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11.25.2013

Novos medicamentos revolucionam o combate ao câncer de próstata

No Brasil, 20% dos diagnósticos de câncer de próstata são feitos em fase avançada. Mas a medicina conseguiu ampliar em 30%, em cinco anos, a taxa de sobrevida dos pacientes

Adriana Dias Lopes
ROTINA NORMAL - Graças a um dos novos remédios, Fontenele encontrou ânimo para retomar as caminhadas pela praia
ROTINA NORMAL - Graças a um dos novos medicamentos, Fontenele encontrou ânimo para retomar as caminhadas pela praia      (Alexandre Schneider)
Aos 68 anos, Herbert Fontenele recebeu o diagnóstico de câncer de próstata metastático. O tumor invadira a bexiga, a uretra e os ossos. Era 2009. Pelas estimativas médicas, Fontenele teria apenas um ano de vida. Mas ele não desistiu. Foram doze sessões de quimioterapia e outras 32 de radioterapia. E os efeitos colaterais do tratamento, terríveis — dores fortes na região do abdômen, vômitos constantes e prostração. “O sofrimento era tão grande que cheguei a pensar que deveria ter deixado a doença seguir seu rumo natural”, diz Fontenele. A situação começou a mudar em 2010, quando ele participou das pesquisas finais de um novo medicamento para câncer de próstata metastático, a abiraterona. Em seis meses, seu quadro clínico se reverteu. O PSA, o principal marcador sanguíneo da doença, atingiu uma taxa equivalente à de um homem saudável, de 0,3. Fontenele mantém a terapia com o medicamento e seguirá assim até o momento em que o câncer deixar de reagir à abiraterona — quatro comprimidos diários e nenhuma reação adversa. Hoje, a vida dele é a mesma de antes da doença: trabalha, passeia com os amigos, viaja com a família e faz caminhadas pelas praias de São Luís, no Maranhão, onde mora.

A reviravolta na doença de Fontenele é um excelente retrato da história do tratamento do câncer de próstata metastático. Lançada comercialmente no Brasil em 2012, a abiraterona é um dos quatro novos medicamentos desenvolvidos nos últimos três anos para o combate à doença. Com eles, a taxa de sobrevivência dos doentes aumentou 30%, em cinco anos. Pode parecer pouco, mas não é. A elevação da taxa de sobrevida nos últimos cinco anos de pacientes com tumores avançados de mama girou em torno dos 20%. Dos de intestino, 10%. O tempo a mais que esses remédios proporcionam é como aquele que Fontenele experimenta — sem dores, sem prostração, sem enjoos. Vida normal, portanto. O diagnóstico de câncer de próstata metastático já não significa mais necessariamente uma sentença de morte. “Trata-se do maior impacto já visto em tão pouco tempo no tratamento de qualquer câncer metastático”, diz Fernando Maluf, chefe da oncologia clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
De todos os cânceres em fase de metástase, o de próstata é o mais controlável. Os novos medicamentos são desenvolvidos a partir de uma tecnologia extremamente sofisticada. A abiraterona, por exemplo, ataca o tumor em duas frentes. Corta a produção na glândula suprarrenal do hormônio testosterona, o combustível para os tumores prostáticos, e diminui a síntese do hormônio dentro das células cancerígenas. Além da abiraterona, há três medicações de ultimíssima geração (veja o quadro abaixo). Algumas delas são de um requinte tecnológico impressionante, como a vacina terapêutica Sipuleucel-T. Feita sob medida para o paciente, ela estimula o sistema imunológico a combater as células tumorais. Um mês de tratamento custa 90 000 reais. Ainda não há previsão de chegada da vacina ao Brasil.

