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10.07.2013

Síndrome faz americano ficar bêbado ao comer doces e carboidratos

Matthew Hogg, de 34 anos, tem doença rara de fermentação intestinal.
Embriaguez ocorre por supercrescimento de leveduras que fabricam etanol.

Do G1, em São Paulo
Matthew Hogg tem supercrescimento de levedura no intestino delgado que produz etanol a partir de carboidratos e doces  (Foto: Facebook/Reprodução/Matthew Hogg)Americano tem supercrescimento de levedura no
intestino que produz etanol a partir de carboidratos e
doces (Foto: Facebook/Reprodução/Matthew Hogg)
O americano Matthew Hogg, de 34 anos, sofre de uma síndrome rara de fermentação intestinal que faz com que ele fique bêbado ao consumir alimentos como carboidratos e doces. Esse processo de embriaguez sem ingestão de álcool ocorre porque há em seu intestino delgado um supercrescimento de leveduras, que acabam produzindo etanol.
Segundo os médicos, ainda se sabe muito pouco sobre essa doença, mas uma série de casos já tem sido citada na literatura. Por causa de sua condição, Matthew normalmente acorda de ressaca e sofre de exaustão constante, segundo o site do jornal britânico "Daily Mail". Além disso, ele tem "intoxicação crônica por álcool" e uma doença no fígado, resultantes da frequente fermentação intestinal.
Para evitar o problema, que levou mais de 20 anos para ser diagnosticado, o americano mantém uma dieta natural à base de carnes, peixes, ovos, legumes, nozes, água e chá de ervas. Esse hábito não elimina totalmente os sintomas do americano, mas alivia um pouco a situação – agravada por comidas como arroz, batata frita, sanduíches e refrigerantes. Matthew diz que, para ele, uma única porção de arroz equivale a três garrafas de vinho.
O americano também conta que, durante a adolescência, ele era teimoso e insistia em ir a festas e consumir álcool. Mesmo sem beber, porém, ele apresentava sintomas como tontura, náusea e agressividade com colegas de classe. Seus médicos chegaram a insistir para que ele procurasse um psiquiatra, por faltar demais à escola. Mas o paciente acabou buscando ajuda com especialistas em Londres e no México.
A família de Matthew gastou todas as economias que tinha, de cerca de R$ 177 mil, até que o jovem fez um exame de sangue que apontou níveis elevados de etanol e outros álcoois, indicando supercrescimento bacteriano no intestino delgado.
Apesar do diagnóstico já ter sido feito, o americano é incapaz de se manter em um emprego e seguir sua carreira de terapeuta nutricional. Ele acaba ficando em casa, onde mora com a namorada Mandy Taylor, mas não se mantém parado: resolveu criar um site para ajudar outras pessoas com a doença. Mandy segue a mesma dieta de Matthew, para acompanhá-lo e não deixá-lo passando vontade.

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