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2.20.2014

Cosmetologia

Cosmetologia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



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Cosmetologia é a área da ciência farmacêutica dedicada à pesquisa, desenvolvimento, elaboração, produção, comercialização e aplicação de produtos cosméticos. Estuda os recursos de tratamento e embelezamento natural baseado no uso de produtos, substâncias e embalagens, denominados genericamente de cosméticos de aplicação externa e superficial.

Características

Os produtos cosméticos são utilizados para o tratamento da pele, cabelo e unhas e também o tratamento de pés, mãos, aplicação de unhas artificiais, penteados, lavagem de cabelo, aplicações cosméticas, remoção de pêlos, relaxamento capilar ou alisamentos, assim como permanentes, apliques e perucas e design de sobrancelhas. O licenciado em cosmetologia denomina-se cosmetologista.
Um cosmetologista, por vezes chamado de 'especialista em beleza' ou 'esteticista', é um profissional que se especializa em dar tratamentos de embelezamento. Os clientes desses tratamentos são em geral mulheres, mas há um número cada vez maior de homens que fazem uso desses serviços.1 Um cosmetologista geral é perito em todas as formas de cuidados de beleza, podendo fazer tratamentos capilares, faciais, de pele e unhas e até massagens.

Funções

A cosmetologia tem três funções principais:

Função decorativa

Também denominada estética, visa promover um aperfeiçoamento na aparência do local onde o produto é aplicado

Função conservadora

É aquela relacionada com a proteção da pele e seus anexos diante dos efeitos de radiação, umidade, calor, frio intenso e outros de caráter físico.

Função corretiva

É aquela relacionada com o produto cosmético com finalidade de corrigir pequenas imperfeições relacionadas a estrutura orgânica da pele e seus anexos. Além disto também pode ser usada para o equilíbrio de pequenas alterações funcionais ou fisiológicas.

Matérias-primas de uso cosmético:

Água:
- a maioria das formulações farmacêuticas contém água
- emulsões, xampus, leite
- a contaminação microbiana é importante
- não há esterilidade em cosméticos (deve haver uma contagem de colônias baixa)
- uso de BPF (Boas Práticas de Fabricação)
- geralmente uso de água destilada
- pode haver desprendimento de gás, alteração de aroma e cor se houver contaminação
- impurezas do ponto de vista físico: sólidos e metais

Propriedades:
- solvente: tipo de substâncias
- enxaguar pele e cabelos
- veículo
- hidratante: associação com substâncias

- a água pode ajudar a hidratar com uma substância carreadora que ajude a penetrar na pele
- a pele é uma barreira
- ação refrescante e ação hidratante “ilusória”

Álcoois:
- miscibilidade: miscíveis com água
- solvente
- função na pele: remoção de sujeira da pele

Etanol:
- veículo hidroalcoólico
- ação anti-séptica
- acima de 30%: ação conservante

Funções:
- solvente
- veículo  mistura
- antissepsia
- conservação
- evaporação

- álcool neutro e de cereais
- álcool etílico  desodorizado por carvão ativo (álcool sem cheiro)

Preparações:
- desodorante
- tônico para rosto
- loção pós-barba
- perfumes

Polióis:
- freqüência
- tipos: sorbitol (geralmente uso oral – sabor doce); propilenoglicol (geralmente uso capilar); glicerina (geralmente em cremes e emulsões; pode apresentar reação alérgica)
- higroscópicos  efeito na pele
- edulcorante  preparações

* Todos os álcoois são higroscópicos: absorvem água e seguram. Não é hidratação profunda, é superficial (ação “umectante”). Para hidratantes, deve-se usar um componente de maior penetração.

- miscibilidade com água e álcool

Preparações:
- emulsões
- suspensões
- cremes e máscaras hidratantes
- conservante de extratos vegetais
- tônicos capilares
- desodorantes roll-on

Uso: 3 a 5%

Compostos lipídicos e derivados:
- biomoléculas orgânicas  solubilidade

Gorduras vegetais:
- triglicerídeos  ésteres de ácidos graxos (ácido oléico, linoléico e linolênico) e glicerol
- oxidação
- ações: emoliência – amaciamento da pele, hidratação e oclusão (diminui temporariamente a perda de água); restauração dos fosfolipídeos epiteliais e plasticidade (batom: óleo de rícino)

Preparações:
- loção corporal
- creme de massagem
- óleo de banho
- xampu/ condicionador
- sabonete

Gorduras animais:
- triglicerídeos de gorduras insaturadas
- óleo de fígado de peixes (bacalhau) e tartaruga marinha
- sebos: tecido adiposo de bovinos e suínos

