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2.04.2014

Dia Mundial do Câncer: doença avança de forma alarmante, mas índice de cura aumenta

Brasil deverá ter 580 mil novos casos. Pele, próstata e mama são as principais incidências

Do R7, com Agência Brasil
Número de casos seria menor se houvesse alterações em alguns hábitos de vida, como o fumo, sedentarismo e alimentação não saudável, diz médico Domínio Público - Medovarszki Mihály
A incidência de câncer no mundo deve aumentar 57% em 20 anos, chegando a 22 milhões de novos casos ao ano, aponta relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado na segunda-feira (3). No período, o total de mortes pela doença deve ter expansão semelhante, saltando dos atuais 8,2 milhões por ano para 13 milhões anuais. 
De acordo com o oncologista Amândio Soares, da Oncomed BH, apesar do crescimento alarmante dos casos, o índice de cura também tem aumentado substancialmente.
— Há 50 anos, o índice de mortalidade era de 70%. Hoje, mais de 50% dos doentes conseguem se curar. E esse número poderia ser reduzido ainda mais se houvesse alterações em alguns hábitos de vida, como o fumo, sedentarismo e alimentação não saudável.
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Soares destaca a importância do diagnóstico precoce.
— É mais do que necessário o diagnóstico ser feito cedo a fim de complementar os tratamentos melhorados e atender o alarmante aumento da carga do câncer em nível global.
Também chamado de neoplasia maligna, o câncer é o nome de um grupo de mais de cem diferentes doenças. São células anormais que se dividem e proliferam de maneira desorganizada e descontrolada, adquirindo a capacidade de invadir outras células, tecidos e órgãos.
No Brasil, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima cerca de 580 mil casos novos da doença em 2014. Os tipos de câncer mais comuns serão: pele não melanoma (182 mil), próstata (69 mil); mama (57 mil); cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil) e estômago (20 mil).
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Câncer de mama
Em mulheres, o câncer de mama corresponde a cerca 30% das ocorrências. Entre janeiro de 2011 e maio de 2013, foi o tipo da doença que gerou mais procura pelo tratamento na ala especializada em oncologia do Hospital Paulistano, em São Paulo.
Levantamento da instituição aponta que 16,8% dos pacientes atendidos neste período foram mulheres com neoplasia mamária e quase um quarto delas já apresentava metástase, ou seja, doença em outros órgãos.
De acordo com a oncologista Mariana Laloni, do Hospital Paulistano, a  mamografia é um exame de rastreamento que detecta lesões e deve fazer parte da rotina feminina.
— Quanto antes a lesão for encontrada, maior a chance de sucesso no tratamento para recuperação.
As pacientes de alto risco, que possuem histórico familiar, devem começar a fazer a mamografia entre 30 e 35 anos, as demais podem começar a monitorar a partir dos 40.
— Em ambas as situações o exame deve ser realizado anualmente.

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