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10.24.2013

Tribunal russo julga liberdade de ativista brasileira do Greenpeace




A organização não-governamental Greenpeace acredita que o Comitê Investigativo do governo russo retirará todas as acusações contra os 30 ativistas de diversas nacionalidades detidos por protestar em uma plataforma de petróleo no Ártico em 18 de setembro. Entre eles está a brasileira Ana Paula Maciel, que começou a apresentar seu pedido de liberdade na madrugada desta quinta-feira (horário de Brasília).

Segundo informações divulgadas pela própria organização, o advogado de Ana Paula pediu que ela pudesse acompanhar a audiência fora da jaula, mas o juiz negou a requisição.

Na quarta, o país europeu atenuou a gravidade do processo, que inicialmente denunciava os membros da ONG por "pirataria". Com a mudança do crime para "vandalismo", em teoria, as penas podem ser reduzidas de 15 para sete anos de prisão em caso de condenação.

Antes do início dos julgamentos, líderes do Greenpeace confiam na libertação dos ativistas.

"Em geral as acusações deverã ser descartadas. Não há consistência para que uma pena seja aplicada. A situação é complicada, mas acredito que no fim não haverá condenação", declarou o diretor do Greenpeace na Rússia, Ivan Blokov, ao jornal Voice of Russia.

"Não há elementos para que o caso seja classificado como 'vandalismo'. Não houve violência ou ameaça a nenhuma propriedade. É ilógico que nossos membros estejam detidos há 30 dias", acrescentou Blokov.

Os ativistas estavam no navio Artic Sunrise, que foi capturado por forças de segurança russas depois que membros de sua tripulação tentaram escalar uma plataforma de petróleo.

Todas as pessoas a bordo - 28 ativistas e dois jornalistas - foram detidos e permanecem na cidade portuária de Murmansk (norte da Rússia).

Na última semana, onze vencedores do prêmio Nobel escreveram ao presidente russo, Vladimir Putin, pedindo que as acusações de pirataria fossem retiradas.

No mês passado, Putin disse que os ativistas violaram a lei internacional, mas que era "evidente" que eles não eram "piratas".

 BBC

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