Gorduras modificadas:
- óleos hidrogenados: alteração das características

Insaponificáveis:
- porção não-glicerídica do óleo
- conteúdo: carotenóides (precursores da vitamina A  reepitalização tonalizante), tocoferóis (antioxidante)
- óleo de jojoba, soja, abacate e manteiga de Karité

Ceras:
- ésteres de ácidos graxos e álcoois graxos de alto peso molecular  sólidas
- consistência para emulsão, batom e lápis
- oclusivas  proteção, emoliência, hidratação secundária por oclusão

Origem vegetal:
- cera de carnaúba
- cera de candelina

Origem animal:
Cera de abelha:
- emulsão, batom e lápis  ácido cerático + base = sabão (agente emulsificante – cera alvejada com oxidante)
Espermacete (raça) de baleia  dá tixotropia
Lanolina:
- sebo da pele de carneiro  similaridade com substâncias presentes na pele (essencial em batons)
Derivados da lanolina:
- emoliência grande; capacidade de emulsificar
- líquido; pastoso e menos pastoso para diminuir a alergia
Própolis:
- cera + resina; antisséptica; cicatrizante e protetora

Polissacarídeos:
- origem vegeral
- macromoléculas  algas (alginatos)
- seiva de árvore  goma arábica, etc
- folhas

Propriedades:
- fixam água  intumescimento (uso em géis)
- espessantes, geleificantes e plastificantes  uso em dentifrícios, loções, géis, esmalte (nitrocelulose)
- amido: seco, deslizante, porém “segura” ma pele (importante para maquiagens)

Hidrocarbonetos minerais:
- petróleo  óleos, vaselinas e parafinas
- ação de superfície  emoliência e hidratação
- untuosidade (propriedade de ser pegajoso/ gorduroso)
- endurecedor  vaselina e parafina
- veículo/ excipiente
- penetração

Preparações:
- emulsões
- maquiagem (lápis e bastão)
- cera depilatória

Hidrocarbonetos animais

Silicones:
- polímeros  siloxano + silício
- hidrófobos
- inertes
- brilho
- formador de filme
- não dão reação com a pele
- amaciamento dos cabelos (condicionamento)
- oleosos (fluidos)  filmógenos e reduzem pegajosidade
- voláteis  evaporação
- emulsionantes  emulsão A/O à baixa temperatura
- produtos para pele mais seca
- afinidade pela queratina; não danifica o cabelo

Preparações:
- anti-transpirante
- creme para mãos
- produtos para cabelos e pêlos
- máscara
- maquiagem, etc

Polímeros carboxivinílicos:
Carbopol:
- polímero do ácido acrílico  precisa de pH mais alto para geleificar (alcalinização)
- dispersibilidade em solventes
- espessantes e geleificantes  formas cosméticas
- carboxilas/ pH baixo  alcalinização  solidificação
- uso: 0,5%
- para peles que não aceitam emulsões
- forma película, dá toque e refrescância

Preparações:
- gel fixador
- xampu
- máscara facial
- produtos para corpo

Formas cosméticas:

Produto cosmético e cosmecêutico:
- produto cosmético não se aplica na pele lesada e não é para uso interno

Produto cosmético:
- “formulações de uso externo destiladas à higiene, proteção e embelezamento da aparência humana. Aplicados sobre a pele sadia e seus anexos (unhas e pêlos) não devem interferir nas funções orgânicas vitais, irritar, sensibilizar, nem provocar fenômenos secundários indesejáveis devido à absorção sistêmica.”
- para a legislação não existe a definição de cosmecêutico
- a legislação de cosméticos é diferente de medicamentos

Produto cosmecêutico:
- “cosmético especial, de base científica, fórmula ou ingredientes ativos declarados, com finalidade preventiva e pode ser empregado para dissimular imperfeições cutâneas leves.”
- ex: unhas, cabelos, acne, manchas, caspa
- interface entre medicamento e cosmético
- há um princípio ativo
- fator de risco 1 e risco 2 (cosmecêutico)

Classificação dos produtos cosméticos quanto á forma cosmética:
Emulsão:
- aspecto, cor, consistência
- fases: dispersada e dispersante  tipos e usos
- tensoativo: anfifílico, interface das fases  estabilidade
- forma mais usada em cosméticos
- versatilidade
- a pele precisa de componentes aquosos e oleosos, por isso é uma forma cosmética ideal

Emulsão A/O:
- untuosidade  sensorial  clima
- proteção  indicação
- mais pegajosa/ mais oleosa
- interessante para pele seca/ idosa/ para países com clima mais frio

Emulsão O/A:
- aspecto da pele
- popularidade  fase externa e emolientes
- preferido pelo público brasileiro
- sensorial mais agradável

Tensoativos:
Aniônicos  sais de ácido graxo  estearato de metais alcalinos, amônio e TEA
- tira gordura, é meio agressivo para a pele (proteção natural do corpo)
- mais agressiva para a pele seca

Não-iônicos:
- hidratação da pele
- estabilidade
- eficácia
- reologia
- maior versatilidade
- geralmente mais compatíveis com os componentes do cosmético
- menos agressivos
- muitas vezes requerem quantidades maiores
- maior custo

Tipos de emulsões:
Cremes:
- consistência
- partículas: 0,1 a 100 μm
- aspecto branco leitoso
- cor branca por reflexão da luz
- preparação
- aumento da consistência: uso de quantidades maiores de tensoativos; uso de espessantes

Objetivos:
- área preferencial – áreas restritas (mãos, rosto, cotovelos)
- pele suave e fresca
- proteção
- substâncias graxas e água
- rugas
- limpeza da epiderme

Leite ou loção cremosa (entre creme e leite):
- caracterização, conteúdo de água
- consistência – menos viscosa
- área aplicada maior
- usos
- problema de estabilidade, separação de fases
- pode ter até 85-90% de água

Emulsão oil-free:
- conteúdo de óleo mínimo
- proporção de componentes oleosos pequena
- emolientes  ésteres graxos não comedogênicos (não dá espinha, etc)
- isoparafinas e silicones voláteis
- ausência de óleo mineral/ vaselina líquida
- emulsionantes  poliméricos ou minerais
* Sepigel®  copolímero acrilamida, isoparafina C13-C14, óleo mineral, polissorbato 8S
- não dá uma carga oleosa significativa para o produto

- gel-creme: uso de espessantes em vez de emulsionantes que são lipofílicos

Suspensão:
- dispersão  fases dispersa e dispersante
- sedimento  tamanho e redispersão
- fluidez
- usos
- uso restrito em cosmetologia
- mais usado para limpeza de pele (absorve oleosidade)
- deve controlar o tamanho e quantidade de partículas

Géis:
- dispersão coloidal  rede de macromoléculas  líquido  viscosidade
- geleificantes: colóides, dispersão + neutralização, intumescimento e dispersão
- exemplos: derivados de celulose e do ácido acrílico, silicatos e alginatos

Tipos:
Hidrogéis  água (%)/ álcool, glicol e geleificante
- indicação

Oleogéis  vaselina líquida, óleos (%) e geleificante
- finalidade: rosto, corpo, cavidade oral e cabelo
- aceitação no mercado

Serum:
- gel bem aguado (uso para envelhecimento)
- xampu, sabonete líquido, banho/gel de espuma
- eletrólitos/ geleificantes  dispersão

Soluções:
- uso para tônico facial, perfume, desodorante líquido
- soluto  sólido, líquido e gás
- veículo
- usos

Aerossol:
- sistema caro
- fase contínua ou dispersante: gás comprimido liquefeito  propelente/ pulsor (50 a 80%)  projeção
- fase dispersa: líquido ou sólido
- envase sob pressão  acondicionamento
- proteção, economia, higiene
- custo e risco
- exemplos: corpo, cavidade bucal, face e cabelo
- gás: gás de cozinha desodorizado (propano/ butano)
- tamanho da gotícula menor = maior superfície de contato
- não há tanto problema de contaminação
- deve-se estudar a quantidade de gás suficiente para que não sobre líquido

Pó:
- pulverização, trituração, micronização e moinho
- tamanho de partícula  sensorial e duração (micronizado = inferior a 60μm; finíssimo = 60 a 74μm; fino = 74 a 128μm; grosso = superior a 128μm)
- adição de líquidos  perfumes e aglutinante
- solto ou compacto  exemplos: rosto, boca e corpo

Pasta:
- fase sólida dispersa = 20 a 70%
- fase líquida dispersante (emulsão; pomada)
- usos: máscara facial abrasiva
Sistema moldado:
Sabonete:
- base + ácido graxo sebo (70 a 85%) e côco (15 a 30%)  sais de potássio, água, glicerina na base livre e NaCl  sabão (pH alto  base livre + gordura  retira a gordura)

Syndet:
- tensoativo sintético (aniônico e/ou anfotérico), plastificantes (óleo de rícino hidrogenado, ácidos graxos etoxilados), estabilizantes de espuma (amidas) e dióxido de titânio (coloração branca)
- limpexa, enxágue, preço e pH compatível
- não tem pH alcalino
- maior custo
- dificuldade para enxaguar
- adequada para rosto

Stick:
- usos: desodorantes

Bastão e lápis:
- tipo de preparação
- maquiagem para olhos, rosto e boca
- pigmentos insolúveis  óleos e lipídeos  proporção  aplicação e deslizamento
- moldada ou fundida  estojo plástico e madeira
- remoção de maquiagem  emulsão, creme
- consistência dada pelos óleos e ceras

Anatomia e fisiologia da pele:

- função: sensorial e aparência (traduz os sintomas do organismo), contato físico com meio social

Pintas: desequilíbrio da pigmentação cutânea por motivos genéticos ou ambientais
Olheiras: podem estar relacionadas com a circulação local ou excesso de pigmentação da pele
Rugas: perda de elasticidade
Gordurinhas

- E assim os cosméticos atuam de forma que mimetizem com a função da pele; manter o aspecto saudável da pele ou como função decorativa (maquilagem)

Pele – Anatomia:
- área: 2500 cm2 (nascimento)  25000 cm2 (adulto)
- espessura: 1,5 a 4 mm
- peso médio (seco): 2 kg (16% do peso total do corpo); pele + gordura até 17 kg

Estrutura básica:
- epiderme (estrutura compactada para proteção)
- derme (tecido conjuntivo denso)
- hipoderme
- estruturas independentes, mas relacionadas
- epiderme é nutrida pela derme

Epiderme:
Células:
- queratinócitos: sofrem queratinização na camada basal dando origem aos corneócitos
- células de Langerhans: proteção imunológica
- melanócitos


Camadas:
-


camada córnea
- camada granulosa
- camada espinhosa
- camada basal

- na palma das mãos e sola dos pés, há mais uma camada devido ao maior atrito = camada lúcida

Extrato basal:
- processos de mitose
- renovação celular aproximadamente de 28 em 28 dias
- produzem queratina à medida que segue para o extrato córneo e daí se achatam
- o processo da célula que passa da camada basal para o extrato córneo demora 2 dias
- melanócitos  unidade melânica (um melanócito e 30 queratinócitos)
- tipos de melanina  eumelanina (marrom) e feomelanina (vermelho)
- dentro dos melanócitos, existem os melanossomas  transferidos para queratinócitos que os liberam, dando a tonalidade da pele

Extrato espinhoso:
- número de desmossomos que ligam umas células às outras é grande (células muito unidas)
- protege a pele contra a abrasão
- na camada córnea, a quantidade de desmossomos diminui (ação de enzimas proteolíticas – atuam em meio aquoso  descamação)
- pele seca = perda de atividade das enzimas  evita processo de descamação  aspecto seco, áspero
- células de Langerhans: relacionadas ao processo de sensibilidade da pele

Extrato granuloso:
- células ricas em grânulos de queratohialina (fase anterior à queratina)
- células ricas em grânulos lamelares: proteínas e lipídios = cimento extracelular
- lipídios intercelulares impedem que água interior se evapore facilmente  mantêm pele hidratada

Extrato córneo:
- formado por células anucleadas (mortas), achatadas e empilhadas
- células ricas em queratina
- células da superfície em contínua descamação
- principal barreira para entrada de substâncias ativas pela pele

- pH na pele aproximadamente 5, devido aos lipídios  impedem crescimento de microorganismos sobre a superfície da pele

Funções da epiderme:
- barreira protetora: extrato córneo  proteção do meio interior, permeabilidade aos agentes externos, proteção contra agressões externas, biomecânica (distensibilidade), poder higroscópico
- sabonete alcalino induz oleosidade rebótica

Derme:
- rica vascularização
- anexos cutâneos
- terminações nervosas

Camadas:
- papilar: papilas dérmicas (aumenta contato da derme com a epiderme)
- reticular: mais profunda

Papilar:
- papilas dérmicas  sustentação (fibroblastos que sintetizam fibrilas de ancoragem: fibras de colágeno e fibras elásticas)
- nutrição: aumento da área de contato

Reticular:
- tecido conjuntivo denso, rico em colágeno e fibras elásticas
- sofre principais degradações com o envelhecimento (perda de sustentação, aparecimento de rugas)
- substância fundamental: retenção de água na pele (gel mucopolissacarídeo = glicosaminoglicanas)
- vasos sangüíneos e linfáticos
- terminações nervosas  sensações
- anexos cutâneos: pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas

Hipoderme:
- células: adipócitos
- tecido conjuntivo frouxo (fibras de colágeno e elastina)
- reserva energética
- proteção mecânica
- vasos sangüíneos e linfáticos
- inervação - pressão
- acúmulo de gordura nos adipócitos pressionam vasos linfáticos que causam edema; pressionam terminações nervosas que causam dor

Anexos cutâneos:
- folículo piloso
- glândula sebácea
- glândula sudorípara

Pêlos:
- invaginação da epiderme: folículo piloso
- composto por queratina
- camadas: medula, córtex e cutícula
- músculo eretor do pêlo: regula temperatura corpórea

Cutícula:
- em contato com as agressões do meio externo, onde atua os cosméticos
Córtex:
- dá o formato do cabelo
Medula:
- composto por ar

