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10.19.2013

Protestos e Vandalismo

Lula condena vandalismo durante protestos

  • Ex-presidente diz que nunca usou máscaras porque nunca teve vergonha do que fez
Thiago Herdy
Em protesto contra prisões, professores ocupam a escadaria da Câmara Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo
Em protesto contra prisões, professores ocupam a escadaria da Câmara Pedro Kirilos / Agência O Globo
RIO — Em meio à onda de protestos violentos que sufocam manifestações pacíficas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou com veemência a ação de grupos de mascarados nos atos de rua que ocorrem no Rio e em São Paulo e a depredação de patrimônio público e privado. Em eventos nas duas cidades, Lula voltou a defender a realização de manifestações pelo país, mas ressaltou que elas devem ser pacíficas.
O ex-presidente afirmou ainda que protestar de máscara significa ação envergonhada, referindo-se à atuação dos black blocs, que fazem quebra-quebra na ruas da capital — no Rio, mais de 60 foram presos sob acusação de vandalismo após protestos na terça-feira.
— Eu fiz muito movimento de rua. Eu nunca coloquei uma máscara porque nunca tive vergonha do que eu fiz. Nunca! — disse o ex-presidente, que condenou também o abandono da politica, especialmente pelos mais jovens.
— Sabe uma coisa que me assusta? A facilidade que as pessoas têm de falar mal de políticos. Não é? Humorista fala mal de político. Pergunte quais foram as pessoas em quem eles votaram nas últimas eleições, para saber que tipo de voto que ele deu. Eu queria dizer a vocês: nunca neguem a política. Esses que ficam trabalhando contra a política não têm noção, que não existe saída fora da política. A política garante a democracia. A política garante a alternância de poder. Somente através da política e da democracia um peão como eu pôde chegar à Presidência. Um índio pôde chegar na Bolívia. O negro pôde chegar nos Estados Unidos. Quando não tem isso, vem o fascismo. É o nazismo. É a ditadura. — disse Lula, em evento da Fecomércio no Rio.
Pito em governadores
Em meio às manifestações de professores no Rio de Janeiro contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), seus aliados, Lula também criticou governadores, em geral, por nem sempre tratarem “os professores com o respeito e a educação que merecem”, especialmente quando o assunto é reajuste salarial.
— Antes das eleições, vocês são os melhores, depois das eleições, vocês são o estorvo porque estão todo dia pedindo mais — disse o petista em evento no Sindicato de Professores de São Paulo ontem.

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