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12.09.2013

Sexo funciona como exercício moderado

Pesquisadores medem gasto energético de casais durante relação sexual

Gretchen Reynolds, do “New York Times” 


Sexo tem gasto energético semelhante a polichinelos
Foto: Ilustração de Matt Dorfman

Sexo tem gasto energético semelhante a polichinelos Ilustração de Matt Dorfman
NOVA YORK - Desde os anos 50, casais vêm sendo convidados a, durante o sexo, ficar presos a monitores, máscaras de oxigênio e outros apetrechos para avaliar o impacto do ato sexual. Geralmente o foco é avaliar se o sexo pode matar por ataque do coração. Felizmente, eles mostram que as taxas do coração realmente aumentam, mas a níveis toleráveis. Num estudo de 2008, a frequência cardíaca de indivíduos de meia-idade no momento do orgasmo era de 21 batidas por minuto em homens e 19, em mulheres, mais ou menos a mesma resposta se eles tivessem acabado de fazer alguns polichinelos. O risco de parada cardíaca relacionada ao sexo é, de fato, muito pequeno, mostram as estatísticas. A questão do sexo como exercício, entretanto, ainda é pouco explorado.
— Existem estes mitos, como o de que o sexo queima pelo menos 100 calorias por sessão — afirmou Antony Karelis, professor da Ciência do Exercício da Universidade de Québec, em Montréal, que realizou um estudo, publicado na “PLOS One” em outubro, para avaliar quanta energia era de fato gasta durante o sexo. — Ninguém tinha testado estas suposições.
Para fazer isso, Karelis e sua equipe recrutaram 21 jovens heterossexuais comprometidos e os colocaram para correr por 30 minutos na esteira, enquanto os pesquisadores monitoraram o gasto de energia e outras métricas, para assim, comparar a demanda física do sexo. Os cientistas depois deram aos voluntários discretas braçadeiras que indicam o esforço em termos de energia metabólica (MET), uma medida para comparar uma atividade com o ato de ficar sentado e totalmente imóvel, o que representa 1-MET.
Os cientistas então mandaram os casais para casa e os instruíram a praticar sexo usando as braçadeiras pelo menos uma vez por semana durante o período de um mês. Depois eles preencheram questionários sobre como eles se sentiam após cada sessão, física e psicologicamente, especialmente comparado a correr numa esteira.
Quando os pesquisadores analisaram todos os resultados, ficou claro, diz Karelis, que o sexo era qualificado como “exercício moderado”, uma atividade de 6-MET para homens e 5.6-MET para mulheres. Isto é equivalente, de acordo com várias estimativas, a jogar tênis em dupla ou subir uma ladeira. A corrida, por comparação, era mais árdua, uma atividade de 8.5-MET para homens e 8.4 para mulheres (embora alguns homens usassem mais energia em alguns breves momentos durante o sexo do que na corrida).
O sexo também queimou quatro calorias por minutos em homens e três por minuto em mulheres, durante sessões que iam de dez a 57 minutos, incluindo as preliminares (a média era de 25 minutos). Na corrida, homens queimaram cerca de 9 calorias por minuto e mulheres, 7.
De forma geral, as informações relevam que “o sexo pode ser considerado, algumas vezes, um exercício significativo”, segundo Karelis, e que é uma forma incentivar pessoas que não gostam de se exercitar. Noventa e oito por cento dos voluntários afirmaram que o sexo era mais divertido do que a corrida. Os outros 2%, eu suspeito, voltarão ao “mercado” em breve.

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