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10.12.2013

Cerco aos vândalos

Diante do quebra-quebra generalizado em manifestações que começam pacíficas, governos do Rio e de São Paulo começam a criar estratégias para coibir o vandalismo. Mas é preciso evitar pirotecnias, como usar a Lei de Segurança Nacional

Wilson Aquino e Andrés Vera

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DESTRUIÇÃO
Vandalismo tomou conta de São Paulo e do Rio na
noite da segunda-feira 7: prejuízo para as cidades
 
Quando começaram as manifestações Brasil afora, há quatro meses, o País tomou conhecimento da tática Black Bloc que protesta destruindo patrimônio público e privado. Na segunda-feira 7, as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo sofreram com novas depredações ao final de manifestações que começaram pacíficas em apoio aos professores cariocas em greve. Agências bancárias foram devastadas, prédios públicos atacados, lojas quebradas e ônibus queimados. Essas ações levam medo à população, maculam movimentos legítimos e causam prejuízos aos municípios. Só no Rio, onde desde junho já houve doze dias de protestos que terminaram em quebra-quebra, o prejuízo chega perto dos R$ 2 bilhões (leia quadro). Diante da situação, é urgente que os governos formulem estratégias para coibir

o vandalismo, como começou a acontecer. Mas sem pirotecnia, como lançar mão de um entulho da ditadura, como a Lei de Segurança Nacional, na qual dois manifestantes paulistas foram enquadrados na semana passada. Na terça-feira 8, o governo paulista apresentou seu plano para combater o quebra-quebra: uma força-tarefa unindo esforços da Secretaria de Segurança Pública, da Polícia Militar e do Ministério Público, composta por oito promotores, seis delegados, dois coronéis e um comandante da Tropa de Choque. A estratégia é reforçar, em primeiro lugar, a inteligência das ações policiais. De um lado, acompanhar de perto as redes sociais para cruzar dados e monitorar os supostos vândalos. Do outro, intensificar o uso dos chamados P2, agentes policiais disfarçados que se infiltram entre os manifestantes. Durante os confrontos, a polícia poderá voltar a usar balas de borracha, proibidas desde os protestos de junho, quando manifestantes e jornalistas foram atingidos. Os flagrantes desse grupo irão compor um único inquérito policial para abrigar todos os casos com envolvimento de Black Blocs.
Como o Rio tem sido o principal palco dos confrontos, a polícia carioca está mais adiantada nesse processo. Na manhã da sexta-feira 11, policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio prenderam seis pessoas suspeitas de envolvimento com esses manifestantes violentos e cumpriram 17 mandados de busca e apreensão em vários bairros da cidade, apreendendo computadores, equipamentos eletrônicos e máscaras. O delegado Fernando Reis informou que pediu quebra de sigilo de dados das pessoas investigadas e que os detidos foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos. Dois deles foram liberados logo depois.
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No mês passado, investigando a internet, a polícia conseguiu identificar e autuar três jovens que administravam o site do Black Bloc do Rio. Os jovens foram enquadrados no crime de quadrilha armada, incitação ao crime e corrupção de menores. No entanto, após uma semana na cadeia, eles ganharam o direito de responder às acusações em liberdade. “A tipificação é completamente absurda, tanto é que a Justiça devolveu o inquérito para a polícia investigar direito”, diz o diretor jurídico do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (IDDH), Carlos Eduardo Martins, que assiste os três.

A grande dificuldade está justamente aí: na tipificação correta dos crimes cometidos.

Em São Paulo, por exemplo, o delegado Antônio Tuckumantel recorreu a um instrumento da ditadura, a Lei de Segurança Nacional (LSN) para enquadrar o casal de manifestantes Humberto Caporalli, 24 anos, e Luana Lopes, 19, no crime de sabotagem. Eles foram detidos durante a violenta manifestação da segunda-feira 7. Para muitos especialistas, a legislação nem em vigor está mais. “A Constituição de 1988 revogou automaticamente a Lei de Segurança Nacional”, diz o jurista Roberto Dias, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A medida polêmica não teve o apoio nem do governo paulista. Dois dias depois, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pelo relaxamento da prisão.

No Rio, a polícia optou pela recém-criada Lei da Organização Criminosa, em vigor desde o mês passado. “Acho que é a lei mais adequada. Para que possamos imputá-la temos de estar diante da prática de delitos como furto qualificado, posse de artefatos explosivos e incêndio. Essa organização não precisa ser permanente, pode ser temporária, tem que ter divisão de tarefa e desejo de receber vantagem que não precisa ser pecuniária”, explicou a delegada Martha Rocha. Ou seja, cai como uma luva nos adeptos da tática Black Bloc.
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Mas, como sempre, há divergências. “O governo está fazendo isso para tentar endurecer, mas, juridicamente, é impertinente”, critica o criminalista Breno Melaragno, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB/RJ. “O Brasil já tem uma legislação penal que é facilmente aplicável aos vândalos. Os crimes de incêndio e de explosão, por exemplo, são inafiançáveis, impedindo que eles saiam da delegacia com o pagamento de fiança logo depois”, afirma. Se tudo parece tão simples, por que tão poucos baderneiros foram presos e enquadrados até agora?

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, prefere a via da negociação e revelou à ISTOÉ a proposta apresentada na quarta-feira 9 ao secretário de Segurança fluminense, José Mariano Beltrame. Seriam criados grupos de mediadores de conflitos, formados por agentes da sociedade civil para, com métodos pacíficos, evitar o quebra-quebra e a reação policial, por vezes excessivamente violenta. A ministra disse que Beltrame considerou a ideia positiva. “Precisamos que as organizações de direitos humanos tenham opinião sobre isso”, disse Maria do Rosário.

A busca do consenso, no entanto, está longe de significar que ela não desaprova firmemente a ação dos Black Blocs: “Esses grupos que praticam atos de vandalismo e não pacíficos são um risco para a população, para outros manifestantes e também para os agentes policiais.” 

A história do passageiro que virou piloto

  •   |  Atualizado em 12.Out.13 -

por Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz

O britânico de 77 anos John Wildey não pensou duas vezes quando percebeu que o piloto que o levava a uma viagem entre duas cidades do nordeste da Inglaterra desmaiou durante o voo. Mesmo sem nenhuma experiência, assumiu o controle do avião e conseguiu pousar em segurança no aeroporto de Humberside depois de quatro tentativas. Ele foi orientado por dois instrutores pelo sistema de comunicação do avião. 

‘Controle de qualidade’ no pó

Tráfico na Maré põe recado em pote com cocaína: ‘Qualquer violação reclame na boca’