O câncer de próstata está entre os tumores mais indolentes. Ele leva quinze anos para atingir 1 centímetro cúbico. Com esse tamanho, pequeno, o tumor está confinado à glândula, e pode ser tratado com tranquilidade. Quando ele escapa e atinge outro órgão, a coisa muda de figura. “A lentidão, benéfica no início da doença, torna-se um grande problema na fase de metástase”, explica o oncologista Andrey Soares, do Hospital Albert Einstein e do Centro Paulista de Oncologia, ambos em São Paulo. Tumores de crescimento lento são resistentes à quimioterapia, a primeira opção de tratamento nos casos de metástase. Isso porque os quimioterápicos têm como característica atingir o DNA da célula tumoral sobretudo durante a divisão das células. “Quando a divisão é lenta, o efeito da químio é menor, portanto. E é nesse cenário que os novos medicamentos representam uma grande notícia”, diz Gustavo Guimarães, urologista do hospital A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Todos os anos 60 000 homens recebem o diagnóstico de câncer de próstata no Brasil — é a segunda neoplasia mais comum entre o sexo masculino, depois dos tumores de pele. Quando a doença é diagnosticada e tratada precocemente, a cura chega a 97%. O problema é que dois em cada dez casos da doença no país são descobertos em fase de metástase. Nos Estados Unidos, esse índice cai à metade. Diz Marcello Ferretti Fanelli, diretor da Oncologia Clínica do A.C. Camargo: “Conseguiremos reverter essa situação com investimentos na prevenção”. Lembre-se aqui do bê-á-bá: homens que pertencem a grupos de risco, como os pacientes negros ou com casos de câncer de próstata na família, devem fazer exames de rotina anuais a partir dos 45 anos. Os que não correm risco, a partir dos 50 anos. Os exames consistem no teste sanguíneo do PSA e no toque retal. Ainda há muito a ser feito — apenas metade dos brasileiros com mais de 45 anos vai ao urologista regularmente.



Fármaco da J&J é nova opção de tratamento no cancro da próstata



O fármaco experimental da Johnson & Johnson (J&J) abiraterone pode ajudar os homens com cancro da próstata avançado que já passaram por outras opções de padrão de tratamento, de acordo com resultados de um ensaio clínico de fase intermédia, noticia a agência Reuters.
O fármaco, que a J&J adquiriu com a compra da Cougar Biotechnology por cerca de 970 milhões de dólares no ano passado, já tinha alcançado bons resultados em homens que não receberam quimioterapia.
O mais recente estudo de fase II testou o medicamento após o tratamento com terapia hormonal e do Taxotere® (docetaxel) da sanofi-aventis, o único quimioterápico aprovado actualmente que revelou benefícios em ensaio avançado do cancro da próstata.
Investigadores britânicos disseram na terça-feira que cerca de metade dos homens que receberam o fármaco tiveram uma redução substancial dos níveis do antigénio prostático específico.
Três quartos dos homens também tiveram uma queda no número de células tumorais, e cinco dos 47 pacientes ainda estavam a tomar o medicamento e a ter benefícios três anos depois de o ensaio começar.
O abiraterone, que está agora em fase final dos testes clínicos, foi licenciado pela Cougar em 2004, por isso a biotecnológica britânica tem direito a receber royalties sobre as vendas, caso seja um sucesso comercial.
As previsões sugerem que o medicamento vai gerar vendas de 231 milhões de dólares em 2013, segundo a Thomson Pharma.
"O docetaxel é uma terapia importante, mas estende a vida apenas para uma média de dois ou três meses, por isso há uma grande necessidade de melhorar as opções de tratamento para pacientes com cancro da próstata em estadio avançado", disse o investigador principal Dr Johann,, do Institute of Cancer Research britânico e do Royal Marsden Hospital.
"Neste ensaio, o abiraterone reduziu ou estabilizou o cancro numa média de quase seis meses, o que é um resultado muito impressionante", afirma.
Os resultados foram relatados na terça-feira no Journal of Clinical Oncology.