Pêlo terminal: longos  barba e cabelo
Pêlo sebáceo: presente nas regiões sebáceas
Pêlo velus: presente em todo o corpo (finos)

Glândulas sebáceas:
- controle hormonal  produção de sebo
- sebo: triglicerídeos, colesterol e ésteres, ceras  emoliente
- sebo + suor = barreira hidrolipídica
- umidade pilossebácea = folículo piloso + glândulas sebáceas

Glândulas sudoríparas:
Écrinas:
- palma das mãos, planta dos pés e testa (100% aquoso)
- controle nervoso do suor (emocional)
Apócrinas:
- axilas, anogenital, aréola mamária
- responsáveis pelo mau odor
- composto por água e componentes do sebo
- presença de microorganismos

Barreira hidrolipídica:
- suor + sebo + lipídios intercelulares
- suor = água, ácido láctico, aminoácidos, eletrólitos, ácido urocânico (protetor solar: absorve a radiação UV; aumenta melanina)
- sebo = ácidos graxos livres, triglicerídeos, colesterol e ésteres
- lipídios intercelulares = ácidos graxos livres, colesterol e ceramidas
- suor e sebo = emulsão epicutânea

Fatores de hidratação natural:
- aminoácidos livres
- ácido láctico
- uréia
- sais (NaCl)
- processo de queratinização libera essas substâncias

Receptores nervosos:
- terminações nervosas livres (responsáveis pelo sentimento de temperatura e dor)
- terminações nervosas encapsuladas: corpúsculo de Meissner – papila dérmica  tato/ toque; corpúsculo de Passini – hipoderme  percepção profunda (pressão)
Funções da pele:
- proteção (epiderme); percepção (derme); termorregulação; secreção
- proteção contra agressão física (abrasão); química (melanócitos); microbiológica (barreira epicutânea)
- percepção (terminações nervosas)
- termorregulação: suor, músculo eretor do pêlo
- secreção de toxinas: metabólitos produzidos pelas glândulas sudoríparas/ sebáceas

Perfumes e Aromaterapia:

Ferormônios: substâncias que possuem ou carregam uma excitação ou estímulo
Memória olfativa
Olfato: a percepção dos cheiros consiste não só na sensação gerada

Função do olfato:
- sobrevivência/ sentimentos primitivos
- preservação da espécie
- prazer/ sabor

Gatefossè: pai da aromaterapia (1928)
- experiência pessoal com o óleo de lavanda (cicatrizante)

Como funciona o olfato:
- odores  olfato  reação
- nariz – função: órgão encarregado da percepção de aromas

Sistema límbico:
- coordena comportamento emocional
- instinto de sobreviência e manutenção da espécie
- liberação de endorfina e noradrenalina

Óleos:
- volatilização alta
- volatilização média (dura de 2 a 3 dias, ação equilibrante: anis, camomila, ylang-ylang, rosa  geralmente flores)
- volatilização baixa (dura até 1 semana, efeito tranqüilizante e relaxante: resinas/ madeira)

Obtenção de óleos:
- destilação: principal procedimento, protege grande parte dos componentes; subproduto; subproduto água destilada/
- processo mecânico: cascas de frutas, cítricos – bergamota e laranja
- enfleurage: placa de vidro com gordura; pomada aromatizada; extração com álcool
- extração por solventes: obtenção rápida e de baixo custo; resíduos de compostos orgânicos; alteração da “pureza” dos óleos; efeitos adversos/ colaterais

Uso:
- são extratos vegetais altamente concentrados
- cuidado na dosagem
- difusão através da pele, membrana, circulatório
Aplicação:
- através do sentido do olfato (aromatizador)
- via oral (dosagem rigorosa)
- uso tópico (massagem – uso de óleo carreador)

Cuidados no uso:
- gravidez
- sensibilidade cutânea
- asmáticos
- epilepsia
- olhos
- individualidade biológica
- sinergias biológicas

Saúde e beleza:
- aroma e bem-estar: melhora da auto-estima; contra estresse e agitação da vida moderna

Aromaterapia x Aromacologia:
Aromaterapia:
- efeitos terapêuticos dos aromas
- resultados subjetivos

Aromacologia:
- estudo dos efeitos dos aromas no comportamento humano
- resultados quantitativos/ objetivos
- trabalha com efeito temporário
- aborda apenas efeitos psicológicos

Desodorantes e anti-transpirantes:

Introdução:
- higiene pessoal
- introdução dos desodorantes e anti-transpirantes
- Antigo Egito e Roma  perfumes e adstringentes

Origem do suor:
- glândulas sudoríparas  2.380.000; 1,60 m2
- 250 a 1250 mL/ dia  temperatura, umidade, estresse

