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12.29.2013

Povo brasileiro é o mais otimista do mundo quando pensa no futuro

Constatação está em estudo internacional sobre felicidade.
Os nordestinos são os mais de bem com a vida.

Giovana Teles Brasília
O povo brasileiro é o mais otimista do mundo quando pensa no futuro, aponta pesquisa internacional sobre felicidade divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Levantamento ouviu pessoas de 160 países.
O otimismo do brasileiro é destaque no estudo feito por economistas ao redor do mundo. De 2007 para cá, o país avançou cinco posições e é o 18º mais feliz. Porém, quando a pergunta é sobre o futuro, sobre como o brasileiro se vê daqui a cinco anos, as respostas deixam o país no topo da lista.
Por sete anos seguidos o povo brasileiro é campeão em felicidade futura.  Os nordestinos são os mais de bem com a vida. Em seguida, vêm os moradores do Centro-Oeste, do Sul, Norte e Sudeste.
Ser feliz não quer dizer estar desligado dos problemas que afetam a população inteira e as pessoas sabem que há muito para melhorar. “Saúde, educação, transporte. Muita coisa para melhorar”, aponta a dona de casa Lélia Paula de Souza.
O resultado é positivo, mas otimismo demais com o futuro, sem um planejamento no presente, pode trazer alguns problemas. “Essa positividade em relação ao futuro dificulta, por exemplo, a decisão do brasileiro de poupar, de se precaver em relação ao futuro, comprar seguro, investir em educação, uma série de agendas em relação ao futuro fica pouco prejudicada talvez por esse 'auto-otimismo'”, analisa Marcelo Néri, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos e presidente do Ipea.
Pelas conclusões do Ipea, de modo geral, o nível de felicidade das mulheres é mais alto que o dos homens. O ditado que diz que dinheiro traz felicidade não tem muito valor para o brasileiro. “O brasileiro é feliz porque ele é feliz. Não é tanto porque as condições da vida dele o levam a se sentir feliz”, afirma Marcelo.
Superar os momentos mais difíceis sem se deixar abater virou marca de Domingas de Jesus Faria. Ela se separou do marido, perdeu a casa e hoje mora em uma cooperativa de reciclagem onde trabalha. Um tempo depois, a filha dela morreu em um acidente. “Mais uma vez eu tropiquei na pedra, caí, sacudi a poeira e levantei de cabeça erguida. Cada dia que eu levanto, estou mais feliz, estou mais alegre. Eu nasci para brilhar e começa a rir”, afirma sorrindo.

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