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10.11.2013

Polícia Civil faz ação para desarticular grupo black blocs, no Rio


11/10/2013 09h50 - Atualizado em 11/10/2013 11h51

Operação da DRCI visa cumprir 17 mandados de busca e apreensão.
Delegado pediu quebra de sigilo de dados dos investigados.

Do G1 Rio
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Mascarados participam de protesto no Rio de Janeiro (Foto: Christophe Simon/AFP)Mascarados participam de protesto no Rio de Janeiro (Foto: Christophe Simon/AFP)
Policiais civis realizam nesta sexta-feira (11) uma operação para tentar desarticular o grupo black blocs, que protagoniza atos de vandalismo e violência durante protestos no Rio. A ação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) começou nesta manhã e, até as 10h, pelo menos seis pessoas tinham sido levadas para prestar esclarecimentos.
Nesta semana, a polícia do Rio de Janeiro anunciou que quem for identificado como autor de atos violentos e de vandalismo nas manifestações vai responder por organização criminosa.  A lei, mais rigora, entrou em vigor recentemente e prevê pena de até oito anos de prisão.
Segundo o delegado titular do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), Fernando Reis, os agentes visam cumprir 17 mandados de busca e apreensão em vários locais da capital fluminense. Eles apreenderam computadores, equipamentos eletrônicos e máscaras durante vasculhamentos em residências.
Ainda de acordo com o delegado, a Polícia Civil pediu quebra de sigilo de dados de pessoas investigadas para saber que nível de envolvimento elas têm com os black blocs. "A Polícia Civil, em momento algum, questiona o direito de manifestação, mas o caso é que eles praticam crimes", ressaltou.
Segundo o advogado do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (DDH) Felipe Coelho, duas pessoas tinham sido liberadas após os depoimentos até o mesmo horário. Equipes do instituto acompanham os depoimentos.
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Sepe diz que participação de black blocs foi aprovada em assembleia

Coordenador disse que comando de greve não orientou atos de vandalismo.
Trentino afirmou que sindicato não apoia incondicionalmente o grupo.

SEPE é um grupo político-partidário segundo o prefeito Paes

Do G1 Rio
O coordenador geral do Sepe, Alex Trentino, disse, em entrevista à rádio CBN na manhã desta sexta-feira (11), que o sindicato não apoia incondicionalmente os Black Blocs, mas voltou a afirmar que a participação do grupo nas manifestações foi aceita durante uma assembleia da rede municipal.

“Nós não apoiamos incondicionalmente os black blocs. Primeiro, que a direção do sindicado ainda não tem uma posição política sobre os black blocs. O que eu disse é que foi aprovado em uma assembleia da rede municipal que apoia os black blocs, a ABI, os partidos políticos, as centrais sindicais e os manifestantes de todas as ações truculentas da polícia. Inclusive, nós, profissionais da educação, fomos vítimas da truculência da polícia ao deixar a Câmara de Vereadores”, afirmou Trentino.
Especificamente sobre as ações de vandalismo no final da passeata pacífica realizada por professores na segunda-feira (7), Trentino alegou que as ações não aconteceram sob a orientação dos professores. “Combinamos de fazer uma passeata pública da Candelária à Cinelândia. Terminamos o nosso ato e o que aconteceu no final não foi sob o nosso comando. Não posso dizer se traiu ou não, porque não estava no local onde aconteceu a confusão”.

'Sou grato a esses garotos'
Durante manifestação realizada na Zona Sul do Rio nesta quinta-feira (10), professores falaram da atuação do grupo nas manifestações. "Quanto aos Black Blocks, eu sou grato a esses garotos", disse um dos professores. Eles afirmaram que, apesar de utilizarem métodos diferentes, que o apoio à causa é bem-vindo.

O apoio a outros grupos foi declarado na quarta-feira pela coordenadora do Sepe Susana Gutierrez. “A assembleia aprovou o apoio de todos aqueles que queiram defender a luta em defesa da educação pública de qualidade. (Entre eles) Black Blocs, ABI, OAB, entidades sociais, movimentos sindicais. É importante a gente pontuar que é a assembleia que organiza nossos atos. Nós não fazemos atos de violência”, disse.

Os professores das redes municipal e estadual estão em greve desde o dia 8 de agosto. O mais importante é continuar em greve mesmo prejudicando as crianças que praticamente perderam o ano letivo.

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