Guilherme Santos
Rio - A frase em rótulos de potes de cocaína chamou atenção de policiais do 22º BPM (Maré) que ontem apreenderam carga da droga avaliada em R$ 180 mil, na Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré. A frase ‘Qualquer violação reclame na boca (de fumo)’ estava estampada abaixo do preço da embalem com o entorpecente, R$ 50.
De acordo com um PM, a suposta violação feita por criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP) seria se o ‘vapor’, responsável por vender a droga na ‘pista’, não entregasse o produto vedado. Para o comandante do 22º BPM, tenente-coronel Walter Teixeira da Silva Junior, os traficantes não quiseram passar mensagem alguma: “Eu encaro como deboche dos bandidos”, afirmou o oficial.
Recipiente de cocaína pura na Maré tinha no rótulo o valor da droga e a frase: ‘Encaro como deboche’, diz oficial
Foto:  Divulgação
Na operação desencadeada na área dominada por Marcelo Santos das Dores, o Menor P, os policiais apreenderam 972 potes com pedras puras de cocaína (a R$ 50 cada) e nove mil cápsulas em forma de pino da droga, que eram vendidas a R$ 15 a unidade. O chefão do pó na região também é acusado de comandar sessão de tortura que vitimou o jogador Bernardo, do Vasco, em abril. O atleta teria saído com uma ex-namorada do bandido.
Além das drogas, um homem foi preso com uma pistola calibre 45, e dois menores, com 14 e 15 anos, apreendidos com radiotransmissores. A PM também recuperou sete motos roubadas.
TIROTEIO NA AVENIDA BRASIL
Horas depois, três suspeitos de tráfico foram mortos e outros dois, presos, um deles após ser baleado, durante perseguição feita por policiais do 41º BPM (Irajá) na Avenida Brasil, altura de Barros Filho, ontem à tarde. De acordo com a PM, o grupo estava saindo da Cidade Alta para o Morro do Chapadão, na Pavuna, onde integrariam a quadrilha local.
Treze suspeitos de tráfico de drogas foram presos
Foto:  Divulgação
Na perseguição, os bandidos, que estavam em dois carros — um Renault Sandero e uma picape Mitsubishi L200 —, deixaram dois PMs feridos, sem gravidade. O motorista do Sandero perdeu o controle do veículo, e o carro caiu no Rio Acari. Com eles foram apreendidos seis fuzis, além de uma pistola e carregadores.
Pela manhã, policiais do 41°BPM capturaram nove suspeitos nas comunidades do Chapadão e Chapadinho, na Pavuna. Segundo a PM, foram apreendidos na ação 238 cápsulas de cocaína e dois radiotransmissores.
Troca de tiros e 13 prisões na Baixada
Treze suspeitos de tráfico foram presos ontem na Favela Parque das Palmeiras, que fica entre Queimados e Nova Iguaçu, por policiais do 20º BPM (Mesquita), 24º BPM (Queimados) e 39º BPM (Belford Roxo). Três desses criminosos estão internados pois foram baleados em tiroteio.
Segundo a PM, os criminosos seriam do Parque União, na Maré, Santa Lúcia e Trevo das Missões, essas últimas em Duque de Caxias. Entre os presos está Wanderley Fernandes Conceição Neves, o Ciclone, de 31 anos, que só tem uma perna. O Disque-Denúncia (2253-1177) oferecia R$ 1 mil por informações que levassem à prisão dele. “A prisão de Ciclone é um baque para o tráfico”, disse o tenente-coronel Rogério Martins da Silva, comandante do 24º BPM.

Dilma anuncia aos gaúchos metrô em Porto Alegre

Custo total da obra na capital gaúcha será de R$ 4,8 bilhões.
Veículo terá duas linhas, com extensão total de 11,7 km.



Felipe Truda Do G1 RS

12 comentários

Presidente Dilma está em Porto Alegre para anunciar liberação de recursos para o metrô  (Foto: Felipe Truda/G1)Dilma está em Porto Alegre para anunciar liberação de recursos para o metrô (Foto: Felipe Truda/G1)
A presidente Dilma Rousseff anunciou na manhã deste sábado (12) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a construção do metrô da capital gaúcha. O custo da obra será de R$ 4,8 bilhões, sendo que R$ 3,5 bilhões serão bancados por recursos públicos e R$ 1,3 bilhão por parceria público-privada (PPP).

Do total custeado com dinheiro público, R$ 1,8 bilhão ficará a cargo da União, R$ 1,1 bilhão do governo estadual, R$ 690 milhões da prefeitura e R$ 1,3 bilhão de investimento privado. Os recursos da União virão do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana.

O veículo terá duas linhas, com extensão total de 11,7 km, sendo 10,3 km da Rua dos Andradas, no Centro, até o Terminal Triângulo, na Zona Norte, e outro 1,4 km até o Complexo de Manutenção. Inicialmente, o trajeto seria até a sede da Fiergs, porém, foi alterado porque não há viabilidade de instalação de uma área de manutenção no final da Avenida Assis Brasil.
"Vivemos um momento em que o governo federal abriu um novo investimento de R$ 50 bilhões a partir dos cinco pactos pós-manifestações de junho: pela estabilidade econômica, mobilidade urbana, saúde, educação e reforma política. O pacto pela mobilidade leva em conta o fato de que o Brasil cresceu assustadoramente nos últimos anos e as pessoas pedem serviços públicos de qualidade. As pessoas não querem voltar ao passado, querem olhar para o futuro", disse a presidente, aplaudida pelo público.
Dilma discursa observada pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (Foto: Felipe Truda/G1) 
Dilma discursa observada pelo prefeito de Porto
Alegre, José Fortunati (Foto: Felipe Truda/G1)
O metrô trafegará com velocidade média de 35 km/h, e máxima de 80 km/h, e passará pelas estações a cada dois minutos e meio. A demanda prevista é de 325 mil passageiros por dia, com capacidade máxima para horários de pico de 43,2 mil passageiros por hora em cada sentido.
O projeto prevê no mínimo 10 estações: Triângulo, Cristo Redentor, Obirici, São João, Dom Pedro II, Cairú, São Pedro, Florida, Conceição e Rua da Praia.
"O Brasil nos últimos 30 anos não investiu em mobilidade urbana de forma adequada. Se considerava que o metrô era coisa de país rico e só podíamos investir em corredores de ônibus. Essa era a visão dominante nos anos 80", afirmou Dilma.
A presidente destacou a importância de realizações como o metrô para a qualidade de vida da população. "Queremos que o tempo das pessoas seja absolutamente delas e, para isso, temos de fazer obras de transporte em massa. Entre as obras em andamento, o metrô tem grande complexidade porque será construído sob uma grande cidade".
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, celebrou a construção do metrô na capital do estado. “Estamos começando a tornar realidade este sonho que certamente será o grande presente que Porto Alegre terá. Não é de hoje que Porto Alegre sonha com o metrô, Começamos a discutir o metrô em 1997 e não avançamos. O tempo passou e começamos a discutir as obras da matriz de responsabilidade da Copa e em uma conversa com a então chefe da Casa Civil, a Dilma, pela primeira vez começamos uma discussão séria sobre o metrô”, afirmou.
Prefeito José Fortunati festejou o anúncio do metrô em Porto Alegre  (Foto: Felipe Truda/G1) 
Prefeito José Fortunati festejou o anúncio do metrô em
Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)
Segundo Fortunati, inicialmente um estudo técnico apontou que o metrô custaria mais de R$ 9 bilhões, o que seria inviável. “Nos apresentaram uma Ferrari. Não precisávamos de uma Ferrari, mas de um carro bom e confortável mais barato”, declarou.
Dilma também ressaltou a boa relação entre o governo do estado e o municipal na condução do projeto. "Não podemos pensar em partidos ao fazer obras tão grandes", disse. "Tenho visto o prefeito e o governador participarem de um imenso esforço pelo metrô", acrescentou.
O governador Tarso Genro também destacou que não houve disputa por holofotes entre ele e Fortunati. Se dirigindo ao prefeito, destacou a integração entre os Executivos municipal e estadual na busca pelo metrô.

"Trabalhar pela capital é trabalhar pelo Rio Grande, e estamos compartilhando com a prefeitura esta grande realização para a capital do Rio Grande no momento em que o estado do Rio Grande do Sul cresce em termos industriais, com um acumulado de 6% ao ano, e muito deste crescimento se deve às obras que o governo federal vem realizando aqui no Rio Grande".

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro lembrou o Dia das Crianças ao se referir ao anúncio. “Quem nunca brincou de trenzinho quando criança?”, brincou.
Ribeiro lembrou outros investimentos feitos pelo governo federal em transporte na Região Metropolitana. “Temos R$ 350 milhões em corredores de ônibus. Temos aqui o sistema integrado de Transporte Metropolitano, e cito como exemplo o transporte de Porto Alegre a Novo Hamburgo”
Ainda de acordo com o ministro, nesta segunda-feira (14) chegará a Porto Alegre o segundo veículo do aeromóvel inaugurado por Dilma. Ele lembrou também investimentos em rodovias feitos pelo governo federal e destacou que, a partir do aeromóvel, haverá na capital gaúcha um polo de desenvolvimento tecnológico. “As discussões estão avançadas”, destacou.