Enzalutamida 


CÂNCER DE PRÓSTATA – Aumento da sobrevida com enzalutamida no câncer de próstata após quimioterapia (AFFIRM)


A enzalutamida (antigo MDV 3100) atua em vários pontos da via de sinalização dependente de androgênios que é o principal fator associado ao crescimento do câncer de próstata. O objetivo do artigo é avaliar se a enzalutamida prolonga a sobrevida em homens com câncer de próstata resistente a castração após quimioterapia.
Estudo de fase III, duplo cego com grupo controle placebo, estratificou 1.199 homens com câncer de próstata resistente à castração após quimioterapia de acordo com seu desempenho (ECOG) e intensidade de dor. A randomização foi 2:1; para enzalutamida oral na dose de 160 mg por dia (800 pacientes) ou placebo (399 pacientes). O objetivo primário do estudo era sobrevida global.
Resultados:
O estudo foi interrompido após análise interina planejada após 520 mortes. A sobrevida global média foi de 18,4 meses (IC de 95%: 17,3 – ainda não alcançado) no grupo enzalutamida versus 13,6 meses (IC de 95%: 11,3-15,8) no grupo placebo (morte no grupo enzalutamida de HR=0,63; IC de 95%: 0,53-0,75; p<0 a="" class="thickbox" da="" id="drugs" span="" superioridade="">enzalutamida sobre o grupo placebo ocorreu em todos os objetivos secundários: redução do PSA em 50% ou mais 54 versus 2%,
Conclusões:
A enzalutamida prolonga significativamente a sobrevida em homens com doença mestastática prostática resistente a castração após quimioterapia.

Referência: Scher HI, Fizazi K, Saad F, et al. Increased survival with enzalutamide in prostate cancer after chemotherapy. N Engl J Med 2012;367:1187-97.

Comentários – MOC Brasil:

Nesse importante estudo observamos que a existência da “doença refratária a hormônio”, tida como uma das principais indicações para tratamento quimioterápico nos pacientes com câncer de próstata metastático, vem sendo mudada para “doença refratária a castração”. A enzalutamida é um inibidor do receptor da sinalização androgênica, sendo diferente, pois atua inibindo a translocação intracelular do receptor de androgênio. A enzalutamida é um importante instrumento a ser utilizado no tratamento do câncer de próstata metastático visto o seu benefício na sobrevida global.
Matheus Alessandretti
(Médico Residente de Oncologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo)

24/09/2013

Sipuleucel-T

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Sipuleucel-T


Câncer de próstata

Subunidade proteica


Provenge

Informações sobre Drogas FDA Profissional

a611025

N / D (apenas aprovado nos homens)

℞-only ( EUA )

Intravenoso


917381-47-6 Sim

L03 AX17

SID85151648

8Q622VDR18

D06644 Sim

CHEMBL1237024

Sipuleucel-T (APC8015, nome comercial Provenge), [1] [2] fabricado pela Dendreon Corporation, é uma terapêutica vacina contra o câncer de câncer de próstata (CaP). Ele deve ser preparado especificamente para cada paciente. No câncer de próstata metastático, que estendeu por sobrevivência mediana 4,1 meses (dados experimentais IMPACTO Fase III). O tratamento custa $ 93.000. [3]

História imunoterapêutica Câncer

Sipuleucel-T é a primeira imunoterapia celular terapêutico para demonstrar eficácia na fase III de ensaios clínicos por prolongar a vida de pacientes que se avançou para a fase tardia da doença, metastático , assintomática, o câncer de próstata hormônio-refratário (HRPC).
Outros nomes para este estágio são metastático castrar-resistente (mCRPC) e andrógeno independente (AI) ou (AIPC). Esta etapa leva a mCRPC com envolvimento de gânglios linfáticos e distal tumores (distante), esta é a fase letal do PAC. O estadiamento do câncer de próstata designação é T4, N1, M1c. [4] [5] [6]

Vacina contra o câncer terapêutico aprovado pelo FDA Primeira

Sipuleucel-T foi aprovado pelo os EUA Food and Drug Administration (FDA) em 29 de abril de 2010, para tratar assintomáticos ou minimamente sintomáticos metastático HRPC. [7] [8]
Pouco depois, sipuleucel-T foi acrescentado ao compêndio de tratamentos de câncer publicados pela National Comprehensive Cancer Network (NCCN) como uma "categoria 1" (mais alta recomendação) tratamento para HRPC. O NCCN Compêndio é utilizado pelo Medicare e os principais provedores de seguros de saúde para decidir se um tratamento deve ser reembolsado. [9] [10]
Embora referido como uma vacina terapêutica que trata o cancro, em comparação com uma vacina preventiva, o que impede que a doença infecciosa, sipuleucel-T é um imuno-estimulante . A partir de 2013, existem três vacinas preventivas aprovados, que atacam o vírus causadores de cancro do papiloma humano , vírus da hepatite A e vírus da hepatite B .

