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1.17.2014

Obama exigirá permissão judicial para que agências de espionagem acessem dados

Presidente vai anunciar reforma em polêmico programa da NSA

O Globo
Com agências internacionais

Presidente Barack Obama vai anunciar reforma significativa nos programas de vigilância dos EUA
Foto: MARK WILSON / AFP
Presidente Barack Obama vai anunciar reforma significativa nos programas de vigilância dos EUA MARK WILSON / AFP
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai anunciar nesta sexta-feira uma reforma no polêmico programa da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) que monitora dados telefônicos de americanos e cidadãos em todo o mundo. De acordo com a imprensa internacional, citando fontes do governo, Obama exigirá que as agências de inteligência obtenham permissão de um tribunal secreto antes de ter acesso a essas informações.
O presidente vai determinar, com efeito imediato, que “sejam tomadas medidas para modificar o programa para que uma decisão judicial seja necessária antes de consultar o banco de dados”, disse a fonte, que revelou detalhes do discurso sob condição de anonimato.
No pronunciamento às 14h (horário de Brasília) no Departamento de Justiça, Obama irá anunciar uma transição para mudar de forma significativa o uso pela NSA do que ficou conhecido como programa de “metadados” de telefonemas. A medida tem como objetivo restaurar a confiança nas práticas de inteligência dos Estados Unidos, e será divulgada após meses de revisão do programa pela Casa Branca, depois das revelações feitas pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden.
O presidente planeja limitar a rede de vigilância do governo dentro do país e no exterior, demarcando um meio termo entre as propostas de amplo alcance de seus próprios consultores e as preocupações das agências de inteligência. Em um aceno aos defensores da privacidade, Obama vai dizer que decidiu que o governo não deve mais manter o enorme volume de metadados de telefonemas, uma decisão que pode frustrar alguns oficiais de inteligência.
A previsão, no entanto, é que o presidente mantenha vigente a estrutura dos programas controversos. E que, em seu discurso, poderia deixar muitas perguntas sobre as mudanças sem respostas.

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