Dilma entrega maquinário agrícola a pequenos municípios
Presidente Dilma entregou 57 máquinas motoniveladoras a prefeituras municipais com até 50 mil habitantes (Foto: Felipe Truda/G1) 
Presidenta Dilma entregou 57 kits a prefeituras
com até 50 mil habitantes (Foto: Felipe Truda/G1)
Além de anunciar o metrô, Dilma entregou 57 kits com máquinas motoniveladoras, retroescavadeiras e caminhões-caçamba a prefeituras municipais com até 50 mil habitantes. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, destacou que o governo também fará melhorias em estradas vicinais pelo interior dos estados.
“Só neste ano a presidente já veio ao estádio três vezes fazendo entrega de máquinas a municípios com menos de 50 mil habitantes. Não é mais novidade, é sempre importante referirmos este programa porque o PAC envolve grandes obras de mobilidade, saneamento básico e grandes obras rodoviárias, mas o PAC também previu investimentos nas estradas vicinais do nosso país”, destacou.
A presidenta entregou as chaves das máquinas agrícolas a cada um dos prefeitos, acompanhada de Tarso. Houve risos na Assembleia quando um dos prefeitos pediu ao governador para tirar uma foto sua com a presidente.
"Combinamos o metrô, que é um meio de transporte complexo, com algo fundamental: a entrega de motoniveladoras. Temos de focar nestas cidades com até 50 mil habitantes", disse a presidente, assegurando que o objetivo do governo é "dar tudo o que puder" para melhorar a condição dos pequenos municípios.
Ao deixar a Assembleia Legislativa, já dentro do carro presidencial, Dilma foi abordada por repórteres sobre as Eleições de 2014. "Não falo sobre eleições ainda", se limitou a dizer antes que o carro arrancasse novamente.
Dilma deixa a Assembleia Legislativa do RS após anúncio do metrô em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)Dilma deixa a Assembleia Legislativa do RS após anúncio do metrô em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)

Datafolha: Dilma vence no 1º turno contra Aécio e Campos - Marina

Para desespero do Partido da  Imprensa Golpista, a presidenta Dilma ganha fácil em todos os cenários

Dilma soma 42%, Aécio, 21%, e Campos, 15%, informa Datafolha (se pudessem rasgavam esta pesquisa, de repente é  até maior)


Na pesquisa, em cenários com Marina Silva e José Serra, os resultados apontam segundo turno na eleição presidencial de 2014




A presidenta Dilma Rousseff (PT) seria reeleita no primeiro turno se disputasse a eleição presidencial contra o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), segundo pesquisa do instituto Datafolha realizada na sexta-feira (11). Dilma teria 42% das intenções de voto, enquanto Aécio ficaria com 21% e Campos, 15%. Votos em branco, nulo ou nenhum totalizam 16% e outros 7% não sabem em quem votar.


A pesquisa é a primeira após a união da ex-senadora Marina Silva com Eduardo Campos. Foram feitas 2.517 entrevistas em 154 municípios, e a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Foram testados quatro cenários para a eleição presidencial de 2014, alternando os nomes de Campos e Marina, pelo PSB, e os de Aécio e do ex-governador José Serra, pelo PSDB. De acordo com a pesquisa, publicada neste sábado no jornal Folha de S. Paulo, nas outras três combinações, Dilma não teria índice suficiente para garantir a reeleição no primeiro turno.


A disputa seria mais acirrada é a que inclui Marina e Serra. Nesse cenário, Dilma soma 37% dos votos, Marina, 28%, Serra, 20%, brancos, nulos e nenhum, 10%, e não sabem, 5%. Contra Serra e Campos, Dilma teria 40%, o tucano, 25%, o socialista, 15%, brancos, nulos e nenhum, 15%, e não sabem, 6%. No confronto envolvendo Marina e Aécio, a presidente teria 39%, a ex-senadora, 29%, o senador, 17%, brancos, nulos e nenhum, 10%, e não sabem, 5%.
Dilma venceria todas as simulações de segundo turno. A vitória mais apertada seria contra Marina: 47% a 41%. No enfrentamento com Aécio Neves, a petista ganharia por 54% a 31%. Contra Serra, a presidente seria reeleita por 51% a 33%.
O maior índice de rejeição é ao nome de José Serra: 36% não votariam no ex-governador paulista. Dilma tem rejeição de 27%, Campos, 25%, Aécio, 24% e Marina, 17%. 

10.11.2013

Na aliança PSB-Rede, um comportamento um tanto hipócrita e cínico

Marina e Campos
Pela primeira vez desde que anunciaram a aliança PSB-Rede Sustentabilidade sábado pp., a dupla parceira Eduardo Campos-Marina Silva esteve junta em São Paulo. Os dois almoçaram – nos Jardins -, visitaram o governador tucano Geraldo Alckmin, concederam entrevistas e reiteraram que só vão definir candidatura ao Planalto em 2014.
Agora, apertados pelos jornalistas, afinaram os discursos, responderam de forma idêntica e evitaram adiantar qual dos dois disputará o pleito no ano que vem. Reiteraram que estão em busca de “nova política”. Não é a primeira e nem a última vez que Eduardo Campos e Marina Silva afirmam que a aliança deles é programática.
Nesta semana de vigência do pacto deles, só houve um momento em que Marina se traiu: foi quando anunciou sábado passado, em Brasília, o acerto entre os dois, como uma “aliança pragmática”, para corrigir-se em seguida dizendo que é uma “aliança programática”.
Se o dizem, deve ser mesmo aliança programática…
Programática começando pela Código Florestal, alma e coração da Rede Sustentabilidade de Marina e dos ambientalistas, no qual o PSB de Eduardo Campos votou com a bancada ruralista do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), da senadora Kátia Abreu (ex-PSD, agora PMDB-TO); e o PT, com os ambientalistas. Eles podem, Eduardo, Marina, e seus partidos, evidentemente mudar e se associar em torno de um programa básico.
Isso é possível. Todos nós evoluímos e mudamos. Basta ver o governador e mesmo a ex-senadora com suas alianças esdrúxulas, agora com um discurso de nova política, contra o fisiologismo e as raposas da política. Só que, na prática, estão repetindo tudo o que condenam. O que eles não podem é dizer que as alianças dos outros não eram e não são programáticas.
Então o PSB, que até menos de um mês atrás estava no governo – onde ficou anos e anos -, não participou da construção do programa da Frente Brasil Popular em 1989? Seus dirigentes, que participaram daquela construção, eram clones e/ou fantasmas? O PSB não participou da construção do programa de governo do presidente Lula em 2006 e do da presidenta Dilma Rousseff em 2010?
Eduardo e Marina, ministros da administração Lula, sim…
Então, estes dois novos parceiros não governaram e participaram como ministros dos governos Lula, ele como titular do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, ela como ministra do Meio Ambiente? Então, Marina Silva esteve no PT durante 25 anos (filiada e cumprindo mandatos pelo partido) com base em programas publicamente construídos com sua participação e da sociedade organizada?
Claro que participaram. Eduardo e Marina, ministros da administração Lula, sim… Suas atuais declarações simplesmente só comprovam como estão agindo no vale tudo da política, que chancelam com um comportamento um tanto hipócrita e cínico.
(Foto: João Cruz/ABr)
2 Comentários
  1. Sergio Uliano says:
    Parabens pelo texto companheiro. O Sr. Campos, Marina e seus patrocinadores estão jogando na tão propalada falta de memória do povo
    Poristo devemos lembrar sempre: com o impedimento de Collor em 92 Roberto Marinho Disse: “Nossa fonte secou. Temos que buscar um candidato do lado de lá” e buscaram FHC.
    Agora as mesmas elites dominadoras estão investindo em dois ex ministros de Lula. Veja que isto também demonstra o êxito dos governos liderados pelo PT..
    Responder
  2. Pedro says:
    Rigotto fez um discurso parecido quando afirmou que iria apasiguar o Rio Grande ( RS ) ou seja , poria um fim na briga entre britistas e petistas e que representava a nova politica e acabou se elegendo. Esse discurso da Marina que temos que acabar com a hegemonia do PT e do PSDB e’ hipocrita mas pode convencer assim como Rigotto convenceu.
    Responder

Umectação da madeixas


O que seria umectação capilar?

É quando você banha os seus fios com óleos, e deixa agir nos fios, com a finalidade de que os fios absorvam os benefícios que os óleos trazem. Lembre-se: devemos usar apenas os óleos vegetais. Você pode encontrar em lojas de produtos naturais, em farmácias... Observe sempre os benefícios que cada óleo apresenta no rótulo e use isso a seu favor.

A umectação é indicada em quais situações?

Você pode optar em fazer umectações quando sentir um excesso de porosidade, pontas extremamente ressecadas, cabelo sem vida, sem forma. Está seguindo corretamente o cronograma e quer dá um choque de nutrição aos seus fios.

Como devo fazer?

