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10.23.2013

Justiça aceita denúncia contra mais 15 policiais militares envolvidos no desaparecimento de Amarildo

No total, agora 25 PMs responderão pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver


O Globo 

UPP da Rocinha foi palco da tortura sofrida por Amarildo de Souza Foto: Thiago Lontra / Agência O Globo

UPP da Rocinha foi palco da tortura sofrida por Amarildo de Souza Thiago Lontra / Agência O Globo
RIO - A 35ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça aceitou, na noite desta terça-feira, a denúncia contra mais 15 policiais militares acusados de envolvimento no desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, ocorrido em 14 de julho, após ser levado por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, na Zona Sul do Rio. No dia 4 de outubro, a Justiça já havia aceitado a denúncia contra outros dez integrantes da Polícia Militar, que estão detidos. No total, agora 25 PMs responderão pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.
Os policiais cujas denúncias foram aceitas pela Justiça nessa terça são: Reinaldo Gonçalves dos Santos, Lourival Moreira da Silva, Wagner Soares do Nascimento, Rachel de Souza Peixoto, Thaís Rodrigues Gusmão, Felipe Maia Queiroz Moura, Dejan Marcos de Andrade Ricardo, Jonatan de Oliveira Moreira, Márcio Fernandes de Lemos Ribeiro, Bruno dos Santos Rosa, Sidney Fernando de Oliveira Macário, Vanessa Coimbra Cavalcanti, João Magno de Souza, Rafael Bayma Mandarino e Rodrigo Molina Pereira.
“Ao contrário de sua natureza e dever de integridade a qualquer cidadão, os acusados supostamente utilizaram-se de meios imorais e criminosos para obtenção de material criminoso. Ou seja: Supostamente tornaram-se tão criminosos quanto os criminosos que perseguiam. Registre-se que além dos indícios de autoria, após a prática a eles imputa, restou evidenciado nos autos a tentativa de coação e intimidação de testemunhas, o que culminou inclusive na inclusão de pessoas no Programa de Proteção a fim de resguardar o desenrolar da instrução criminal”, diz a decisão da 35ª Vara Criminal.
O Tribunal de Justiça também decretou a prisão preventiva de Reinaldo Gonçalves, Lourival Moreira e Wagner Soares. Ainda na decisão, foi negado o pedido de revogação da prisão preventiva de Douglas Roberto Vital Machado, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Marlon Campos Reis e Victor Vinicius Pereira da Silva, que foram denunciados no primeiro grupo e estão detidos.
Em 4 de outubro, o TJ aceitara a denúncia e decretara a prisão dos policiais Edson dos Santos, Luiz Felipe de Medeiros, Jairo da Conceição Ribas, Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinícius Pereira da Silva, Anderson César Soares Maia, Wellington Tavares da Silva e Fábio Brasil da Rocha.

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