Método de tratamento

Um curso de tratamento sipuleucel-T consiste em três etapas básicas:
  1. Próprias células brancas do sangue de um paciente, principalmente as células apresentando antígeno- (APCs), também chamadas de células dendríticas, são extraídos em um leukapheresis procedimento.
  2. O produto derivado de sangue é enviada para a fábrica e incubadas com uma proteína de fusão (PA2024) que consiste em duas partes,
    1. o antigénio da fosfatase ácida prostática (PAP), que está presente em 95% das células de cancro da próstata, e
    2. um factor de sinalização imune factor estimulante de colónias de granulócitos-macrófagos (GM-CSF), que ajuda a APCs para a maturação.
  3. O produto derivado do sangue activado (APC8015) é devolvido a partir da fábrica para o centro da infusão e re-infundidas no paciente para provocar uma resposta imune contra as células cancerosas que transportam o antigénio PAP. [4] [5]
Um tratamento completo sipuleucel-T repete três cursos ao longo do período de um mês, com duas semanas entre os cursos sucessivos. [11]

Diferença Survival

Sipuleucel-T mostrou sobrevida global (OS) benefício para os pacientes em três randomizado, duplo-cego de fase III ensaios clínicos , D9901, [5] D9902a, [12] [13] e impacto. [4]
Um editorial no New England Journal of Medicine concluiu que sipuleucel-T irá provavelmente resultar em uma melhoria substancial para o mau prognóstico para câncer de próstata resistente à castração. [6]
O julgamento IMPACT [4] serviu de base para a aprovação de licenciamento de sipuleucel-T pelo FDA. Este estudo incluiu 512 pacientes com HRPC metastático assintomáticos ou minimamente sintomáticos randomizados na proporção de 2:1. O tempo médio de sobrevida para pacientes sipuleucel-T foi 25,8 meses para 21,7 comparando meses para os pacientes tratados com placebo. A sobrevida global foi estatisticamente significativa (P = 0,032). No entanto, um melhor grupo de controlo que incluiu pacientes que receberam as células brancas do sangue foram incubadas com GM-CSF sozinho, de modo a que a principal diferença entre os dois grupos que teria sido o antigénio tumoral. Além disso, o tempo de sobrevivência sem encolhimento do tumor de variação na progressão é surpreendente. Isto pode sugerir o efeito de uma variável não mensurável. [6]
O julgamento D9901 [5] matriculados 127 pacientes com HRPC metastático assintomático randomizados na proporção de 2:1. O tempo médio de sobrevida para os pacientes tratados com sipuleucel-T foi 25,9 meses em comparação com 21,4 meses para os pacientes tratados com placebo. A sobrevida global foi estatisticamente significativa ( P = 0,01 ).
O julgamento D9902a [12] foi concebido como o julgamento de D9901, mas que participe 98 pacientes. O tempo médio de sobrevida para os pacientes tratados com sipuleucel-T foi 19,0 meses para 15,3 comparando meses para os pacientes tratados com placebo, mas não alcançou significância estatística.
No entanto, de acordo com Huber, no Jornal do Instituto Nacional do Câncer, o plano de análise estatística original de Dendreon iria analisar a diferença de eficácia entre os pacientes <65 65="" anos="" de="" idade.="" ou="" span=""> O julgamento IMPACT publicado usado 71 anos como o ponto de corte, e não 65. The New England Journal of Medicine publicou uma correção após questionamentos feitos pela Reuters. Segundo a Reuters, uma revisão da FDA descobriram que os homens com mais de 65 tinha um 41% mais chance de morrer com Provenge. De acordo com Huber, os homens mais velhos no grupo placebo teve uma chance maior de morrer, porque a remoção de células brancas era prejudicial. Agregando os homens mais jovens e mais velhos feitos Provenge olhar melhor. [3] [14]
A análise de Huber conforme publicado Journal of National Cancer Institute especula fortemente sobre os potenciais efeitos negativos da Aph em doentes tratados com placebo, isto foi mais tarde alterado por papéis de James Gulley et al chegam à conclusão de que "dados fornecem evidências de que Aph inflige efeitos insignificantes em um pts sistema imunológico, rejeitando a hipótese de que pts competência imunológica é impactada pelo procedimento em um significativo

