webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

2.11.2014

O desafio do PT

O PT chega aos seus 34 anos, à maturidade, governando o Brasil há mais de 11 anos. Chega confrontando com o maior desafio de sua história, entender e continuar a mudar o Brasil que ela mesmo, com as transformações sociais, econômicas e políticas, liderou e ajudou de forma decisiva a surgir – como já frisava aqui no ano passado o ex-ministro José Dirceu.
O Brasil da nova classe trabalhadora, o Brasil das manifestações de junho de 2013, o Brasil que reconhece o Lula e o PT como responsáveis pelos avanços sociais, pela diminuição radical da pobreza, mas que exige mais, mais e melhor: educação e saúde publica, mobilidade urbana e transporte coletivo, melhores condições de vida nas cidades, espaços públicos de lazer e cultura, habitação, saneamento e mais segurança.
Dezenas de milhões de brasileiros que acenderam socialmente na era Lula exigem cidadania e se autorreconhecem em sua maioria como classe trabalhadora, como povo. Querem mais Estado, mais políticas públicas, querem participar cada vez mais da riqueza e do pais que constrói.
O PT chega a sua maturidade pressionado pelo Brasil que mudou e vai mudar também. Desafiado a se renovar em termos geracionais e programáticos para aprofundar as mudanças que iniciou com o Lula presidente.
Para tanto, precisa não apenas vencer as eleições de 14, mas abrir partido para a juventude e assumir as novas demandas do país.
Entender as mudanças para continuar mudando
O PT precisa entender as mudanças do capitalismo brasileiro liderado pelo capital financeiro e a aliança com a mídia-oposição conservadora, criando as condições políticas para fazer as reformas políticas e tributárias, mudar as políticas de juros e cambial, reformar o sistema financeiro, desindexar a economia e controlar os capitais especulativos para defender nossa indústria e nosso comércio, fazer a revolução educacional e tecnológica, aprofundando a democracia, a política e a distribuição de renda para o Brasil ocupar seu lugar no mundo e se integrar à América do Sul.
Dar respostas a esse novo ciclo histórico que encerrou o ciclo que deu origem ao PT, CUT, ao lulismo. É a principal tarefa de nosso partido que necessita se autorreformar para cumprir seu papel, liderar uma colisão parlamentar com bloco social e uma aliança partidária que governa o país com as velhas formas de fazer política, educar, organizar, comunicar, mobilizar e produzir cultura política.
Daí, como em tantos momentos de sua história, o PT tem que ampliar sua base popular sindical, ir ao encontro de nova classe trabalhadora, mas consciente que há uma disputa com a direita-mídia pelos corações e mentes dos milhões de brasileiros que ascenderam socialmente a partir da transformação social da era Lula
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário