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2.19.2014

Como combater enxaqueca sem fazer uso de medicamentos

Exceto em casos de crise intensa e de problema crônico, dor pode ser minimizada com medidas como compressa de gelo e ingestão moderada de cafeína

Vivian Carrer Elias
Enxaqueca: Entre 2% e 3% dos brasileiros apresentam o problema
Enxaqueca: Entre 2% e 3% dos brasileiros apresentam o problema (Thinkstock)
A enxaqueca — dor de cabeça que pode vir acompanhada de uma série de sintomas, como náusea, vômito e sensibilidade à luz — atinge entre 2% e 3% da população brasileira. Entre essas pessoas, uma em cada dez sofre com a forma crônica do problema: crises em pelo menos metade dos dias de um mês. A enxaqueca é uma dor de cabeça primária, o que significa que ela não acusa uma doença séria de saúde, mas pode ser incapacitante ou prejudicial ao cotidiano das pessoas.
Não existe cura para a enxaqueca, como explica o neurologista Antônio Galvão, coordenador do departamento de dores da Academia Brasileira de Neurologia. "A única coisa que parece curá-la é a idade. Ainda não se sabe o motivo, mas, na maioria das vezes, as pessoas deixam de apresentar o problema conforme envelhecem, especialmente após os 60 anos", diz. 
Saída — Existem, porém, formas de diminuir a prevalência de crises e de atenuar as dores. "Quando as crises são intensas e o problema se torna crônico, os medicamentos são fundamentais. Em casos menos graves, muitas vezes é possível combater o problema sem a ajuda de medicamentos”.
O primeiro passo para prevenir enxaqueca é identificar o fator que desencadeia as crises e evitá-los. Chocolate, vinho tinto e comidas gordurosas são causadores comuns do problema, mas isso não quer dizer que todo mundo precise evitar esses alimentos. "Cada pessoa apresenta um fator desencadeante. Um indivíduo pode ter crises quando come chocolate, mas não sente dor depois de tomar muito vinho, por exemplo”, explica o neurologista. Caso a crise se instale, há práticas aconselháveis para reduzir a dor — fazer compressas de gelo, deitar em um ambiente escuro e consumir (pouca) cafeína são algumas das principais.
Tais medidas evitam o excesso de analgésicos — e isso é benéfico, pois, quanto mais medicamentos do tipo uma pessoa toma, mais o seu corpo se tornará tolerante e dependente dele. Com isso, o indivíduo deixará de responder aos efeitos do medicamento e pode transformar a enxaqueca em um problema crônico.

Vida sem enxaqueca

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Identifique e evite o que desencadeia a enxaqueca

Os motivos que desencadeiam a enxaqueca variam de acordo com a pessoa. Mas os mais comuns, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, são stress, jejum, má qualidade do sono, fatores genéticos e hormonais (como estar próximo à data da mestruação), excesso de cafeína ou analgésicos, sedentarismo, chocolate, álcool, além de alimentos gelados e gordurosos. "Isso não quer dizer que pessoas com enxaqueca terão crises devido a todos esses fatores", diz o neurologista Antônio Galvão, coordenador do departamento de dor da Academia Brasileira de Neurologia.

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