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11.06.2013

Aécio quer impedir a presidenta Dilma de governar

Aécio Neves
Aécio Neves
O possível candidato tucano à Presidência da República – ainda a ver se será… -, senador Aécio Neves (PSDB-MG), quer fazer campanha. Ele, o outro possível candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, outros dois presidenciáveis, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a ex-senadora Marina Silva (PSB-Rede)…
Mas o senador Aécio Neves quer impedir a presidenta Dilma Rousseff de governar. “Na verdade não temos mais uma presidente da República full time. Nós temos uma candidata full time. Até nos finais de semana, nos feriados, ela faz campanha eleitoral”, diz o senador mineiro ao acusar o governo de fazer muito mais campanha eleitoral do que administrar.
Vejam, para ele a presidenta está fazendo campanha quando governa. Isso é de um cinismo e de uma hipocrisia sem fim. Justo partindo deles, do senador e do pessoal do PSDB, que aprovaram a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) em junho de 1997, e com o presidente beneficiário da medida, no cumprimento de seu primeiro mandato.
Reeleição aprovada com compra de votos
Reeleição, denunciou-se à época, aprovada com votos comprados. A ponto de os deputados que venderam votos pró-reeleição, quando as denúncias mais se aproximaram deles, terem renunciado ao mandato para não serem cassados e ficarem inelegíveis na eleição seguinte, de 1998.
E FHC fez campanha em 1998, para sua reeleição, então no pleno exercício da presidência da Republica! É muita cara de pau, e só uma mídia tucana pode suportar tal violência contra fatos históricos, sem contestá-los, sem lembrar isso ao senador Aécio Neves quando ele faz essas declarações inapropriadas, essas acusações infundadas contra a presidenta Dilma.
Conversa fiada para boi dormir
Já sua conversa fiada sobre José Serra e a união deles é para boi dormir. “Tudo está sendo construído com base naquilo que é melhor para o partido. Não há tensão (entre os dois). Para desalento de todos aqueles que apostaram contra, nós vamos estar juntos”, prevê o senador mineiro.
Ele até explica que a “unidade” tucana virá porque ele e Serra têm um objetivo comum: “Encerrar esse ciclo de governo do PT. Porque ambos pensamos da mesma forma. Os prejuízos que esse governo do PT está trazendo ao Brasil são enormes. Mais um mandato de governo do PT vai ser dramático para o País, seja na condução da economia, seja na credibilidade que já está comprometida no exterior, seja pela capacidade gerencial do Brasil, que aí está posta.”
Na prática, Serra passou a conversa em Aécio (disse que fará campanha por ele, se ele for o candidato ao Planalto) e o senador acreditou que estarão juntos no ano que vem. Embarcou no conto de que agora os dois devem devem fazer oposição e lá na frente tudo estará resolvido, com ele, Aécio, candidato. O problema é que só ele acredita nisso. Ninguém mais. Muito menos Serra, que urdiu tudo.

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