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2.16.2014

Datafolha: cariocas reprovam vandalismo nas manifestações

Em pesquisa, 95% repudiam violência e uso de máscaras em protestos

Laura AntunesVandalismo durante protesto contra o aumento das passagens Foto: Hudson Pontes - 06/02/2014 / Agência O Globo
Vandalismo durante protesto contra o aumento das passagens Hudson Pontes - 06/02/2014 / Agência O Globo
RIO - Uma pesquisa divulgada ontem pelo Datafolha mostra que a maioria da população do Rio é favorável às manifestações de rua, mas reprova atos de vandalismo e o uso de máscaras durante os protestos. De acordo com o levantamento, concluído quatro dias após a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, atingido por um rojão durante um confronto, o carioca quer passeatas ordeiras e sem ataques por parte de policiais ou black blocs. Quase todos os entrevistados — 95% — manifestaram repúdio às ações violentas.
O Datafolha ouviu 624 moradores da cidade com mais de 16 anos de idade na quinta e na sexta-feira. Os protestos de rua têm o aval de 56% dos entrevistados, enquanto 40% são contrários. Apenas 4% não manifestaram opinião ou preferiram não responder.
O resultado da pesquisa representa o menor índice de apoio a manifestações medido pelo Datafolha desde junho do ano passado.
Entre os entrevistados, 90% reprovam o uso de máscaras durante protestos. Somente 1% defendem que participantes sejam autorizados a portar fogos de artifício ou porretes nas ruas. Para a maioria das pessoas ouvidas pelo Datafolha — 84% —, partidos políticos têm ligações com as manifestações de rua. Porém, poucos citaram nomes de legendas que estariam por trás da organização de protestos. A mais citadas foram PSOL (7%), PT (7%) e PSTU (5%). Vale destacar que o questionário não fazia ligação entre partidos e manifestantes.
Polícia é criticada
A atuação da polícia nas manifestações também é reprovada pela maioria dos entrevistados. Apenas 8% consideram a PM “muito eficiente”. Outros 49% a descrevem como “pouco eficiente” e 40%, como “nada eficiente”. A maior parte — 68% — é contrária ao uso de balas de borracha, bombas de efeito moral (59%) ou gás lacrimogêneo (66%).
De cada dez entrevistados, um disse que participou de algum protesto no Rio no ano passado.

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