Opções vão desde aulas particulares até o retoque de esmalte
Tópicos da matéria:
Cristiane Rodrigues
RIO - Fazer uma massagem com direito a ofurô, apreciar uma salada ou
então retocar o esmalte das unhas. Tudo na praia. É assim que diferentes
empresas do Rio vêm apostando num novo nicho: o delivery em plena areia. A lista também conta com a entrega de peças íntimas na orla, além de aulas particulares de inglês sob o sol.
O objetivo da iniciativa, que ganhou força nesta estação, é atrair mais clientes e turbinar os negócios nos dias de forte calor. Parece complicado, mas não é. Funciona assim: os clientes ligam e dão o maior número de referências possíveis, como o nome da rua mais próxima, a altura do quiosque, a cor da barraca e da roupa de banho. Do outro lado, os funcionários das empresas usam celulares até o encontro com o freguês.
E, para atrair mais clientes, as companhias ainda criaram serviços especiais só para a orla. É o caso do SPA Renata Abreu, que desenvolveu um escalda-pés e uma massagem nas costas com óleos específicos para o calor da praia, e do salão Baronesa Rio, ao treinar suas manicures com produtos de secagem rápida.
Em alguns casos, a demanda surgiu por iniciativa dos próprios clientes. A estilista Alessa Migani passou a entregar suas peças, principalmente calcinhas, após perceber que parte das clientes ficava cansada para enfrentar a maratona de compras no pós-sol.
— Criei o serviço S.O.S. Entrego camisetas básicas, óculos e peças íntimas onde a cliente está. Ela diz a sua localização na praia e vamos até lá. Levamos uma máquina de cartão de crédito e débito — explica Alessa, que espera um aumento de 10% nas vendas.
‘É como pegar um táxi’
Segundo a carioca Alina Martin de Mello, a localização na praia não é problema:
— Dou o maior número de referências possíveis, como o nome da rua e do quiosque mais próximo. É como pegar um táxi. Falo a cor do biquíni, do cabelo, da canga ou da barraca. Quando está muito cheio, usamos o celular até o encontro. Não tem erro.
Na opinião de Lídia da Matta, que decidiu experimentar uma massagem delivery na Praia de Ipanema, o serviço é prático para os dias de sol.
— Estar na praia e ainda fazer uma massagem na areia é muito relaxante. O verão é sempre uma estação agitada. Então, como passamos o dia na orla, acaba não sobrando tempo para fazer tudo — explica a moça.
No SPA Renata Abreu, que tem QG no hotel Fasano, a iniciativa surgiu neste verão. A massoterapeuta Fabrícia Nogueira, sócia do negócio, conta que criou quatro serviços para a orla e, ainda, desenvolveu um uniforme especial para as massagistas, com peças mais leves para enfrentar o calor. Há ainda o uso de ombrelones para aumentar a sensação de conforto entre os clientes.
— A busca por esses serviços está crescendo bastante. Mas o custo é um pouco maior. Em alguns casos, é 50% mais caro. Levamos um ofurô para o serviço de escalda-pés, além de massagens na face, costas e pescoço. Usamos óleos especiais que combinam com o verão — diz Fabrícia, lembrando que a maior parte dos pedidos está concentrada nos dias da semana pela parte da manhã nas praias do Arpoador e do Leblon.
Empresários apostam num aumento de até 20% nas vendas
De olho no aumento dos negócios neste início de ano, o salão Baronesa Rio, no Leblon, instituiu o “Nail in Beach”. Felipe Dale, gerente do estabelecimento, diz que a meta é que 20% dos atendimentos da empresa ocorram na praia. Para isso, duas funcionárias foram treinadas para lidar com os pedidos das clientes sob o sol escaldante.
— O salão fica muito próximo da praia. Por isso, decidimos estrear esse novo serviço. As nossas profissionais usam sacolas a vácuo para facilitar no deslocamento do trajeto.
A produtora cultural Ana Tonani é uma das clientes que optaram por fazer as unhas dos pés e das mãos na praia. Ela diz que não tem tempo para encarar um salão após um dia de sol:
— Marcar salão com antecedência não é comigo. Acho prazeroso estar na praia aproveitando o sol e, ao mesmo tempo, resolver essas pendências. Muita gente até olha. Mas algumas mulheres se aproximam para pedir o contato.
Além dos cuidados com o corpo, a alimentação saudável também está no radar dos restaurantes. Aos sábados, a chef Carolina Figueiredo, do Market Ipanema, oferece delivery apenas para quem estiver na areia. Para combinar com a praia, ela criou um menu especial com sanduíches mais leves e sucos que ajudam a manter o bronzeado.
— Preparei uma embalagem prática, em potes redondos e com talheres descartáveis para facilitar na hora de comer saladas na areia, por exemplo. Comecei o serviço há três semanas, entre as praias do Arpoador e do Leblon, e o resultado está surpreendendo — diz a chef, que comprou mais bicicletas para acelerar as entregas.
Curso de inglês sob o sol
A educação delivery também é outra novidade na orla carioca. A professora de inglês Stephanie Lowmmac, uma filipina no Rio há cinco anos, vai com os alunos às praias da Barra e do Recreio nos fins de semana para aulas particulares, com 90 minutos de duração, no mínimo. Na bolsa da mestre, muito protetor solar, MP3 player, revistas estrangeiras e algumas fotos.
