A pequena grande mulher, o pequeno grande homem
por Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz
por Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz
O
justificado medo de morrer de uma menina de 10 anos e o voluntarioso
destemor diante da morte de um garoto cinco anos mais velho provaram a
muita gente grande que seus países e a própria humanidade podem ser
melhores. Na segunda-feira 6, cada um deles a seu modo, colaborou
decisivamente para que atentados suicidas promovidos no Afeganistão e no
Paquistão comecem a ser desativados. A menina, identificada como
Spozhmai, não cedeu às ordens de seu irmão que integra a organização
terrorista Taleban e recusou-se a se fazer explodir com um colete
forrado de bombas num atentado na província afegã de Helmand – para
isso, fugiu de casa e agora pede abrigo ao governo de seu país. Já o
menino Aitzaz Hassan, ao chegar atrasado à escola na cidade paquistanesa
de Hangu, percebeu que um homem-bomba iria ingressar no colégio.
Imediatamente ele se jogou contra o terrorista radical sunita – salvou
os alunos e foi o homem quem se despedaçou. Lamentavelmente, o garoto
Aitzaz morreu na explosão.
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