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12.10.2013

VERRUGA: UMA QUESTÃO QUE VAI ALÉM DA ESTÉTICA. VERRUGA GENITAL.

Verruga: uma questão que vai além da estética

Descubra como combater esta vilã que pode ser extremamente prejudicial à sua autoconfiança.

Só quem tem ou já teve verruga sabe o quanto ela pode atrapalhar o visual, não apenas por uma questão de vaidade, mas, principalmente, pela autoconfiança. Mas, será que o procedimento cirúrgico é o único que pode resolver este problema?
A resposta é simples e animadora! Nem todos sabem que grande parte delas desaparecem espontaneamente. É o que afirma a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (SP), Márcia Grieco. A especialista fala ainda sobre as origens do incômodo e revela que as crianças e os adolescentes estão no grupo de risco.
Causadas pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano), que penetra em pequenas fissuras da pele como machucados, arranhões e área de trauma (barba e depilação nas pernas, entre outras), as verrugas são lesões de pele de aspecto protuberante e superfície áspera. “Elas se apresentam com pontos mais escuros e podem aparecer isoladas ou agrupadas.” A forma e o tamanho podem variar de acordo com o tipo de vírus na infecção.
“Muitas vezes, nossa própria imunidade acaba por eliminá-las”, analisa a especialista. Em outros casos, a situação pode ser resolvida com o uso local de medicamentos específicos que removem as lesões. “É comum a intervenção com o uso de ácidos (cauterização química), aplicação de nitrogênio líquido ou eletrocauterização, realizadas por um dermatologista.” Há ainda situações em que são usados laser e cirurgia convencional.
Em relação ao grupo mais suscetível, a dermatologista alerta para crianças e adolescentes que tenham o hábito de roer unhas ou tirar peles ao redor das cutículas e pessoas com imunidade comprometida. A contaminação ocorre por contato direto com pessoas e objetos infectados. “Logo, a importância de materiais descartáveis ou esterilizados em autoclave na hora da manicure, por exemplo.”.

Verrugas causadas por vírus  podem se espalhar pelo corpo

Transmissão pode ocorrer pelo contato de pele com pele.


A verruga é um problema de pele muito comum e incomoda bastante. Apesar da tentação, não se deve tentar retirá-la em casa, pois isso aumenta a chance de que ela se espalhe. Ela é causada por um vírus, por isso, esse risco existe.
Esse foi um dos temas do Bem Estar desta sexta-feira (10), que teve a participação do ginecologista José Bento e da dermatologista Márcia Purceli.
info verrugas (Foto: arte / G1)
O HPV, que causa as verrugas, é conhecido por ser sexualmente transmissível, mas isso não quer dizer que todas as verrugas sejam transmitidas pelo ato sexual. Qualquer contato de pele com pele pode ser suficiente para transmitir o vírus.
Até por isso, é comum uma pessoa ter mais de uma verruga ao mesmo tempo, uma próxima à outra. A melhor forma de evitar isso é não cutucar a verruga, pois o sangramento faz com que o vírus se espalhe. Para retirar a verruga, procure um médico, como recomenda o quadro acima.
Em geral, o HPV se cura sozinho e é eliminado do corpo naturalmente. No entanto, há subtipos mais agressivos que os das verrugas. Esses subtipos mais agressivos provocam lesões e podem levar ao câncer, sobretudo no colo do útero e no pênis. Contra esses, a melhor prevenção é o uso da camisinha.
Nem tudo que parece verruga realmente é. Aquelas bolinhas que se formam no pescoço e ficam penduradas são, na verdade, pólipos, sinais que normalmente são benignos. Já a chamada “pinta da bruxa” é conhecida na medicina como nevo, que também é uma mancha benigna, em geral.

O que é Verruga genital?

Sinônimos: Condiloma acuminado
As verrugas genitais são formações moles e semelhantes a verrugas comuns que ocorrem nos genitais de homens e mulheres. Elas são um tipo de infecção sexualmente transmissível (IST).

