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2.10.2014

Nível dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste é o menor desde 2001

Segundo o ONS, armazenamento de água era de 37,6% no domingo (9).
Alta no consumo de energia e falta de chuvas faz nível de represas cair.

Fábio Amato Do G1, em Brasília
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Represa em Bragança Paulista(SP), reservatório de água que abastece a Grande São Paulo. O nível dos reservatórios chegou ao índice mais crítico dos últimos 30 anos. (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo)Represa em Bragança Paulista(SP), reservatório de água que abastece a Grande São Paulo. O nível dos reservatórios é o pior desde 2001, ano em que houve racionamento. (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo)
O nível dos reservatórios das hidrelétricas instaladas no Sudeste e Centro-Oeste já é o mais baixo para esta época do ano desde 2001, quando o governo federal decretou racionamento de energia elétrica. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), essas represas tinham, em média, 37,6% de água armazenada no domingo (9), dado mais atual.
O ONS não possui o percentual específico do dia 9 de fevereiro de 2001. Entretanto, segundo o órgão, entre o final dos meses de janeiro e fevereiro daquele ano, o nível dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste variou de 31,41% para 33,45%. Houve racionamento em junho de 2001, diante da falta de chuva e da baixa quantidade de água nas hidrelétricas.

A preocupação do governo com a situação dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste é maior porque eles são responsáveis, juntos, por cerca de 70% da energia hidrelétrica gerada no país. Além disso, o nível atual de armazenamento está abaixo, inclusive, do registrado na mesma época do ano passado (41,6%), quando a estiagem em pleno período de chuvas trouxe temor de falta de energia e de um novo racionamento.

Segundo a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), a afluência (quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas e pode ser transformada em energia) do mês de janeiro foi a pior desde 1954 para as regiões Sudeste e Centro-Oeste. E, nesses primeiros dias de fevereiro, não houve melhora da situação.

Contribui ainda para o agravamento desse quadro os recordes sucessivos no consumo de energia no início deste ano, provocados pelo aumento das temperaturas principalmente no Sul e no Sudeste.

O governo espera que as chuvas voltem a partir da segunda quinzena de fevereiro e afirma que só pode fazer uma avaliação concreta sobre a situação dos reservatórios ao final de abril, quando termina o período chuvoso. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou a possibilidade de faltar energia e o secretário-executivo do ministério, Márcio Zimmermann, afirmou que o sistema elétrico do país é “equilibrado”.

De acordo com o governo, o Brasil está preparado para garantir o fornecimento de energia no país com as usinas termelétricas, que funcionam por meio da queima de combustíveis como óleo, gás e biomassa. O problema do acionamento dessas térmicas é que elas são mais poluentes e a energia produzida por elas é mais cara, o que leva a aumento da conta de luz.

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