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2.04.2014

Ao lado de Barbosa, deputado faz gesto de Mandela em apoio a presos do mensalão



André Vargas (PT-PR) disse que quis mostrar que julgamento foi 'injusto'.
Presidente do STF participou de cerimônia no Congresso Nacional.



Nathalia Passarinho, Priscilla Mendes e Felipe Néri Do G1, em Brasília

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 O vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), faz o mesmo gesto usado por petistas presos do mensalão, ao lado do presidente do STF, Joaquim Barbosa, na abertura do ano legislativo no Congresso (Foto: Gustavo Lima/Ag.Câmara)Durante evento no Congresso, o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), repetiu, ao lado do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, gesto usado por Mandela e os  petistas presos no processo do mensalão (Foto: Gustavo Lima/Ag.Câmara)
Sentado na cerimônia de abertura dos trabalhos no Congresso ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), manifestou apoio a deputados condenados no julgamento do mensalão fazendo um gesto usado pelo PT como sinal de "resistência – o punho cerrado erguido para o alto.
Em vários momentos da solenidade, Vargas repetiu o gesto e também tirou fotos dele mesmo ao lado de Joaquim Barbosa. Apesar do constrangimento, o ministro do STF permaneceu calado e não respondeu às provocações.
Após o evento, o deputado petista afirmou que o punho cerrado foi uma forma de criticar e “reagir” à condenação de parlamentares do PT no julgamento do mensalão.
“A gente tem se cumprimentado assim, um símbolo de reação aos nossos companheiros que foram injustamente condenados. O ministro está na nossa casa, então ele é um visitante, tem nosso respeito, mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve”, justificou Vargas.
Férias
O petista ainda criticou Joaquim Barbosa por sair de férias em janeiro sem assinar o mandado de prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). Em janeiro, o ministro rejeitou recursos do deputado e publicou o trânsito em julgado da condenação (quando não há mais possibilidade de recursos).

No entanto, o magistrado saiu de férias em 7 de janeiro sem assinar o mandado de prisão – documento necessário para que a Polícia Federal encaminhe o petista ao presídio. “Na verdade, parece que ele [Barbosa] está se comportando de forma sádica. Ele dá sentença negativa dos recursos, João Paulo veio para se entregar e não houve o mandado”, ironizou André Vargas.
Também na cerimônia de abertura do ano Legislativo de 2014, Barbosa foi indagado por jornalistas se iria mandar prender o petista ainda nesta tarde. "Não, hoje, não", respondeu.
Barbosa foi para Paris e Londres em janeiro para proferir palestras em universidades e se reunir com autoridades da União Europeia.
O comando do Supremo foi ocupado no regime de plantão pela ministra Cármen Lúcia e, posteriormente, pelo ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão. Os dois não assinaram o mandado por entenderem que é prerrogativa única do relator do processo, no caso Joaquim Barbosa, decretar a prisão.
Da Europa, Barbosa chegou a criticar a opção dos colegas de tribunal. Em entrevista a correspondentes brasileiros, ele afirmou que não entendeu o motivo de os ministros que o substituíram não terem expedido o mandado contra João Paulo Cunha.
"Se eu estivesse como substituto jamais hesitaria em tomar essa decisão", disse o magistrado, na ocasião.

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