Seus cabelos devem estar limpos ou sujos (tem pessoas que preferem com os fios sujos e secos), daí você vai passar o óleo em toda a extensão do cabelo. Aguarde um período de mais ou menos 3h (tem pessoas que preferem passar à noite e dormir com o óleo nos fios). Em seguida lave com shampoo, finalize com a sua máscara e feche as cutículas com um condicionador. Se tiver a raiz oleosa evite passar o óleo diretamente na raiz, nesse caso utilize apenas no comprimento dos fios.
Na Índia a verdadeira umectação serve para massagear o couro cabeludo, sendo assim ele passará a absorver o óleo e ajudará a manter a oleosidade natural dos fios. Essa massagem também auxilia no crescimento dos cabelos, então se você está com dificuldades para que seu cabelo se desenvolva, pode fazer uma boa massagem durante a umectação.

Quais óleos posso usar?
  • Óleo de rícino: pode ser utilizado no couro cabeludo, auxilia no crescimento;
  • Óleo de coco: rico em ácidos graxos e vitamina e. Restaura a estrutura dos fios, proporciona equilíbrio aos fios danificados. É indicado para fios ressecados e combate o frizz;
  • Óleo de jojoba: para qualquer tipo de cabelo. Dá brilho, combate a caspa e a queda. Boa opção para quem tem o couro cabeludo oleoso;
  • Óleo de abacate: rico em vitaminas A e E. Inibe a formação de radicais livres, ajudando a diminuir os sinais do envelhecimento, garantindo assim hidratação e nutrição profunda aos fios;
  • Azeite de oliva extra virgem: tem propriedade emoliente, confere brilho e hidratação aos fios. 
 Qual a frequência de uso?

Isso vai depender do estado do seu cabelo, mas o ideal seria ao menos uma vez ao mês.

Complementando o post de Mariana :

Como fazer Umectação Corretamente?

Oi meninas,eu vi esse post ontem em um grupo e achei muito importante compartilhar com vocês essas informações. Muitas meninas reclamam que a umectação capilar não funciona, mas você tem feito isso corretamente?
Antes de continuar, quero dizer que estou muito feliz que recuperamos o blog. Quem nos acompanha na Fan Page sabe do sofrimento e angústia que foi a última noite quando o nosso blog foi hackeado e estava fora do ar. Perdemos muitas postagens antigas, comentários e imagens, mas pelo menos estamos aqui! Não é mesmo? E isso só me motiva a continuar cada vez mais! :-) Agora vamos a umectação…
Essa história de umectação começou com as indianas que fazem a prática a milênios, passando a técnica de mãe para a filha. Já viram o quanto o cabelo delas é comprido, brilhoso e sedoso? Claro que  a genética e o estilo de vida (alimentação, qualidade de vida, etc) influenciam e muito, mas um dos segredos das indianas é a umectação capilar, ou popularmente conhecido, o banho de óleo.
omo fazer oleo de cenoura
Quem tiver dúvidas em que parte do Cronograma a umectação entra, clique em Cronograma Capilar.
Todas vocês já devem estar cansadas de ouvir sobre os benefícios da umectação, mas o que quero mostrar aqui hoje é algo que quase ninguém nunca se fala. Alguns meses atrás quando comecei a pesquisar sobre umectação, logo entendi que o principal da umectação era a raiz e não o comprimento.
Isso acontece porque os óleos serão absolvidos pelo couro cabeludo e de nada adianta se concentrar nas pontas, já que os óleos agem apenas ‘’ensebando’’. mas sem contribuir em nada para a saúde do cabelo.
‘’- Mas Letícia, eu sempre fiz assim e meu cabelo fica super brilhoso e mais encorpado!’’ Sim! O meu também fica no comprimento muito mais brilhoso e gostoso de se pegar, isso porque quanto mais você ‘’enseba’’ ele com óleos, mais pesado e brilhoso ele vai ficando. Não existe nenhum mal fazer isso, aliás é ótimo para dar uma vitalidade no visual do cabelo.No entanto, é apenas um efeito passageiro, você não está tratando o seu cabelo.
A grande questão que quero levantar é sobre a massagem no couro cabeludo. Para entender a sua necessidade na umectação, é preciso saber que o cabelo é constituído de células mortas, ou seja, a partir da hora que ele sai da sua cabeça, ele está morto. Ele é incapaz de absolver vitaminas e nutrientes, mas o seu couro cabeludo consegue.
Sendo assim, a única forma da sua umectação com óleos enriquecidos realmente tratar o cabelo é massageando o couro cabeludo.
oleo de coco para cabelos

Como fazer umectação capilar corretamente?

  1. Concentre o óleo na raiz do seu cabelo. Isso não significa que vai derramar literalmente o óleo e ficar toda encharcada, principalmente se já tem a raiz oleosa e o óleo é denso (como de coco). Mas passe o suficiente para fazer uma massagem.
  2. Massageie com as pontinhas dos dedos (não é com as unhas) em forma circular. Faça movimentos repetitivos por 10 minutos.
  3. Vá puxando o óleo para a extensão do seu cabelo.
  4. Deixe agir por 2 horas.
Você pode fazer esse procedimento quantas vezes quiser, eu costumo fazer pelo menos 2x na semana. Quanto mais você massagear o seu couro cabeludo, melhor será o resultado.
oleo vegetal
A massagem no couro cabeludo (e falaremos disso em um post exclusivo) ajuda na circulação sanguínea, fazendo com o que seu cabelo cresça mais rápido. Além disso, leva para o seu organismo os nutrientes e vitaminas encontrados no óleo que esteja usando. O tratamento é indicado para:
  • Crescimento do Cabelo;
  • Dar mais vitalidade aos fios;
  • Tratar cabelos fracos.
Como o óleo deve ser vegetal (100% puro) não haverá tantos problemas com oleosidade. Já sabemos que ele sai com água e o uso de shampoo ou mesmo um creme leve, como o Yamasterol.
Neste video (vi na Café com Chai), gravado na India, mostra como eles fazem a massagem, claro que vamos adaptar isso a nossa necessidade e realidade.

AQUI NO " O GLOBO"

MP denuncia 175 por pertencer a facção criminosa de São Paulo Grupo controla 90% dos presídios paulistas, atua em 22 estados e fatura R$ 120 milhões por ano
Rio
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Montagem com estreias do dia 10 de outubro Foto: Divulgação RioShow No fim de semana, estreias para todos os gostos Veja trailers, salas e horários das 16 novidades da semana
Neymar participou normalmente do treino da seleção brasileira nesta sexta-feira em Seul Foto: Lee Jin-man / AP Após susto, Neymar treina normalmente com seleção em Seul Felipão confirma Hulk no time titular que enfrenta a Coreia

O deputado federal Romário
Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo Romário terá de pagar R$ 5,6 milhões por infiltração STJ negou o pedido de deputado para rever a quantia

Organização para a Proibição das Armas Químicas ganha Nobel da Paz

Anúncio foi feito nesta sexta-feira (11) pelo Comitê do Nobel em Oslo.
Entidade supervisiona destruição do arsenal químico na Síria em guerra.