Os efeitos colaterais

Os efeitos colaterais dos sipuleucel-T foram principalmente limitada a calafrios, febre, fadiga, dores de cabeça e náuseas, que normalmente ocorreu nos primeiros dias do tratamento. Além disso, mais graves eventos cardiovasculares foi observada a uma taxa de 2,4% em pacientes tratados com sipuleucel-T vs 1,8% em pacientes tratados com placebo. [4]

Ensaios clínicos adicionais

O tratamento precoce PRO e Tratamento do Câncer (PROTEGER) julgamento, uma fase IIIB ensaio clínico começou em 2003, está em curso. [15] Seu objetivo é testar a eficácia para os pacientes cujo CaP ainda é controlado por qualquer supressão de testosterona através de tratamento hormonal ou por castração cirúrgica . Esses pacientes geralmente têm falhado tratamento primário de qualquer remoção cirúrgica da próstata, ( radioterapia ), radiação interna, BNCT ou ( HIFU ) para intenção curativa. Tal falha é chamado falha bioquímica e é definido como uma leitura de PSA de 2,0 ng / mL acima do nadir (a menor leitura feita pós-tratamento primário). [16]
Ensaios clínicos que administram sipuleucel-T em conjunto com ipilimumab (Yervoy) estão sendo realizados para avaliar a segurança clínica e aumento dos efeitos anti-câncer (quantificados em PSA, radiográficos e resposta das células T) em pacientes com câncer de próstata avançado.

CÂNCER DE PRÓSTATA – Radium-223 aumentou a sobrevida em pacientes com câncer de próstata avançado

Antes da aprovação do docetaxel para câncer de próstata avançado, os radiofármacos beta-emissores, estrôncio-89 e samário-153, eram usados para controle de sintomas. Embora estes agentes confiram algum benefício clínico, apresentam moderada mielotoxicidade. Radium-223 é um alfa-emissor cálcio mimético, que se liga ao estroma ósseo recém-formado. Essa radiação de partículas alfa induz quebras da fita dupla de DNA.
Um estudo de fase III com 921 pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração foram randomizados 2:1 para receber radium-223 ou placebo a cada 4 semanas por 6 meses. A maioria dos pacientes já haviam recebido docetaxel.
Os resultados foram:
  • A sobrevida global mediana (endpoint primário) foi maior nos pacientes que reberam radium-223 versus placebo (14,9 versus 11,3 meses; HR=0,70; p<0 span="">
  • Tempo para o primeiro evento ósseo sintomático (endpoint secundário) foi maior no grupo que recebeu radium-223 versus placebo (15,6 versus 9,8 meses; HR=0,66; p<0 span="">
  • Radium-223 apresentou poucos eventos adversos e baixa taxa de mielotoxicidade.
O FDA aprovou em maio de 2013 o uso do radium-223 para homens com câncer de próstata metastático resistente a castração. Porém é importante lembrar que este agente mostrou atividade em pacientes com doença óssea e não tem atividade em pacientes com doença visceral. Apesar da clara evidência da atividade antitumoral, uma modesta redução do PSA foi observada com radium-223 (apenas 16% tiveram > 30% de queda do PSA). O radium-233 tem um excelente perfil de segurança e estudos envolvendo outros agentes combinados ao radium-223 devem ser publicados em um futuro próximo.
Referências: Parker C, Nilsson S, Heinrich D, et a. Alpha emitter radium-223 and survival in metastatic prostate cancer. N Engl J Med 2013;369:213-23. Vapiwala N, Glatstein E. Fighting prostate cancer with radium-223 — Not your madame’s isotope. N Engl J Med 2013;369:276-8.
RAPHAEL BRANDÃO MOREIRA
(Médico Residente de Oncologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo)

16/10/2013

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