Tipos de suor:
Glândulas écrinas:
Características:
- elas têm função fisiológica = verdadeiras
- em maior número e tamanho menor
- formato: novelo de lã, o ducto desemboca na superfície da pele

- localização: derme  influência do sistema nervoso
- predominância: região da fronte/ rosto; mãos; região plantar e tórax

Constituição:
- glomérulo excretor
- canal excretor
- conjunto envolvido por vasos sangüíneos e rede nervosa

Suor écrino:
- mais abundante
- composição: 99% de água, NaCl, ácido láctico, compostos nitrogenados (uréia, ácido úrico, creatinina, amoníaco, colina e aminoácidos), glicose, ácidos graxos, minerais (sais de potássio, sulfatos, fosfatos) e ácido ascórbico
- função para a pele: ácido láctico (esfoliante, hidratante)
- o suor é uma emulsão (água e óleo) que garante a proteção da pele
- ácido ascórbico  antioxidante contra o envelhecimento da pele
- a pele aceita melhor componentes que ela já contém
- pH (na mulher) = 6,0 e pH (no homem) = 4,7
- a pele é ácida, portanto uma leve acidez nos produtos é bem-vinda

Mecanismo de secreção suboral écrina:
- estímulos: térmico e psíquico
- geração de suor: alta temperatura ambiente; estados patológicos; exercícios físicos

Funções:
- termo-regulação
- manutenção do pH da pele (contaminação)
- hidratação e plastificação da camada córnea
- excreção de metabólitos (uréia, sais e ácido láctico); situações de emotividade

Glândulas apócrinas:
Características:
- são maiores que as glândulas écrinas, porém em menor número
- localização: axilas, púbis, para-genitais, mamilos e canal auricular
- enervação e estímulo (puberdade: estímulo hormonal)
- desenvolvimento e ativação

Constituição:
- mistura do suor com a secreção sebácea
- sistema rico para microorganismo se desenvolver

Suor apócrino:
- composição: água, cloreto de sódio, proteínas, lipoproteínas e lipídeos (propício para o desenvolvimento de microorganismos)

Funções:
- papel fisiológico não determinado
- influências
- pêlo e suor écrino

- suor écrino se torna carreador do suor apócrino
- o pêlo aumenta o contato do suor com a pele

Desodorantes:
Definição:
- são produtos empregados com a finalidade de neutralizar as substâncias odoríferas por combinação com estas ou por mascaramento, inibindo o crescimento da flora saprófita à superfície da pele, com emprego de substâncias bactericidas ou bacteriostáticas em veículos apropriados

Formulação:
Substâncias ativas:
- Irgasan® DP300 (bacteriostático – 0,2 a 0,5%); farnesol (bacteriostático – 0,2 a – 0,3%); sais de amônio quartenário; acetato de clorexidina; fenol sulfonato de sódio; bicarbonato de sódio (se combina com as substâncias que causam mau odor – neutralização); óleos essenciais; triclorocarban; sais metálicos do ácido rinoléico.

Anti-transpirantes:
Histórico:
- 1916: Stillian  AlCl3.6H2o nas axilas por 2 a 3 dias  irritação devido à formação de HCl
- 1940: cloridrato de alumínio  vantagens
- 1960/1970: produtos mais eficazes

Definição:
- são produtos aplicados topicamente que restringem a quantidade de secreção das glândulas sudoríparas que desembocam na pele, evitando os efeitos desagradáveis do suor
- sua ação se dá por adstringência (fechamento do poro) associada a mecanismos não elucidados completamente de obstrução ou tamponamento dos canais sudoríparos
- inibem a transpiração não bloqueando totalmente a secreção natural

Substâncias ativas:
- a maioria envolve sais de alumínio acima de 27%
- cloridrato e sulfato de alumínio
- cloridrato de alumínio e zircônio, etc
- formam soluções de pH ácido (3-4)  problemas de estabilidade

Outros:
- formaldeído
- anticolinérgicos: escopolamina e atropina injetáveis

Teorias do mecanismo de ação:
Adstringentes:
- precipitação de proteínas (processo de geleificação)
- obstrução do ducto  diminui a saída de suor

Alteração da permeabilidade do ducto sudoríparo

Diferenças de potencial eletro-fisiológico no ducto:
- cargas positivas  polaridade  sentido da secreção

- formol: denaturante de proteínas que obstruem os ductos

Formas cosméticas:
Líquidas:
Spray:
- sensação de refrescância
- soluções hidroalcoólicas (etílico – 60%; isopropílico – 50%; n-propílico – 30 a 35%), com princípios ativos bacteriostáticos e/ou sais de alumínio; substâncias emolientes e tensoativos que facilitam a dissolução de essências