Do G1, em São Paulo
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Thorbjorn Jagland, chefe do Comitê do Nobel, faz o anúncio nesta sexta-feira (11) em Oslo (Foto: AFP)Thorbjorn Jagland, chefe do Comitê do Nobel, faz o anúncio nesta sexta-feira (11) em Oslo (Foto: AFP)
A Opaq (Organização para a Proibição das Armas Químicas) foi laureada nesta sexta-feira (11) com o Prêmio Nobel da Paz.
O anúncio foi feito pela Comissão do Nobel, em Oslo, na Noruega, que citou os "amplos esforços" da entidade para eliminar os arsenais químicos pelo mundo.
Thorbjoern Jagland, chefe do comitê, disse que a premiação foi um lembrete para os países com grandes estoques desse tipo de arma, como EUA e Rússia, para que se livrem deles, "especialmente porque eles estão exigindo que outros, como a Síria, façam o mesmo".
"Agora temos a oportunidade de nos livrarmos de toda uma categoria de armas de destruição em massa", disse. "Será um grande aontecimento histórico se conseguirmos."
A entidade, baseada em Haia, na Holanda, está atualmente supervisionando, com apoio da ONU, a destruição das armas químicas do regime do presidente Bashar al-Assad, na Síria, em meio à guerra civil que devasta o país e já matou mais de 115 mil pessoas, provocando uma crise humanitária e política que ameaça contaminar a região do Oriente Médio.
A destruição das armas químicas foi definida após um acordo diplomático entre Rússia e Estados Unidos, que impediu um ataque militar americano ao país em crise, que parecia iminente.
A ameaça de ataque americana ocorreu após um ataque, provavelmente com gás sarin, que matou pelo menos 1.429 civis sírios, muitos deles crianças, nos subúrbios da capital, Damasco, em agosto.
O Ocidente, liderado pelos EUA, responsabilizou o regime de Assad pelo ataque.
O governo sírio se disse inocente e afirmou que o ataque foi levado por terroristas ligados à rede da Al-Qaeda.
O prêmio para a Opaq foi comemorado pelos países ocidentais.
Guerra continua
Mas, enquanto a inspeção e a destruição das armas químicas continua, com uma equipe de 27 pessoas em campo, as forças de Assad e os rebeldes continuam se enfrentando pelo país, com armas convencionais.
A entidade Human Rights Watch disse que rebeldes mataram pelo menos 190 civis na província de Latakia em agosto.
Volta às raízes
A premiação é uma volta às raízes pacifistas do prêmio ,após algumas premiações recentes, como a da União Europeia, no ano passado, e a do presidente ameriano Barack Obama, em 2009, que foram alvo de críticas.
O Nobel foi instituído pelo industrial sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite.
Sua última vontade foi de que a láurea premiasse três causas: "fraternidade entre as nações", a abolição ou a redução dos exércitos e a formação e difusão de congressos de paz.
O prêmio, equivalente a US$ 1,25 milhões, deve ser formalmente entregue em uma cerimônia em Oslo em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, fundador do prêmio.
A TV pública norueguesa NRK, que costuma antecipar o nome dos laureados, anunciou a vitória da Opaq mais de uma hora antes do anúncio oficial.
Ahmet Uzumcu, diretor da Opaq (Organização para a Proibição das Armas Químicas) (Foto: AFP)Ahmet Uzumcu, diretor da Opaq (Organização para a Proibição das Armas Químicas) (Foto: AFP)
Malala
A decisão a favor da Opaq surpreendeu a imprensa, já que na reta final para o anúncio do prêmio a jovem paquistanesa Malala Yusufzai era considerada como favorita.
A adolescente de 16 anos foi baleada no ano passado pelos talibãs paquistaneses por defender a educação feminina em seu país.
A Opaq só começou a ser cogitada como vitoriosa "em cima da hora".
Economia
Após o anúncio desta sexta, resta saber quem será laureado com o Nobel de Economia, que será anunciado na próxima segunda em Estocolmo.
O Nobel da Paz é o único a ser anunciado e entregue fora de Estocolmo, por decisão do criador dos prêmios, o magnata sueco Alfred Nobel, já que, em sua época, a Noruega fazia parte do Reino da Suécia.
Na quinta-feira, o Nobel de Literatura foi dado à contista canadense Alice Munro.
Nos dias anteriores foram conhecidos os laureados no campo da ciência.
Na segunda-feira, os cientistas americanos James E. Rothman e Randy W. Schekman e o alemão Thomas C. Südhof dividiram o prêmio de Medicina.
Na terça-feira, o belga François Englert e o britânico Peter Higgs foram anunciados como os ganhadores do prêmio de Física, por terem descoberto a existência da partícula subatômica conhecida como Bóson de Higgs.
Na quarta-feira foi anunciado o último Nobel científico, o de Química, para o austríaco Martin Karplus, o sul-africano Michael Levitt e o israelense Arieh Warshel, os três estabelecidos nos Estados Unidos.

175 integrantes de facção são denunciados após 3 anos de escutas

Pedidos de prisão foram negados por juiz de Presidente Venceslau.
Megainvestigação mapeou estrutura do crime organizado no estado.

Do G1 São Paulo
Uma megainvestigação de três anos realizada pelo Ministério Público (MP) de São Paulo aponta que a cúpula de uma facção criminosa comanda, de dentro dos presídios paulistas, o tráfico de drogas e armas, além de ordenar a morte de autoridades, inimigos e policiais. Como resultado da apuração, os promotores pediram a prisão preventiva de 175 integrantes da facção e a transferência de 35 presos para o Regime Disciplina Diferenciado (RDD).
A investigação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Os trabalhos foram conduzidos por 23 promotores e começaram em março de 2010. Além das escutas, foram reunidos documentos, depoimentos de testemunhas e informações sobre apreensões de centenas de quilos de drogas.
A denúncia com os pedidos de prisão foi oferecida à Justiça  pelo MP há um mês, em 11 de setembro. O pedido foi negado pelo juiz de Presidente Venceslau, cidade localizada a 600 km da capital paulista. O MP recorreu da decisão no Tribunal de Justiça.
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Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o chefe da facção criminosa que age de dentro dos presídios paulistas (Foto: Arquivo/G1)Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola,
considerado o chefe da facção criminosa que age
de dentro dos presídios paulistas (Foto: Arquivo/G1)
Estrutura da quadrilha
A partir da investigação, os promotores mapearam a estrutura da quadrilha, na qual apontam como chefe Marco Willians Camacho, o Marcola, que está preso faz sete anos. Os promotores também descobriram que a facção controla 169 mil presos e atua em 90% dos presídios paulistas. Fora dos presídios, a facção vende drogas e negocia compra de armas, e mata quem atrapalha os planos da facção.
De acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo", a facção está presente em vinte e dois estados do país e em três países: Brasil, Bolívia e Paraguai. Ainda segundo o jornal, ela fatura cerca de R$ 8 milhões por mês com o tráfico de drogas e tem um arsenal de cem fuzis, além de sete milhões enterrados em sete imóveis adquiridos pela facção.
As gravações com autorização judicial comprovam que bandidos perigosos comandam, por telefone, a facção criminosa de dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Segundo a promotoria, os criminosos negociam drogas, financiam o crime organizado e matam quem atrapalha as atividades do grupo.
As polícias militar e civil já vinham se preparando para fazer prisões e transferir os chefes da facção criminosa. Entretanto, a Justiça negou todos os pedidos da promotoria, o que deixou promotores e a cúpula da segurança pública indignados. A denúncia causou mal estar entre o Ministério Público e a Justiça, de acordo com o SPTV.
Durante as investigações, os promotores do Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) descobriu também que 106 PMs mortos no ano passado no estado, foram vítimas das ações do grupo. A ordem para os assassinatos partiu também de dentro do presídio

Polícia Civil faz ação para desarticular grupo black blocs, no Rio


11/10/2013 09h50 - Atualizado em 11/10/2013 11h51

Operação da DRCI visa cumprir 17 mandados de busca e apreensão.
Delegado pediu quebra de sigilo de dados dos investigados.

Do G1 Rio
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Mascarados participam de protesto no Rio de Janeiro (Foto: Christophe Simon/AFP)Mascarados participam de protesto no Rio de Janeiro (Foto: Christophe Simon/AFP)
Policiais civis realizam nesta sexta-feira (11) uma operação para tentar desarticular o grupo black blocs, que protagoniza atos de vandalismo e violência durante protestos no Rio. A ação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) começou nesta manhã e, até as 10h, pelo menos seis pessoas tinham sido levadas para prestar esclarecimentos.
Nesta semana, a polícia do Rio de Janeiro anunciou que quem for identificado como autor de atos violentos e de vandalismo nas manifestações vai responder por organização criminosa.  A lei, mais rigora, entrou em vigor recentemente e prevê pena de até oito anos de prisão.
Segundo o delegado titular do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), Fernando Reis, os agentes visam cumprir 17 mandados de busca e apreensão em vários locais da capital fluminense. Eles apreenderam computadores, equipamentos eletrônicos e máscaras durante vasculhamentos em residências.
Ainda de acordo com o delegado, a Polícia Civil pediu quebra de sigilo de dados de pessoas investigadas para saber que nível de envolvimento elas têm com os black blocs. "A Polícia Civil, em momento algum, questiona o direito de manifestação, mas o caso é que eles praticam crimes", ressaltou.
Segundo o advogado do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (DDH) Felipe Coelho, duas pessoas tinham sido liberadas após os depoimentos até o mesmo horário. Equipes do instituto acompanham os depoimentos.
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Sepe diz que participação de black blocs foi aprovada em assembleia

Coordenador disse que comando de greve não orientou atos de vandalismo.
Trentino afirmou que sindicato não apoia incondicionalmente o grupo.