Causas

O vírus que causa as verrugas genitais é chamado de vírus do papiloma humano (HPV). Existem mais de 70 tipos diferentes de HPV.
  • Vários tipos de HPV causam verrugas genitais, que podem ser encontradas no pênis, na vulva, na uretra, na vagina, no cérvix, na laringe e na região perianal ou interna do ânus.
  • Outros tipos de HPV causam verrugas comuns ou achatadas em outras partes da pele, como nas mãos. No entanto, as verrugas nas mãos ou em outras partes do corpo não causam verrugas genitais.
A infecção por HPV nos genitais é comum, embora muitas pessoas não apresentem sintomas. Mesmo que você NÃO tenha sintomas, ainda assim deve receber tratamento para evitar complicações e a contaminação de outras pessoas.
Nas mulheres, o HPV pode invadir as paredes vaginais e o colo do útero. Essas verrugas são achatadas e são difíceis de enxergar sem a realização de procedimentos especiais.
Determinados tipos de HPV podem causar alterações pré-cancerosas no colo do útero, como câncer de colo do útero ou câncer anal. Esses são conhecidos como tipos de HPV de alto risco.
A seguir, fatos importantes sobre como o HPV e as verrugas genitais são transmitidos:
  • A infecção por HPV é transmitida de uma pessoa para outra através de contato sexual envolvendo pele ou membrana mucosa ou pele anal, oral ou vaginal. É possível transmitir as verrugas genitais e o HPV mesmo que não haja nenhuma verruga visível.
  • Talvez não seja possível ver as verrugas por, pelo menos, seis semanas a seis meses após a infecção por HPV. Esse período pode durar anos. Por essa razão, quando você notar as verrugas genitais pela primeira vez, isso não significará que você ou o parceiro mantiveram relações sexuais com alguém fora do relacionamento.
  • Nem todas as pessoas que foram expostas ao vírus do HPV e às verrugas genitais irão desenvolvê-los.
Os fatores a seguir aumentam seu risco de contrair verrugas genitais, de que as verrugas se espalhem mais rapidamente e de que retornem ou de que você apresente outras complicações de HPV:
  • Ter vários parceiros sexuais
  • Não saber se alguém com quem você fez sexo tem ISTs
  • Tornar-se sexualmente ativo muito cedo
  • Usar tabaco e álcool
  • Apresentar estresse e outras infecções virais (como herpes) ao mesmo tempo
  • Estar grávida
  • Ter um sistema imunológico que não funciona corretamente, como durante um tratamento de câncer ou AIDS
Se uma criança apresentar verrugas genitais, deve-se suspeitar de abuso sexual como uma das causas possíveis.

Exames

Lesões brancas ou da cor da pele, achatadas ou elevadas, únicas ou agrupadas podem ser vistas em qualquer lugar dos órgãos genitais.
Nas mulheres, o exame pélvico pode revelar formações nas paredes vaginais ou no colo do útero. Uma ampliação de imagem (colposcopia) pode ser usada para enxergar as lesões invisíveis a olho nu. O tecido da vagina e do colo do útero pode ser tratado com ácido acético (vinagre diluído) para tornar as verrugas visíveis.
Um exame de Papanicolau pode identificar alterações causadas pelo HPV. As mulheres com esses tipos de alterações geralmente precisam realizar exames de Papanicolau com mais frequência por um período.
Um teste de DNA-HPV pode identificar se você tem um tipo de HPV de alto risco conhecido por causar o câncer de colo do útero. O seguinte teste pode ser feito:
  • Como um teste de triagem em mulheres acima de 30 anos
  • Em mulheres de qualquer idade que apresentem um resultado de Papanicolau levemente anormal

Sintomas de Verruga genital

As verrugas genitais podem ser elevadas ou achatadas e geralmente têm cor de pele. Elas podem ter aspecto de couve-flor. Algumas vezes, as verrugas são tão pequenas e achatadas que não podem ser vistas a olho nu.
Lugares comuns para se encontrar verrugas genitais:
  • As mulheres apresentam, com mais frequência, verrugas ao redor da vagina ou do ânus ou dentro deles, na pele em volta dessas áreas ou no colo do útero.
  • Os homens apresentam, com mais frequência, verrugas no pênis, no escroto, na virilha ou nas coxas, bem como ao redor do ânus, ou dentro dele, em homens que praticam sexo anal.
  • Tanto homens como mulheres podem ter verrugas nos lábios, na boca, na língua, no palato ou na garganta (laringe).
Outros sintomas são raros, mas podem incluir:
  • Aumento da umidade na área das formações
  • Aumento do corrimento vaginal
  • Coceira no pênis, no escroto, na região anal ou na vulva
  • Sangramento vaginal, durante ou após a relação sexual

Buscando ajuda médica

Ligue para o médico se:
  • Se o parceiro sexual atual ou antigo apresentar verrugas genitais
  • Se você apresentar verrugas visíveis nos órgãos genitais externos, ou se tiver coceira, corrimento ou sangramento vaginal anormais. Lembre que as verrugas genitais podem não aparecer por meses ou até anos depois de ter contato sexual com uma pessoa infectada.
  • Você achar que uma criança tem verrugas genitais
As mulheres devem começar a fazer exames de Papanicolau aos 21 anos.