Finalidade da adição dos componentes:
- etanol, álcool eltílico desodorizado ou de cereais  refrescância, se evapora rapidade, dissolve essências
- glicerina, sorbitol ou propilenoglicol  aumenta a viscosidade, “segura” a água da composição
- tampões como uréia e bórax  acerta o pH

- material de acondicionamento: frasco plástico com batoque e cânula
- aplicação do produto e preferência
- gotícula maior que aerossol (menor eficiência)
- pode ser compartilhado

Aerossol:
- utilização de gás propulsor: gás carbônico, butano em mistura com outros gases estáveis
- substituição de gases propelentes por pulverização direta
- não há contato com o produto
- custo mais elevado
- acondicionamento: frasco metálico e vidro
- tipo de aplicação e preferência

Roll-on:
- suspensões e emulsões
- espessantes: derivados de celulose a 0,4 a 0,7%
- acondicionamento: depende da viscosidade
- produto não muito viscoso
- forma resíduo ao redor da bolinha, ressecamento, etc
- a bolinha deve deslizar
- não deve ser compartilhado
- econômico
- mais para o público feminino
- não irritante

Deo-colônia:
- solução alcoólica contendo antissépticos, propilenoglicol, água, corantes e essências (7 a 10%)
- emprego no corpo

Semi-sólidas e sólidas:
Cremes O/A:
- tensoativo aniônico  incompatível com 15 a 20% sal
- ácido adstringente  correção (MEG)
- tensoativo não iônico  estabilidade
- não pode ser leite (problemas na estabilidade)
- deve ter uma boa viscosidade
- umectantes  formulação e aplicação
- problemas : sensação úmida, pegajosa

Gel:
- veículo: álcool (para evaporar mais rápido), geleificantes (dependem de pH), desodorante e anti-transpirante
- atual
- forma de apresentação

Bastão:
- dissolução de estearato de sódio e outros ingredientes em álcool  sabão geleificado (certa transparência)
- facilidade na aplicação, econômico, individual

Sabonete:
- base de sabonete e antissépticos (triclorcarban, cloroflucarban e triclosan)

Pó:
- composição: talco, carbonato de magnésio, ácido bórico e bicarbonato de sódio
- mecanismo de ação
- uso: em sapatos

Boas práticas de fabricação e controle:

- conceito
- sistema de qualidade
- operações
- qualidade assegurada

GMP = conjunto de procedimentos seguros a serem praticados pelas empresas com o objetivo de assegurar a natureza e a qualidade pretendida

Prevenção:
- o segredo da prevenção é examinar o processo e identificar as possibilidades de erro
- a verdadeira finalidade da ação corretiva é identificar e eliminar os problemas para sempre

Conceito:
- a União Européia estabeleceu as BPFeC com base no gerenciamento do sistema de Qualidade Total associada com todas as ações planejadas e sistemáticas necessárias para proporcionar confiabilidade adequada que um produto e serviço deve proporcionar para atingir os requisitos de qualidade
- suporta a empresa na formalização da política da qualidade
- estabelece as condições sob as quais os diferentes estágios da operação devem ser realizados
- comportamento humano define a qualidade (conscientização e comprometimento)
- descreve as atividades que conduzem a qualidade assegurada
- cada empresa deve adaptar as práticas de acordo com a sua especificidade
- outros métodos podem ser utilizados
- devem proporcionar um nível de garantia de qualidade pelo menos igual ao que será obtido com a metodologia proposta
- o comprometimento com as Boas Práticas de Fabricação e Controle é baseado no real envolvimento da alta administração da empresa através da facilitação com a disponibilização de recursos humanos, equipamentos e demais condições para a implantação do processo

Sistema de qualidade:
Organização:
- claramente definida
- responsabilidade e tarefas individuais

Recursos:
- humanos
- equipamentos
- procedimentos
- processos

Operações:
Introdução:
- planejamento de cada etapa da produção
- aplicação e entendimento dos procedimentos e instruções
- possibilidade de identificação a qualquer momento do equipamento, instrumento, insumo, limpeza ou documento
- evitar conflito de identificação
- instruções disponíveis no ponto de utilização

Água:
- o sistema de água deve sempre atender às necessidades e conformidades do produto acabado
- o sistema deve permitir desinfecção de acordo com os procedimentos adotados
- tubulação instalada para evitar estagnação e risco de contaminação
- os materiais do sistema devem ser escolhidos de forma a não afetar a qualidade da água (tubulações de alta qualidade, tubulações de PVC ou aço inox – problema: formação de biofilme)

Recebimento de insumos:
- identificação do insumo
- código interno
- data de recebimento
- identificação do fornecedor
- quantidade e número de volumes de acondicionamento

Transferência interna:
- transporte
- amostragem: pessoal autorizado, treinado, qualificado e capacitado (adquirido com experiência)