SEPE é um grupo político-partidário segundo o prefeito Paes

Do G1 Rio
O coordenador geral do Sepe, Alex Trentino, disse, em entrevista à rádio CBN na manhã desta sexta-feira (11), que o sindicato não apoia incondicionalmente os Black Blocs, mas voltou a afirmar que a participação do grupo nas manifestações foi aceita durante uma assembleia da rede municipal.

“Nós não apoiamos incondicionalmente os black blocs. Primeiro, que a direção do sindicado ainda não tem uma posição política sobre os black blocs. O que eu disse é que foi aprovado em uma assembleia da rede municipal que apoia os black blocs, a ABI, os partidos políticos, as centrais sindicais e os manifestantes de todas as ações truculentas da polícia. Inclusive, nós, profissionais da educação, fomos vítimas da truculência da polícia ao deixar a Câmara de Vereadores”, afirmou Trentino.
Especificamente sobre as ações de vandalismo no final da passeata pacífica realizada por professores na segunda-feira (7), Trentino alegou que as ações não aconteceram sob a orientação dos professores. “Combinamos de fazer uma passeata pública da Candelária à Cinelândia. Terminamos o nosso ato e o que aconteceu no final não foi sob o nosso comando. Não posso dizer se traiu ou não, porque não estava no local onde aconteceu a confusão”.

'Sou grato a esses garotos'
Durante manifestação realizada na Zona Sul do Rio nesta quinta-feira (10), professores falaram da atuação do grupo nas manifestações. "Quanto aos Black Blocks, eu sou grato a esses garotos", disse um dos professores. Eles afirmaram que, apesar de utilizarem métodos diferentes, que o apoio à causa é bem-vindo.

O apoio a outros grupos foi declarado na quarta-feira pela coordenadora do Sepe Susana Gutierrez. “A assembleia aprovou o apoio de todos aqueles que queiram defender a luta em defesa da educação pública de qualidade. (Entre eles) Black Blocs, ABI, OAB, entidades sociais, movimentos sindicais. É importante a gente pontuar que é a assembleia que organiza nossos atos. Nós não fazemos atos de violência”, disse.

Os professores das redes municipal e estadual estão em greve desde o dia 8 de agosto. O mais importante é continuar em greve mesmo prejudicando as crianças que praticamente perderam o ano letivo.

A saúde auditiva nas crianças




Saiba como manter em dia esse sentido tão importante para o desenvolvimento dos pequenos.

A infância é o período que vai desde o nascimento até cerca do décimo segundo ano de vida de uma pessoa. Esse é um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e durante a puberdade. Mais do que isso, é um período em que o ser humano desenvolve-se psicologicamente, e, para comemorar o dia especial dessa faixa etária, foi escolhido no Brasil o dia 12 de outubro como o “Dia das Crianças” – data que foi oficializada pelo presidente Arthur Bernardes em novembro de 1924, mas que só passou a ser realmente comemorada na década de 60.
Porém, é também na infância que muitos cuidados de saúde precisam ser tomados para que não se tornem problemas depois do crescimento. “E um cuidado que precisa de muita atenção dos pais é na área auditiva do pequeno, que, se não for bem cuidado, pode prejudicar muito o seu desenvolvimento escolar e até social”. Preocupa o fato de que a cada mil recém-nascidos, três são diagnosticados com surdez. Para ajudar no reconhecimento de qualquer doença auditiva nas crianças, já foi sancionado, em 2010, a obrigatoriedade do “Teste da Orelhinha” em todos os recém nascidos.   “Esse foi um passo muito importante para todos os brasileiros, pois este teste é fundamental para prevenir doenças e problemas auditivos”, destaca.
O Teste, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê, é indolor e não tem contraindicações. “O exame é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo. Um recém-nascido que tem um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte”. O especialista ressalta que, sem tratamento, a criança com dificuldade auditiva pode perder estímulos importantes para o seu desenvolvimento, que envolvem a sua comunicação e socialização. “Os sons são essenciais na formação do indivíduo. Quando as enfermidades demoram para ser detectadas e a criança fica três, quatro anos sem o diagnóstico, já pode ser tarde para começar os tratamentos”, alerta. Nessa idade, o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança já está comprometido. “É como uma bola de neve: a criança cresce e tem dificuldade em ouvir ou se expressar e, com isso, sente mais dificuldade em se socializar. Isolada por não ter fácil acesso ao grupo de colegas, ela pode apresentar depressão. E por aí vai”. Para que isso não aconteça, o especialista aconselha que os pais procurem sempre um pediatra, médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo quando houver alguma suspeita de perda auditiva no na criança. “É muito importante também realizar todos os exames preventivos até os seis meses de idade da criança, pois há muitas chances de recuperar a audição do bebê em praticamente 100% dos casos quando tratados precocemente”,  

 Dr. Alexandre Cercal

Presidenta da Petrobras é eleita a mulher mais poderosa do mundo fora dos EUA



Rio de Janeiro – A presidenta da Petrobras, Graça Foster, foi eleita pela revista norte-americana Fortune a mulher mais poderosa do mundo fora dos Estados Unidos. A revista fez dois rankings, um com executivas norte-americanas e outro com internacionais. A classificação levou em consideração quatro critérios: a importância e o tamanho do negócio liderado pela executiva na economia global, o sucesso e a condução dos negócios, a trajetória de carreira da executiva e sua influência social e cultural.
Este foi o segundo ano consecutivo em que Graça Foster foi apontada pela revista como a executiva mais poderosa do ranking global, entre 50 candidatas de diversos países e setores, como a Inglaterra, Austrália, Suécia, Turquia.
Maria das Graças Foster é engenheira química e funcionária de carreira da Petrobras, onde ingressou como estagiária há mais de 30 anos. É a primeira mulher a comandar a estatal. Assumiu a presidência em fevereiro do ano passado e antes foi diretora de Gás e Energia da empresa e presidente da Petrobras Distribuidora, entre outros cargos executivos. 
Também neste ano, Graça Foster foi eleita a melhor executiva do setor de petróleo, gás e petroquímica na América Latina pela Revista Institucional Investor, a mulher mais poderosa no setor de negócios do Brasil e uma das 20 mulheres mais poderosas do mundo pela revista Forbes, e uma das 500 pessoas mais poderosas do mundo, segundo a revista Foreign Policy.
A Petrobras vem sendo citada como uma das maiores empresas do mundo pela Revista Fortune. Neste ano, a empresa ficou em 25º lugar, com receitas de US$ 144 bilhões. A estatal brasileira planeja investir US$ 236 bilhões até 2017.
A estatal, que já responde por mais de 90% da produção de petróleo e gás no país, terá papel importante na exploração da camada pré-sal brasileira, que concentra grandes reservatórios de óleo de boa qualidade. Segundo a legislação brasileira, a Petrobras será operadora de todos os campos do pré-sal licitados a partir de agora, com pelo menos 30% de participação no bloco.
A primeira licitação do pré-sal sob o contrato de partilha está marcada para o próximo dia 21 e permitirá a exploração e produção na área de Libra, na Bacia de Santos, que tem reservas recuperáveis de petróleo entre 8 e 12 bilhões de barris. Com o pré-sal e também com a ajuda de outros campos de petróleo, a empresa espera dobrar sua produção de óleo até 2020, da média de 2 milhões de barris por dia, para 4,2 milhões.
A Petrobras também tem investido na construção de novas refinarias para reduzir a dependência do Brasil em relação a combustíveis e a outros derivados de petróleo. Pelo menos quatro grandes complexos petroquímicos estão em construção e devem ser inaugurados até 2020: no Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e Ceará. A ideia é ampliar a capacidade de refino nacional de 2 milhões para 3 milhões de barris por dia.
Flávia Villela* Repórter da Agência Brasil

Inpi quer diminuir prazos de validade de patentes de produtos químicos e medicamentos