Tratamento de Verruga genital

As verrugas genitais devem ser tratadas por um médico. NÃO use medicamentos para outros tipos de verrugas que sejam vendidos sem receita médica.
O médico pode tratar as verrugas genitais com um tratamento de pele no consultório. Ou, ele pode receitar um medicamento que deve ser aplicado em casa diversas vezes por semana. Esses tratamentos incluem:
  • Imiquimod (Aldara)
  • Podofilina e podofilox (Condylox)
  • Ácido tricloroacético (TCA)
Os tratamentos cirúrgicos incluem:
  • Criocirurgia
  • Eletrocauterização
  • Laserterapia
  • Excisão cirúrgica (retirar as verrugas por corte)
Se você desenvolver verrugas genitais, todos os seus parceiros sexuais deverão ser examinados por um médico e tratados se também tiverem verrugas genitais.
Após o primeiro tratamento, o médico agendará exames de acompanhamento para verificar se as verrugas retornaram.
Mulheres que já tiveram verrugas genitais e mulheres com parceiros que já tiveram verrugas genitais devem fazer exames de Papanicolau ao menos uma vez por ano. No caso de verrugas no colo do útero, as mulheres podem precisar fazer exames de Papanicolau a cada três a seis meses após o tratamento inicial.
Mulheres com alterações pré-cancerosas causadas por uma infecção por HPV talvez precisem de tratamentos adicionais.
Jovens e meninas entre 9 e 26 anos devem ser vacinadas contra o HPV.

Expectativas

A maioria das mulheres jovens sexualmente ativas é infectada pelo HPV. Em muitos casos, o HPV desaparece sozinho.
A maioria dos homens infectados pelo HPV nunca desenvolve sintomas ou problemas decorrentes da infecção. Entretanto, eles podem transmitir a infecção para as parceiras sexuais atuais e, algumas vezes, para as futuras parceiras.
Mesmo após o tratamento das verrugas genitais, ainda é possível infectar outras pessoas.
Determinados tipos de verrugas genitais aumentam nas mulheres o risco de câncer de colo do útero e de vulva.

Complicações possíveis

Alguns tipos de HPV causam câncer de colo do útero e de vulva. Eles são a principal causa de câncer de colo do útero.
Os tipos de HPV que causam as verrugas genitais não são os mesmos que causam câncer anal ou peniano.
As verrugas podem ficar grandes e numerosas, exigindo tratamentos e procedimentos de acompanhamento mais prolongados.


Prevenção

A abstinência total é o único método infalível de evitar verrugas genitais e outras infecções transmitidas sexualmente (DSTs). Também é possível evitar esse tipo de infecção mantendo um relacionamento sexual com um parceiro único que você sabe não ter doenças.
Os preservativos masculinos ou femininos não oferecem proteção total porque o vírus ou as verrugas podem estar na pele. Mesmo assim, as camisinhas reduzem o risco e ainda devem ser usadas. O HPV pode ser transmitido mesmo quando não existem verrugas visíveis ou outros sintomas. Consulte: Sexo seguro
Pare de fumar.
Duas vacinas que previnem a infecção de quatro cepas de HPV responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo do útero nas mulheres estão disponíveis no mercado. A vacina é administrada como uma série de três injeções. Ela é recomendada para meninas e mulheres entre 9 e 26 anos.
Consulte: Vacina contra o HPV para obter mais detalhes.


Fontes e referências:
  • Diaz ML. Human papilloma virus: prevention and treatment.Obstet Gynecol Clin North Am. 2008;35(2):199-217.
  • Mayrand MH, Duarte-Franco E, Rodrigues I, Walter SD, Hanley J, Ferenczy A, et al. Human papillomavirus DNA versus Papanicolaou screening tests for cervical cancer. N Engl J Med. 2007;357:1579-1588.
  • Kahn JA. HPV vaccination for the prevention of cervical intraepithelial neoplasia. N Engl J Med. 2009;361:271-278.
  • HPV and Men - CDC Fact Sheet. 3 de abril de 2008. Acessado em 20 de dezembro de 2009.
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