Armazenagem:
Estocagem em condições apropriadas:
- características
- identificação
- PEPS
- segregação: rejeitados e quarentena
- granéis: identificação e segurança

Processos:
Pesagem:
- condição física
- utensílios
- equipamentos
- contaminação cruzada

Fabricação:
- instruções claras e disponíveis
- avaliação do equipamento
- identificação do produto a granel
- preservação das matérias-primas
- fórmula

Acondicionamento:
- preparação
- identificação correta

Envase:
- equipamento
- utensílios
- instruções
- amostragens
- atividades
- rotulagem adequada preventiva

Distribuição:
- procedimentos
- conformidade com especificações e padrões

Terceirização:
- operações claramente definidas
- contrato (direitos e obrigações)
- auditoria
- colocação no mercado (responsabilidade definida)

* Processo = contínuo (ex: processo de qualidade)
* Programa = finito

Qualidade assegurada:
Princípios:
- envolve todas as operações

Operações:
- estabelecimento de procedimentos e instruções claramente definidas pelos departamentos competentes
- possibilitar ao pessoal a qualquer tempo, condição para reportar qualquer anormalidade e/ou não-conformidade
- análise com todas as operações envolvidas das anomalias na qualidade  implementação de ações corretivas  melhorias e monitoramento

Ciclo:
Marketing/ Pesquisa de mercado  Engenharia de projeto  Aquisição  Planejamento e Desenvolvimento do processo  Produção  Inspeção/ Exame/ Ensaio  Embalagem e Armazenamento  Vendas e Distribuição  Instalação e Operação  Assistência técnica e Manutenção  Disposição após uso (meio ambiente)  Marketing...

Compras e Insumos:
Colaboração entre Pesquisa e Desenvolvimento, Operações e Garantia de Qualidade:
- especificações (identidade do material)
- fornecedores aprovados
- estabelecer condições para fornecedor e cliente
- inspeções
- documentação

* Aferir = feita pelo órgão estabelecido (ex: IPEN)
* Calibrar = deve ser feito toda vez que o equipamento é utilizado

Controle e Manutenção de equipamentos:
- equipamentos devem ser mantidos limpos e sanitizados
- equipamentos devem ser projetados, instalados e mantidos
- não devem expor os produtos a risco
- as áreas não devem ser utilizadas por pessoas não pertencentes às mesmas
- evitar contato de produtos de limpeza com os produtos produzidos em qualquer fase do processo
- anotações devem ser mantidas para controle dos equipamentos

Controle de qualidade:
- controle de insumos e produtos terminados  laboratório de controle
- controle do processo  pessoal da operação
- documentação (informações)  especificações, recebimento de amostras, inspeções (testes e sua metodologia), limites de aceitação
- controles  identificação interna, validade e lote
- resultados  devem ser mantidos em registro (inspeções, medições, decisões  aprovado, rejeitado ou pendente); mantidos em condições que permitam acesso rápido
- amostras de retenção em quantidades adequadas à finalidade

Treinamento:
Pessoal deve possuir:
- conhecimento
- experiência
- competência
- motivação

Conteúdo:
- métodos
- pesagem
- fabricação
- manutenção
- higiene
- controle

Objetivo:
- responsabilidades específicas
- completo
- rotineiro
- novos funcionários

Documentados

Documentos:
- comprovação de determinado fato ou atividade
- discrepâncias
- imprecisão
- esquecimentos

Controle de documentos:
- emissão
- utilização
- arquivo

Procedimentos para atualização

Procedimentos:
- amostragem de insumos
- processo de fabricação, envase, inspeção de equipamentos
- limpeza e desinfecção
- start up e closing
- abordagem de não-conformidades
- calibração de equipamentos e instrumentos
- devoluções (atividade do consumidor) e recolhimento (atividade da empresa)
- validação

Especificações:
- matéria-prima
- materiais de embalagem
- granéis
- semi-elaborados
- produtos acabados  informação básica: forma de identificação interna, qualitativas (físico-químicas, microbiológicas e dimensionais), data de reinspeção e metodologia

Rastreabilidade:
- possibilita investigar de modo eficiente às causas possíveis para não conformidades
- a correspondência entre a documentação das diferentes operações e as atividades de controle deve permitir e suportar a rastreabilidade
- a documentação deve ser mantida de forma a permitir acesso fácil e imediato

Monitoramento:
- fundamental para a Qualidade Assegurada: avaliar a qualidade e resultado das ações corretivas
- atividade permanente
- análise periódica dos resultados

Auto inspeção:
- atividade de rotina ou não que permite à empresa avaliar a conformidade das suas atividades relativamente aos quesitos constantes do Procedimento de Inspeção a ser utilizado pelas Autoridades Sanitárias

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