Rio de Janeiro - O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, está com 34 ações na Justiça Federal no Rio de Janeiro, visando a reduzir os prazos de validade de 247 patentes de produtos químicos e de medicamentos, que foram concedidas com um prazo maior do que a lei permitia. A maioria engloba medicamentos usados para tratamento de doenças como aids, câncer, artrite reumatoide e esclerose múltipla.
Ainda não foi concluído o levantamento referente a produtos agroquímicos cujas patentes estariam na mesma situação de prazo equivocado. “Já identificamos pelo menos oito medicamentos de impacto de alto custo que estariam no mercado e que correspondem a essas patentes”, disse hoje (8) à Agência Brasil o procurador-geral do Inpi, Mauro Maia. Ele destacou que a questão envolve interesses da União, porque o Sistema Único de Saúde (SUS) compra esses medicamentos que são caros, muitas vezes custando em torno de R$ 8 mil a R$ 14 mil, e que o SUS fornece por ordem judicial.
Maia explicou que, em alguns casos, há prazos de vigência de seis anos a mais. O pedido inicial do Inpi é para anular essas patentes ou fazer a correção dos prazos de vigência, reiterou o procurador. Segundo ele, “a gente ficaria satisfeito já se conseguíssemos a redução desses prazos, porque essas patentes não ultrapassaram ainda a data que o Inpi considera que seja a correta”. De acordo com Maia, alcançando esse objetivo, “dá para a gente sanear o ambiente, corrigir o ato e a vida da patente valer até a data que nós entendemos que seja a correta”.
O procurador-geral do instituto garantiu que a correção dos prazos de validade das patentes vai permitir a ampliação do mercado de genéricos, resultando em redução dos preços de remédios e maior acesso da população a diversos tratamentos hoje de custo elevado.
“O que a gente está querendo é deixar a propriedade sendo exercida pelo prazo devido. Com isso, a patente entra em domínio público na data correta. Isso vai permitir um ambiente de inserção da livre concorrência. Vai ter condição, a partir daí, de ter a concorrência dos medicamentos genéricos e o mercado, em consequência, vai favorecer a redução dos preços desses medicamentos, o governo vai gastar menos em políticas de saúde, a população vai ter melhor e maior acesso a esses tratamentos. Enfim, vai ter uma cadeia de repercussões que é considerável”.
As patentes das áreas química e farmacêutica que são objeto das ações na Justiça Federal no Rio tiveram depósitos feitos entre janeiro de 1995 e maio de 1997. Em 1995, o Brasil adotou o Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Trips, do nome em inglês). O acordo previa a proteção de todos os campos tecnológicos, inclusive na área químico e farmacêutica, que o Brasil não permitia até então.
Mauro Maia informou que a partir da adesão brasileira ao acordo internacional, ficou estabelecido que poderiam ser depositados no Inpi pedidos de patentes dessas áreas. Esses pedidos seriam analisados assim que o Brasil criasse uma nova Lei de Propriedade Industrial, o que ocorreu em maio de 1997, com a promulgação da Lei 9.279. O mecanismo de guarda dessas patentes depositadas que aguardavam apreciação ficou conhecido como mailbox.
O Artigo 229 da lei estabelece que as patentes para químicos e fármacos têm de ser concedidas por um prazo limitado a 20 anos, contados a partir da data do depósito. Erroneamente, quando concedeu a patente, o Inpi aplicou a regra do parágrafo único do Artigo 40 que define que, em razão de demoras na concessão que sejam atribuídas ao instituto, o prazo mínimo deveria ser de dez anos contados da concessão e não mais da data do depósito. “Aí é que veio o problema”, disse Maia. “Você conceder patentes com dez anos a partir da concessão é muito diferente do que conceder com 20 anos contados do depósito. Pode criar distorções, como em alguns casos aqui, de seis anos a mais do que deveria ser concedido. Por isso, nós entramos na Justiça”.
De acordo com a Lei da Propriedade Industrial, se for feita a correção solicitada, muitas das patentes que foram concedidas de forma equivocada em 1995 e 1997 deverão entrar em domínio público em 2015 e 2017. “Elas só vão começar a perder validade a partir de 2015”. Mauro Maia ressaltou, entretanto, que as patentes terão de ser examinadas caso a caso. Como todas foram concedidas com data de dez anos a partir da concessão, elas “apresentam uma data maior do que deveria ser”.
Segundo advertiu o procurador, nenhuma patente inserida no sistema de mailbox pode ter vigência após 2017. “A gente está querendo limitar essas vigências a 2017, no máximo, considerando aquela patente que tenha sido depositada em maio de 1997, última data permitida”. A finalidade é evitar uma extrapolação de direitos, para evitar desequilíbrio, 
Alana Gandra Repórter da Agência Brasil

MEDICINA ORTOMOLECULAR AJUDA NA BUSCA PELO EQUILÍBRIO DO CORPO


Medicina Ortomolecular ajuda na busca pelo equilíbrio do corpo
Descubra por que a Medicina Ortomolecular é considerada uma das grandes descobertas do século!

A palavra equilíbrio precisa fazer parte do nosso dia a dia. E, para ter uma vida equilibrada, é essencial que tenhamos um corpo equilibrado. Esse é o princípio da medicina ortomolecular que, associada à prática da homeopatia, pode auxiliar ainda mais na prevenção de doenças, sobretudo as que configuram uma herança genética.

Pesquisas relevam que a ‘carga genética’ que uma pessoa carrega para o desenvolvimento de doenças pode ser modificada com tratamento correto de prevenção. “Temos a probabilidade de 30% para que essas doenças se manifestem. Então, poderemos trabalhar com os 70% das chances de prevenção, reduzir riscos e modificar as estatísticas”, diz a médica Jacqueline Renault, dona da clínica que leva seu nome, no Rio de Janeiro.

De acordo com a especialista, o uso de vitaminas, sais minerais e outros nutrientes deficitários no organismo, como também a pesquisa da forma pela qual os alimentos são absorvidos, poderá determinar mudanças importantes na trajetória do desenvolvimento ou não de doenças pré-existentes, controle ou cura.

“A visão holística do paciente, junto aos recursos do uso de substâncias alquímicas e naturais, que já alcançaram novos patamares de desenvolvimento, são fatores que contribuem ainda mais para os melhores resultados nos tratamentos associados”, destaca.

Priorizar a ingestão de peixes, ricos em Ômega 3, restringir a ingestão de açúcares e farinha branca, inserir frutas selecionadas, ter atividade física regular. Essas são algumas das dicas da médica para melhorar o desempenho metabólico e diminuir a ação dos radicais livres.

Já a homeopatia preconiza um tratamento global, e não apenas de um sintoma ou de uma doença. Essa prática induz à reação semelhante a das vacinas, ao introduzir no organismo uma informação similar as dos sintomas e queixas dos pacientes.

“Quando associamos as duas práticas, objetivamos regularizar alterações metabólicas, proporcionando mais disposição e saúde. A prática Ortomolecular é usada tanto para criar o equilíbrio biomolecular do corpo como para restabelecer o equilíbrio químico do organismo”,


Saiba ainda: 
Depois de um grupo de atrizes e modelos ter afirmado publicamente que perdeu vários quilos com terapia ortomolecular, a prática virou a nova "dieta dos famosos" e passou a atrair cada vez mais pessoas, que lotam consultórios de endocrinologistas, nutricionistas, cardiologistas e outros especialistas querendo emagrecer com as vitaminas.
A terapia, que não é considerada especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), defende a busca do equilíbrio químico do corpo por meio do uso de substâncias antioxidantes, como vitaminas, minerais e aminoácidos. A idéia central -criada pelo ganhador do Prêmio Nobel Linus Pauling (1901-1994) na metade do século passado- é combater os radicais livres, que seriam responsáveis pelo aparecimento de doenças e pelo envelhecimento do organismo.
A técnica chegou ao Brasil em meados da década de 80 e hoje estima-se que haja cerca de 2.500 médicos especialistas no tratamento.
Na ânsia pelo emagrecimento, além de desembolsarem até R$ 12 mil pelo tratamento, pessoas se submetem a testes de cabelo que seriam um retrato da saúde do paciente, ao EDTA, que são longas aplicações intravenosas de substâncias que removeriam os metais pesados do organismo -também conhecidas como quelação ou injeções de soro-, e, principalmente, a megadoses de vitaminas. Todas essas práticas são proibidas desde 1988 pelo CFM, de acordo com o especialista em clínica médica Geraldo Luiz Moreira Guedes, representante de Minas Gerais na entidade.



