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12.22.2013

JN : Queda de audiência


O JN virou apenas um entremet muito do insosso entre um melodrama e outro.
Gianni Fiorito e João Cotta/ Tv Globo
Jornal Nacional
Queda de audiência? Culpa é das novelas
Sempre revolucionário – sem mencionar outros atributos seus, como a blindada imparcialidade, o apartidarismo irrestrito e o compromisso em defender os interesses da nação, e não os do casa –, o jornalismo da Globo inverteu a lógica do sanduíche, segundo a qual o recheio deve ser mais saboroso do que as peças que o contêm.
O Jornal Nacional, sob a expertise do chef Ali Kamel, decretou, voluntariamente ou não, outro método de degustação. As novelas das 7 e das 9 é que falam hoje ao apetite – peculiar que seja esse apetite – do telespectador. O JN virou apenas um entremet muito do insosso entre um melodrama e outro.
O Ibope, a quem não se pode atribuir propósito de prejudicar a Globo, indica que a plateia do JN minguou em 30% nos últimos dez anos. Na esteira do show produzido em conjunto pela Globo e pelo Supremo Tribunal, o carro-chefe do jornalismo platinado mergulhou recentemente em inéditos 18 pontos de audiência. Um recorde.
Em prol dos imperativos comerciais (a publicidade brasileira é a última adepta do JN), o jornalismo da Globo inverte mais uma vez a realidade e tenta atribuir às novelas – a que a precede e a que a sucede – a culpa pelo desastre de público. Mas está na cara que, dos vilões que o JN operosamente fabrica, nenhum tem a mesma graça perversa, por exemplo, daquele Félix de Amor à Vida.
Haverá quem queira tributar os tropeços do JN a detalhes menores como, digamos, a credibilidade. Bobagem: credibilidade nunca foi o forte da Globo, mesmo antes do Ali Kamel.
Nada dura para sempre, e o editor responsável pelo JN, Sr. William Bonener, à frente do mesmo há mais de 10 anos, já está a merecer um prêmio teatral por interpretação de notícias, seja remexendo na cadeira e/ou franzindo o cenho para dar ênfase às notícias que invariavelmente já sabemos, e na maioria das vezes, com total imparcialidade por outras emissoras!
Dizer que, só é verdade se fosse mostrado no JN, deixou há muito de ser verdade, pois com o advento da internet, está muito mais difícil manipularem os Homers, pois se a imprensa era o Quarto Poder, hoje já arrisco dizer que a internet lhe solapou este lugar!
Haja visto, o Editorial mea-culpa onde - "... Diante de qualquer reportagem ou editorial que lhes desagrade, é
frequente que aqueles que se sintam contrariados lembrem que O GLOBO
apoiou editorialmente o golpe militar de 1964. A lembrança é sempre um incômodo para o jornal, mas não há como refutá-la. É História. O GLOBO, de fato, à época, concordou com a intervenção dos militares,
ao lado de outros grandes jornais, como “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S. Paulo”, “Jornal do Brasil” e o “Correio da Manhã”, para citar apenas alguns."
Os exemplos de Homer e do personagem Lineu, citados centenas de vezes pelo Sr. Bonener, foram de uma singularidade muito original, e serviram para mostrar o quanto de respeito têm pelos seus telespectadores!
Mas há quem goste, e gostando ou não, a verdade é que a classe média brasileira, se antes se viam naquela emissora, hoje podemos afirmar que, sua liderança está abismo abaixo!!!

Comentários
  • O que é JN? Quanto ao Globo, eu prefiro o Google Earth. É mais atualizado, é de graça e eu mesma MANIPULO,as buscas, as informações e as conclusões a meu bel prazer. Viva a liberdade proporcionada pela da Internet !!! viva !!! viva!!! viva!!!!

  • O definhar do Império está sendo lento e gradual. A WEB vem se estabelecendo como a principal forma de informação e entretenimento a cada momento. Com a grande comodidade de o espectador não ter que se prender à rotina de uma emissora, mas sim o contrário - assiste o que lhe apetece quando deseja. E para além disto, ainda não é relegado à postura passiva de um mero espectador, mas lhe é dada voz e vez nos meios virtuais. O espaço é aberto a cada dia.
    Em breve, a outrora toda poderosa Midia tradicional será uma lembrança ruim. Mas o processo é tão Marxistamente natural, que seus barões nem percebem que o "point of no return" já passou, e ficam se descabelando em cima de diagnósticos furados e placebos.
    Marx já dizia que tudo o que é sólido desmancha no ar, e um professor de história da UFJF - Dr Angelo Carrara- diz em suas aulas: o processo revolucionário em si, apenas mete o pé na porta que já está podre. A porta da mídia tradicional já jaz podre em seu portal, basta organizar como quando iremos chutar.


  • atento à utilização de novas mídias para consumir conteúdo. a queda de audiência é natural, não só do JN mas das novelas e programas com os mesmos formatos de 10 20 anos atrás


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