Venda de protetor solar em farmácias populares

Objetivo da proposta é estender acesso ao produto, que pode passar de R$ 50

 

O protetor deve ser usado todos os dias e aplicado a cada duas horas

Foto:  Getty Images

Brasília - Em breve, protetores solares poderão ser encontrados a preços menores nas Famárcias Populares. Projeto de Lei que prevê a oferta dos produtos foi enviado ao Congresos Nacional e espera por votação. Hoje, medicamentos comprados pelo projeto de farmácia do governo saem até 90% mais baratos que os valores de mercado.

O objetivo da proposta, do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), é estender o acesso a pessoas que não têm dinheiro para comprar o protetor, que pode passar de R$ 50. Com preços acessíveis à população, acredita o autor da lei, será mais fácil prevenir casos de câncer de pele e reduzir gastos da Saúde. “Os casos são cada vez mais comuns. Virou uma doença corriqueira. E isso tem um custo para o Sistema Único de Saúde, que faz o tratamento”, explicou.

Segundo Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz ficará responsável por produzir ou comprar os protetores solares e repassá-los à população a preço de custo. A regra será aplicada nos mesmos termos da lei que já regulamenta os medicamentos comercializados pela rede da Farmácia Popular.
Segundo a especialista Carolina Marçon, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a falta de acesso ao produto se reflete na dificuldade em manter cuidados com a saúde. “Muitas vezes, as pessoas nem sequer têm dinheiro para pagar a passagem para ir à consulta. Imagina para comprar um protetor solar”, questiona a dermatologista.
Carolina lembra que o Brasil, por ficar entre trópicos, recebe radiação muito forte de raios ultravioleta, que levam ao aparecimento desse tipo de câncer. “No Brasil, essa é uma medida de máxima importância. Os casos são alarmantes, e a incidência é muito alta”, disse.