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12.05.2013

Em pacientes de risco, estatina pode reduzir em 80% as chances de infarto

Bem Estar desta quarta (4) deu dicas para proteger a saúde do coração.
Uso de estatinas, no entanto, deve ser sempre receitado por um médico.

Do G1, em São Paulo
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Muita gente acredita que, para controlar as taxas de colesterol, basta mudar a alimentação e começar a fazer exercício físico.
Porém, existem casos em que é preciso usar medicamentos para auxiliar nesse controle, que são as estatinas. Em pacientes de risco, as estatinas podem reduzir em 80% as chances de um infarto, como explicou o cardiologista Roberto Kalil no Bem Estar desta quarta-feira (4). 
Porém, o cardiologista alerta que o uso desses remédios deve ser sempre indicado por um médico, que vai dosar a quantidade adequada para cada paciente. Se não for controlado, o colesterol alto pode causar uma obstrução nas artérias e aumentar não só as chances de um infarto, mas também de um derrame. O problema é que, na maioria das vezes, essa obstrução não dá sintomas e o primeiro sinal que o paciente tem é um problema mais grave, como o próprio infarto.
Em relação aos efeitos das estatinas, o cardiologista Andrei Sposito explicou que elas inibem a produção do colesterol no fígado, reduzindo a quantidade (veja no vídeo ao lado).
Porém, como as células continuam precisando dessa substância, elas acabam buscando na corrente sanguínea o colesterol que vem da alimentação. Com isso, o colesterol ruim no sangue diminui. Mas, como alertou a reportagem, para o remédio fazer efeito, ele deve ser tomado diariamente.
Colesterol valendo (Foto: Arte/G1)
No entanto, além de não ter obstruções, o coração precisa ser um músculo livre de inflamações e infecções para funcionar bem.
Vírus e bactérias, por exemplo, também podem prejudicar o bombeamento de sangue, como explicou a cardiologista Denise Hachul. Uma infecção bacteriana, por exemplo, se não tratada, pode atingir as válvulas e causar uma doença chamada febre reumática, que atrapalha o trabalho das válvulas. Por isso, é importante tratar sempre direito as infecções de repetição que atingem a garganta, por exemplo.
De acordo com o cardiologista Roberto Kalil, os vírus também podem atingir o coração e causar uma inflamação que aumenta o músculo cardíaco. Esse aumento pode deixar o bombeamento do sangue prejudicado, causando a doença chamada miocardite - em alguns casos, ela pode ser irreversível, como alertou o médico.
Por fim, os médicos ressaltaram a importância das válvulas cardíacas funcionarem bem – no prolapso da válvula mitral, por exemplo, a válvula não fecha direito e o sangue pode voltar.
Nem sempre isso causa danos ou exige tratamento, mas é preciso se preocupar com os sintomas. No caso da dona de casa Juliana Souza, mostrada na reportagem da Renata Rocha, de Anápolis, em Goiás, sinais como pancada no peito, tosse, falta de ar e palpitação são comuns desde os 15 anos (confira no vídeo).
Cigarro
Fumar é um problema não só para quem fuma, mas também para quem convive com quem fuma. A telefonista Tatiane Moreira, por exemplo, se acostumou com o cheiro do cigarro da mãe e, quando pequena, até sentia falta, como mostrou a reportagem da Marina Araújo (veja no vídeo).

A mãe, a auxiliar de limpeza Francisca de Oliveira, só resolveu parar com o fumo depois de ter um infarto, mas para largar o vício de vez, ela teve que fazer um tratamento com remédio e uma goma de mascar com nicotina. De acordo com o cardiologista Roberto Kalil, o cigarro pode também aumentar o risco de infarto e, por isso, é importante largar ou evitar.
Exclusivo na web
No vídeo ao lado, a cardiologista Denise Hachul responde perguntas dos internautas sobre a saúde do coração. Confira!

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