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12.03.2013

Genoino renuncia ao mandato para evitar cassação

Preso por envolvimento no mensalão, Mesa Diretora da Câmara discutiria nesta terça se abriria processo de cassação contra o petista

03 de dezembro de 2013 | 14h 30

Ampliado às 14h48 - Erich Decat - Agência Estado
O deputado licenciado José Genoino (PT), preso desde o dia 15 de novembro por envolvimento no mensalão, renunciou ao seu mandato. No início da reunião da Mesa Diretora da Câmara, nesta terça-feira, 3, o vice-presidente da Casa, deputado André Vargas (PT-PR), apresentou a carta de renúncia do petista. No texto, Genoino reafirmou sua inocência e criticou a transformação em "espetáculo" do processo de cassação.

Deputado estava licenciado do cargo desde julho - Dida Sampaio/Estadão
Dida Sampaio/Estadão
Deputado estava licenciado do cargo desde julho
No encontro desta tarde, a Mesa Diretoria iria discutir a abertura do processo contra o petista, condenado a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto. Ele estava licenciado do cargo desde julho, após ser submetido a uma cirurgia cardíaca.
A apresentação da carta foi feita antes mesmo da conclusão da contagem dos votos dos integrantes da Mesa, que chegou ao placar de quatro a dois pela abertura do processo de cassação. Além de André Vargas, posicionou-se contra o pedido de perda de mandato de Genoino o quarto-secretário, Carlos Biffi (PT-MS).
Na saída do encontro, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que o pedido de renúncia será lido nesta tarde no plenário da Casa. O diretor-geral da Câmara, Sergio Sampaio, afirmou que ainda nesta tarde será divulgado comunicado oficial sobre a possível aposentadoria ou não do agora ex-deputado. O deputado Renato Simões (PT-SP) já estava no lugar do Genoino e, segundo a Secretária Geral da Mesa, vai continuar no mandato.
Genoino pediu aposentadoria por invalidez, mas a junta médica da Casa, com base em exames realizados a pedido do Supremo Tribunal Federal, entendeu que ele não sofre de cardiopatia grave e decidiu apenas prorrogar sua licença médica até o dia 25 de fevereiro.
Após ser preso, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a anunciar a abertura imediata do processo de cassação, mas um pedido de vista de Vargas adiou a decisão. Desde então, o PT tentava evitar a cassação.
Com informações da Agência Câmara 
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