Para o angiologista Guilherme Paulo Deucher, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular, a terapia ajuda na prevenção das doenças. "Para emagrecer, é necessária uma mudança de atitude, com cuidados com a alimentação e prática de exercícios", diz


Mesmo entre os médicos que utilizam a terapia ortomolecular, não existe consenso quando a questão é empregá-la para perder peso.
"Esse tipo de discussão vulgariza a questão. A pessoa não vai emagrecer por conta de vitaminas. Isso não existe", afirma o angiologista Guilherme Paulo Deucher, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular e um dos introdutores, há 21 anos, da prática no Brasil. "A ortomolecular é um conceito novo dentro da medicina para ajudar na prevenção das doenças que vêm com o envelhecimento. É um conceito muito mais de prevenção. Para emagrecer, é necessária uma mudança de atitude, com cuidados com a alimentação e prática de exercícios", diz o médico.
Apesar de conhecer pessoas que gostaram da terapia, a empresária Inês Prado de Araújo Oliveira, 49, diz ter jogado dinheiro fora. "Procurei o tratamento ortomolecular para regular o organismo, e não para emagrecer. Mas comecei a engordar e interrompi a terapia. Talvez, se tivesse continuado, poderia ter revertido o processo", diz a empresária, que tomava cerca de dez vitaminas diariamente e ganhou 5 kg em quatro meses.
O ganho de peso também foi o problema do gerente de projetos Fábio Baptistella, 40. Ele queria perder 15 kg dos seus 110 kg, mas, em quatro meses de terapia, engordou 6 kg. "Acho que as vitaminas me abriram o apetite", diz.
Fábio interrompeu o tratamento quando recebeu de seu médico a notícia de que teria de fazer um exame do fio de cabelo -que seria analisado nos Estados Unidos- e tomar mais uma série de injeções de soro, por R$ 4.600. "De certa maneira, acho que fui enganado. Quando me perguntam sobre o tratamento ortomolecular, falo que é caríssimo e que existem algumas coisas duvidosas", afirma.

MILAGRE
"As pessoas querem milagres, mas fazer exercício e mudar a alimentação ninguém quer", afirma o endocrinologista Walmir Coutinho, professor da PUC-RJ e vice-presidente da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obesidade.
Para ele, essa busca por regimes milagrosos se dá pelo buraco entre o que a medicina oferece e o que realmente desejam aqueles que estão acima do peso ideal.
Foi feita uma pesquisa identificando que a maioria das mulheres com sobrepeso deseja perder 37% do seu peso corpóreo, "mas o que recomendamos inicialmente é a perda de 10%, o que já melhora a saúde da pessoa", diz Coutinho, afirmando que é nesse gap que a procura por dietas da moda entra em cena.
A publicitária carioca Élida Lopes, 42, desejava perder 24 kg. Em um mês de tratamento ortomolecular, emagreceu 6 kg. São 15 cápsulas de vitamina por dia, injeções de soro uma vez por semana, aulas com personal trainer e a eliminação do cardápio de leite e derivados, pão e tudo que leva farinha.
Mesmo após cortar praticamente tudo o que engorda de sua alimentação e praticar exercícios regulares, Élida credita sua perda de peso à terapia. "Além de me fazer emagrecer, o tratamento me tirou da depressão", conta, revelando que seu único porém foi ter perdido "apenas" 6 kg. "Estou pagando R$ 12 mil pelo tratamento [de seis meses]. Por esse valor, deveria ter emagrecido muito mais", ironiza.

CONTRAPONTO
Segundo o especialista em clínica médica com prática ortomolecular Efrain Olszewer, a chamada "dieta ortomolecular" não existe. "Abolimos esse conceito de dieta. É um inimigo da prática ortomolecular", afirma.
De acordo com o médico, a terapia pode até ser aplicada para combater a obesidade, mas, para cada pessoa, há uma tratamento específico. "A idéia de emagrecer só com uso de vitaminas é um insulto ao bom senso", diz.
Segundo ele, pacientes obesos costumam ter níveis baixos de serotonina, o chamado neurotransmissor da felicidade, que é formado principalmente por meio dos carboidratos. "Eles têm alterações nos níveis de serotonina e precisam de açúcares para compensar. Isso estimula o consumo de carboidratos."
A artista plástica Clara Wasserman, 65, adotou a terapia e emagreceu 24 kg em seis meses. Passou de 137 kg para 113 kg e pretende continuar o tratamento até chegar aos 80 kg. "Achei bom porque é uma reeducação mesmo. Consigo fazer durante muito tempo sem enjoar. Foi diferente de outras dietas que fiz com endocrinologistas, a maior parte com inibidores de apetite e sem resultados duráveis", diz.
Com o objetivo de não engordar, a relações-públicas Leila Barbosa Pereira, 33, foi procurar a terapia ortomolecular depois de ter lido entrevistas de atrizes que conseguiram emagrecer com o método. Aguardando os resultados de uma batelada de testes, Leila espera descobrir quais alimentos são absorvidos mais rapidamente pelo seu organismo e quais são os que mais engordam.
"Estou tirando os carboidratos da minha alimentação, mas, de repente, pode ser que não faça mal. Eu amo doces. Quem sabe o médico não diz "você pode comer doce'", afirma.
Já Olszewer diz que a suplementação é necessária porque é cada vez mais difícil conseguir uma alimentação balanceada. "Muita gente pensa que é preciso tomar 500 cápsulas por dia. Na maioria das vezes, basta uma."
Para a advogada Karina Oliveira, 32, adepta da técnica há cinco meses, entretanto, o conceito da terapia ortomolecular é muito mais amplo do que simplesmente emagrecer por conta das vitaminas.


O termo ortomolecular, criado por Linus Pauling, vem da junção das palavras orthos, do grego, que significa correto, e molecular, do latim


"Essa não é a proposta da medicina ortomolecular, que avalia todos os problemas do organismo, inclusive o da gordura. Às vezes, a pessoa vai ao médico querendo emagrecer, mas o que a técnica faz é descobrir o que está fazendo essa pessoa engordar", diz Karina, que, num primeiro momento, buscou na prática uma receita para emagrecer. "Depois vi que é muito mais complexo", afirma ela, que perdeu 4 kg.

GATO POR LEBRE
Fisiatra e reumatologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo, a médica Sylvana Braga utiliza há mais de 15 anos tratamentos ortomoleculares. Segundo ela, a dieta ortomolecular é uma reeducação alimentar, sem o uso de inibidores de apetite ou antidepressivos. "Focamos no controle do déficit de minerais e do excesso de metais tóxicos, visando a corrigir o erro metabólico do sobrepeso e da obesidade. É uma dieta que restringe gorduras e o mau colesterol, carboidratos, como pão, doces, farinha branca, pastéis, empadas e salgadinhos. Há ainda uma pequena restrição às proteínas", afirma.
Existem suspeitas, porém, de que, concomitantemente à prescrição de vitaminas, inibidores de apetite também sejam receitados por alguns profissionais.
A decoradora Marta Oliveira Jungmann, 44, perdeu 6 kg dos seus 75 kg em 18 dias. "Já tomei inibidor em outras ocasiões e sei como é. Fiquei nervosa, ansiosa. Senti os mesmos efeitos. Mas não tenho certeza nem posso afirmar que era anfetamina."
Apesar de ser magra, Marta viu na "medicina ortomolecular que emagrece" um recurso para perda de peso de forma rápida e segura. "Quando a gente quer, acredita em qualquer coisa que vê na TV", diz.
Para o médico homeopata e acupunturista Roberto Debski, a procura da terapia ortomolecular virou uma "febre graças aos depoimentos de pessoas famosas favoráveis ao método". "Com certeza, a ortomolecular é indicada no tratamento da obesidade e do sobrepeso, mas não isoladamente", afirma o médico, que faz uso da prática.
De acordo com ele, o tratamento deve ser sempre multidisciplinar, inclusive o da obesidade, que comporta alterações físicas e emocionais "ocorrendo simultaneamente".
"O estilo de vida adotado é fundamental para o tratamento: a prática orientada de esportes e a nutrição equilibrada, que chamamos de reeducação alimentar. Sendo assim, não há fórmulas mágicas, e sim um atendimento individualizado"