— A ideia é promover algo prazeroso. Escutamos músicas e tiramos as dúvidas. Depois, falamos sobre as fotos que levo. A proposta é aumentar o vocabulário e treinar a gramática. Até o carnaval, os alunos só querem saber de praia. Por isso, tive de me adaptar para não perder dinheiro — confessa Stephanie.
O objetivo da iniciativa, que ganhou força nesta estação, é atrair mais clientes e turbinar os negócios nos dias de forte calor. Parece complicado, mas não é. Funciona assim: os clientes ligam e dão o maior número de referências possíveis, como o nome da rua mais próxima, a altura do quiosque, a cor da barraca e da roupa de banho. Do outro lado, os funcionários das empresas usam celulares até o encontro com o freguês.
E, para atrair mais clientes, as companhias ainda criaram serviços especiais só para a orla. É o caso do SPA Renata Abreu, que desenvolveu um escalda-pés e uma massagem nas costas com óleos específicos para o calor da praia, e do salão Baronesa Rio, ao treinar suas manicures com produtos de secagem rápida.
Em alguns casos, a demanda surgiu por iniciativa dos próprios clientes. A estilista Alessa Migani passou a entregar suas peças, principalmente calcinhas, após perceber que parte das clientes ficava cansada para enfrentar a maratona de compras no pós-sol.
— Criei o serviço S.O.S. Entrego camisetas básicas, óculos e peças íntimas onde a cliente está. Ela diz a sua localização na praia e vamos até lá. Levamos uma máquina de cartão de crédito e débito — explica Alessa, que espera um aumento de 10% nas vendas.
‘É como pegar um táxi’
Segundo a carioca Alina Martin de Mello, a localização na praia não é problema:
— Dou o maior número de referências possíveis, como o nome da rua e do quiosque mais próximo. É como pegar um táxi. Falo a cor do biquíni, do cabelo, da canga ou da barraca. Quando está muito cheio, usamos o celular até o encontro. Não tem erro.
Na opinião de Lídia da Matta, que decidiu experimentar uma massagem delivery na Praia de Ipanema, o serviço é prático para os dias de sol.
— Estar na praia e ainda fazer uma massagem na areia é muito relaxante. O verão é sempre uma estação agitada. Então, como passamos o dia na orla, acaba não sobrando tempo para fazer tudo — explica a moça.
No SPA Renata Abreu, que tem QG no hotel Fasano, a iniciativa surgiu neste verão. A massoterapeuta Fabrícia Nogueira, sócia do negócio, conta que criou quatro serviços para a orla e, ainda, desenvolveu um uniforme especial para as massagistas, com peças mais leves para enfrentar o calor. Há ainda o uso de ombrelones para aumentar a sensação de conforto entre os clientes.
— A busca por esses serviços está crescendo bastante. Mas o custo é um pouco maior. Em alguns casos, é 50% mais caro. Levamos um ofurô para o serviço de escalda-pés, além de massagens na face, costas e pescoço. Usamos óleos especiais que combinam com o verão — diz Fabrícia, lembrando que a maior parte dos pedidos está concentrada nos dias da semana pela parte da manhã nas praias do Arpoador e do Leblon.
Empresários apostam num aumento de até 20% nas vendas
De olho no aumento dos negócios neste início de ano, o salão Baronesa Rio, no Leblon, instituiu o “Nail in Beach”. Felipe Dale, gerente do estabelecimento, diz que a meta é que 20% dos atendimentos da empresa ocorram na praia. Para isso, duas funcionárias foram treinadas para lidar com os pedidos das clientes sob o sol escaldante.
— O salão fica muito próximo da praia. Por isso, decidimos estrear esse novo serviço. As nossas profissionais usam sacolas a vácuo para facilitar no deslocamento do trajeto.
A produtora cultural Ana Tonani é uma das clientes que optaram por fazer as unhas dos pés e das mãos na praia. Ela diz que não tem tempo para encarar um salão após um dia de sol:
— Marcar salão com antecedência não é comigo. Acho prazeroso estar na praia aproveitando o sol e, ao mesmo tempo, resolver essas pendências. Muita gente até olha. Mas algumas mulheres se aproximam para pedir o contato.
Além dos cuidados com o corpo, a alimentação saudável também está no radar dos restaurantes. Aos sábados, a chef Carolina Figueiredo, do Market Ipanema, oferece delivery apenas para quem estiver na areia. Para combinar com a praia, ela criou um menu especial com sanduíches mais leves e sucos que ajudam a manter o bronzeado.
— Preparei uma embalagem prática, em potes redondos e com talheres descartáveis para facilitar na hora de comer saladas na areia, por exemplo. Comecei o serviço há três semanas, entre as praias do Arpoador e do Leblon, e o resultado está surpreendendo — diz a chef, que comprou mais bicicletas para acelerar as entregas.
Curso de inglês sob o sol
A educação delivery também é outra novidade na orla carioca. A professora de inglês Stephanie Lowmmac, uma filipina no Rio há cinco anos, vai com os alunos às praias da Barra e do Recreio nos fins de semana para aulas particulares, com 90 minutos de duração, no mínimo. Na bolsa da mestre, muito protetor solar, MP3 player, revistas estrangeiras e algumas fotos.
— A ideia é promover algo prazeroso. Escutamos músicas e tiramos as dúvidas. Depois, falamos sobre as fotos que levo. A proposta é aumentar o vocabulário e treinar a gramática. Até o carnaval, os alunos só querem saber de praia. Por isso, tive de me adaptar para não perder dinheiro — confessa Stephanie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário