auto imagem pode dar-lhe essa capacidade. Pode dar-lhe o sentido da certeza do que você vive. Se você se vê como uma pessoa agradável, se a figura que você faz de si mesmo é satisfatória, você vive com uma forma maravilhosa de certeza: a convicção de que, quando os fatores incontroláveis se virarem contra você e os acontecimentos temporariamente se opuserem a seus desejos, você conseguirá sustentar-se.
Haverá sempre momentos de adversidade atingindo-o do mundo externo, bem como dúvidas íntimas afligindo-o lá dentro. A verdadeira prova de sua amizade por si mesmo é quando você se reorganiza em seu próprio auxílio, quando precisa do amparo consolador de seu melhor amigo — você. Quando você está seguro desse amortecimento interno na crise, então sabe que está certo neste mundo incerto.

 Trecho do Livro Como vencer os sentimentos negativos do Dr. Maxwell Malt

Nenhum comentário:

Postar um comentário